Nas capas dos jornais desta segunda-feira, 5 de abril, as manchetes são distintas. Folha trata da decisão do ministro Kássio Nunes, que liberou cultos, contrariando prefeitos e ministros do STF. O assunto rende muitas reportagens. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil recorreu de intimação de Kassio sobre abertura de igrejas na capital. O Globo lembra que a decisão contraria plenário do STF. Em 2020, Corte determinou por unanimidade que gestores estaduais e municipais têm atribuição de estipular medidas de isolamento social. Estadão destaca em manchete de capa que a vacinação de prioritários deve ser concluída somente em setembro, enquanto O Globo trata da nova onda da pandemia, que levou 18 governos a fecharem escolas estaduais e particulares. Valor informa que as grandes empresas têm fôlego para enfrentar a pandemia. A edição brasileira do El País traz entrevista do médico Drauzio Varella, lamentando a crise no país: “O discurso antivacina é como induzir ao suicídio coletivo”. Estadão relata que governadores acertaram estratégia própria contra a pandemia. Críticos do comitê de crise criado por Bolsonaro, governadores unificam discurso a favor de medidas restritivas e articulam, sem aval do Palácio do Planalto, a aquisição de vacinas. Em decisão articulada no Fórum dos Governadores e sem aval do Planalto, os consórcios de governadores do Norte e Nordeste enviaram cartas ao diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e à diretora da Opas, Carissa Etienne, pedindo a revisão dos critérios usados para distribuição de vacinas do Covax Facility. Na política, Folha repercute o artigo dominical do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defendendo a formação de uma frente de centro progressista, ‘social e economicamente’. No texto publicado no Estadão e o no Globo, FHC diz que “há que juntar as forças capazes de se contrapor a estrebuchamentos autoritários eventuais”. A Folha diz que a declaração do ex-presidente ocorre uma semana após manifesto de possíveis candidatos em 2022. Os jornais tentam incensar a iniciativa dos políticos que temem Lula. O Globo destaca que a economia deve ditar alcance de aliança do centro para eleições presidenciais de 2022. Dirigentes partidários e cientistas políticos acreditam que plano econômico do grupo será chave para definir tamanho do grupo. Para garantir competitividade, apresentação de candidato ficaria para o segundo semestre. O jornal aponta as contradições: “Para abrigar Ciro Gomes (PDT), por exemplo, o grupo teria que ter um projeto com traços mais desenvolvimentistas, proposta que contraria a visão de partidos como PSDB, DEM e Novo”. No noticiário estrangeiro, o apelo do Papa Francisco pela distribuição de vacinas aos povos de todo o mundo ganha as manchetes principais. No italiano Corriere della Sera e no alto das páginas iniciais do francês Le Monde ao Wall Street Journal, com foto, “Papa, em mensagem de Páscoa, clama por distribuição de vacinas”. O New York Times, destacou que o líder católico “exorta líderes mundiais a garantir acesso” ao imunizante. O “líder de 1,3 bilhão de católicos”, entre eles Joe Biden, cobrou “internacionalismo das vacinas” e a permissão à exportação. O New York Times traz na manchete desta segunda-feira o esforço de Biden para combater a fome como “uma mudança profunda” nos Estados Unidos. “Como milhões de americanos não têm o que comer, o governo está aumentando rapidamente a ajuda – com vistas a uma expansão permanente da rede de segurança”, diz o jornal. Já o Washington Post traz na manchete que os EUA estão se preparando para impulsionar a economia global, com o estímulo em dinheiro e aumento de empregos. O jornal diz que o país emerge como principal motor para a recuperação econômica do planeta e que a robusta recuperação econômica dos EUA neste ano deve ser uma boa notícia para os trabalhadores de fábricas, carregadores e agricultores. “Trabalhadores de fábrica na China. Manipuladores de frete na Holanda. E fazendeiros na Alemanha”, aponta.
NA GRINGA Com chamada de capa – Hora do ajuste de contas. Bolsonaro fica vulnerável pelo forte descontrole do vírus no Brasil – o britânico Financial Times mostra que o presidente brasileiro está se isolando em meio ao agravamento da crise sanitária no país. “No Congresso, há os primeiros murmúrios de uma tentativa potencial de impeachment do presidente. E com o retorno do ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva à política, depois que sua condenação por corrupção foi derrubada, Bolsonaro não é mais o favorito nas eleições do ano que vem”, diz o jornal em matéria de página inteira. “Um dos maiores céticos do coronavírus do mundo, Bolsonaro recusou-se a usar máscara durante a maior parte do ano passado, criticou as vacinações e classificou a pandemia como ‘uma gripezinha’. Ele agora está lutando para manter seu governo unido e suas esperanças de reeleição vivas em meio a alguns dos piores números da Covid-19 do mundo”. A íntegra está ao final deste briefing. Em editorial, o Financial Times elogia os militares brasileiros por permanecerem fiéis à Constituição e não cederem às pressões do presidente Jair Bolsonaro. “O presente dos generais para o Brasil”, diz o título editorial. “Os comandantes de alto escalão deram um impulso à democracia ao permanecerem leais à Constituição”. Diz o jornal: “O compromisso dos comandantes das Forças Armadas com a institucionalidade segue a firmeza louvável da Suprema Corte em resistir às tentativas de Bolsonaro de assumir poderes de emergência ou de vetar bloqueios impostos pelas autoridades locais. O Congresso também se afirmou com um ‘sinal amarelo’ ao governo de Bolsonaro para mudar de curso ou enfrentar um possível impeachment”. Em artigo publicado no inglês The Guardian, o ex-chanceler Celso Amorim diz que, em meio à tragédia brasileira, a esperança é a perspectiva de derrota do Bolsonaro no próximo ano. “À medida que as mortes de Covid sobem, o presidente parece estar jogando o país em um abismo do qual será difícil escapar”, escreve o diplomata, que foi ministro das Relações Exteriores no governo Lula e da Defesa no governo Dilma Rousseff. A íntegra do artigo está ao final deste briefing. No português Público, reportagem destaca que psicanalistas vêem cálculo político e gestão do ódio em atitudes de Bolsonaro. “Presidente brasileiro e o seu círculo próximo persistem em embate com alvos que vão de governadores e cientistas a Judiciário e Congresso”, escreve Felipe Bächtold. “‘Manipulação de afetos’, ‘política do negativo’ e ‘estratégia da cisão’ são algumas das expressões que psicanalistas ouvidos pela Folha usam para se referir à estratégia do presidente Jair Bolsonaro de manter o seu governo e seus apiadores em confronto permanente”, relata. “Mesmo com o país imerso numa crise sanitária que já deixou mais de 320 mil mortos, o presidente e seu círculo persistem em um embate político contínuo com alvos que vão de governadores a cientistas, além de Judiciário e Congresso”. No espanhol El País, artigo de José Juan Ruiz aborda as tratativas de Brasil e Argentina para a retomada do Mercosul. “A harmonia entre Bolsonaro e Fernández está longe de ser o que é necessário para impulsionar um acordo deste calibre”, resume. “Qualquer curioso que queira saber quais são as economias mais fechadas do mundo, basta consultar os Indicadores de Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial. Lá você verá que, em 2019, liderando a classificação, além do Sudão, Trump's América e Etiópia, estão o Brasil e a Argentina. Os dois países sul-americanos são as únicas economias que ocupam tais posições ininterruptamente desde 1960, número que prova que seu apoio moderado a políticas de comércio aberto transcende seus ciclos políticos muito turbulentos”. Na edição de sábado do NYTimes, artigo de Eliane Brum trata da morte do ‘último ancião Juma’ na Amazônia. “O coronavírus e o presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, estão colocando em risco a sobrevivência dos povos indígenas e o futuro da próxima geração humana”, denuncia a jornalista. “Em 17 de fevereiro, Aruká Juma, o último sobrevivente do povo Juma na Amazônia brasileira, morreu de Covid-19 em um hospital em Pôrto Velho, capital do Estado de Rondônia, no norte do Brasil. O Sr. Juma, que nasceu na década de 1930 em uma aldeia na selva no rio Açuã, a cerca de 450 milhas da capital do estado do Amazonas, Manaus, representava sua comunidade e seu mundo. Ele era como as árvores gigantes da Amazônia e caiu”. O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung traz uma entrevista com o ex-astro de futebol da Bundesliga Giovane Elber, em que ele critica duramente Jair Bolsonaro. “Há caos em todo o Brasil”, diz. E reclama: “O presidente só tomou decisões erradas na pandemia”. O ex-jogador diz que a situação no país é terrível. “Em todo o Brasil, os hospitais estão superlotados e falta oxigênio nas unidades de terapia intensiva. E os médicos devem, portanto, decidir quem pode viver e quem não pode”, lamenta. O maior país da América do Sul tem quase 13 milhões de casos de coronavírus e mais de 325 mil mortes. O jornal Sueddeutsche Zeitung também repercutiu a entrevista de Elber. COLUNISTAS Entre os colunistas dos jornais brasileiros, atenção a Celso Rocha de Barros na Folha, que aborda a crise entre Bolsonaro e os militares. Bolsonaro acelerou o golpismo e perdeu. “Isso não significa que não haja mais risco à democracia brasileira”, insiste. E cobra providências das instituições: “A reação do mundo político brasileiro à crise militar não foi a que se veria em um país democrático normal”. E detona: “Em qualquer democracia funcional, os oficiais demissionários teriam sido convocados pelo Congresso para prestar esclarecimentos. Mas não aconteceu nada. Como das outras vezes. As instituições continuam preferindo não falar abertamente sobre o golpismo de Bolsonaro, porque falar disso seria obrigar-se a tomar providências”. BOLSONARO Folha destaca que empresa ligada a apoiador de Trump fecha contratos com governo Bolsonaro. Objeto social da Combat Armor foi alterado de publicidade para negócios em segurança no mês em que presidente brasileiro tomou posse. A empresa é de Daniel Beck, apoiador militante do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump que esteve em Washington durante a invasão ao Congresso americano, em janeiro passado. O jornal também noticia que operadores da família Bolsonaro ganham holofotes e polêmicas em Brasília. Grupo é formado por empresário e publicitário que articulam partido bolsonarista, além de advogados que cuidam da defesa do clã presidencial. “Sem remuneração ou cargos oficiais, eles ganham acesso ao governo e prestígio no mundo externo, ao ostentar a relação próxima ao presidente. Também brigam entre si na disputa para ver quem tem mais influência sobre a família”, diz o jornal, citando o advogado e empresário Luís Felipe Belmonte e a advogada Karina Kufa, tesoureira da Aliança pelo Brasil. Em outra reportagem, a Folha relata que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu investigações contra principais nomes do governo Bolsonaro, mas as apurações patinam. Ele já iniciou apurações preliminares contra o próprio presidente, o filho Eduardo Bolsonaro, e os ministros Augusto Heleno, Damares Alves, além do General Eduardo Pazuello. “Só o caso do ex-ministro da Saúde evoluiu para um inquérito”, informa. DÍVIDA Estadão denuncia que as igrejas acumulam R$ 1,9 bilhão em débitos inscritos na Dívida Ativa da União. O jornal teve acesso a uma planilha que detalha os tributos devidos pelas instituições religiosas. Algumas delas deixaram de pagar à União até mesmo a contribuição previdenciária e o Imposto de Renda já descontados do salário dos empregados. Elas foram beneficiadas com um perdão de dívidas concedido sob a bênção do presidente Jair Bolsonaro. ORÇAMENTO Folha revela que o Orçamento de 2021 favorece programas ligados ao bolsonarismo: segurança, fortalecimento da família e obras ganharam mais recursos, enquanto as políticas externa e ambiental perderam. “O presidente abraçou projetos regionais de infraestrutura numa estratégia que visa a reeleição em 2022”, reporta. “São obras de portes distintos, como irrigação, saneamento, casas populares. São temas que geram ganhos políticos também ao presidente”. Em outra reportagem, o jornal informa que Bolsonaro indicou a aliados neste final de semana que deverá vetar trechos do Orçamento de 2021. Governo e Congresso discutem ajustes no projeto, que turbinou emendas parlamentares e cortou verba de gastos obrigatórios. A proposta orçamentária é alvo de discussão entre a equipe econômica e parlamentares. No Globo, Malu Gaspar revela que enquanto o governo e o Congresso guerreiam em torno da necessidade de cortar do Orçamento cerca de R$ 30 bilhões, para não furar o teto de gastos, “outra boiada, de R$ 7,3 bilhões, está prestes a passar sem ser notada”. Ela diz que esse é o valor do cheque em branco que os parlamentares terão para enviar para suas bases, sem precisar dizer em quê os recursos serão aplicados nem prestar contas de seu uso. “Incluído na lei orçamentária pelos deputados, no final do ano, ele foi chancelado há duas semanas por um acordo de bastidores entre governo e parlamentares. E foi estabelecido sem a aprovação de uma emenda constitucional, como manda a lei”, informa. |
AS MANCHETES DO DIA |
JORNAIS Folha: Liberação de culto contraria prefeitos e ministros do STF Estadão: Vacinação de prioritários deve ser concluída só em setembro O Globo: Com nova onda, 18 governos fecham escolas estaduais e particulares Valor: Grandes empresas têm fôlego para enfrentar a pandemia El País (Brasil): Drauzio Varella: “O discurso antivacina é como induzir ao suicídio coletivo” PORTAIS BBC Brasil: Covid-19 e gripe: 6 respostas sobre a vacinação simultânea prestes a começar no Brasil UOL: Orçamento aprovado favorece programas ligados ao bolsonarismo G1: Justiça suspende reabertura de escolas na cidade do Rio R7: Governo do Brasil espera injetar R$ 44 bilhões na economia com novo auxílio emergencial BLOGOSFERA Luís Nassif: Tensão entre militares e Bolsonaro não deve arrefecer tão cedo Tijolaço: Diretor do Butantan diz que vacinação não vai se acelerar Brasil 247: Freixo defende apoio do Psol a Lula e propõe diálogo entre Ciro Gomes e PT DCM: Fanático que invadiu Congresso dos EUA assina contrato milionário com governo Bolsonaro Rede Brasil Atual: Brasil chegará a 562 mil mortes pela covid-19 em julho, diz Universidade de Washington Brasil de Fato: Sindicatos planejam ações contra mudanças em regras de saúde e segurança do trabalho Ópera Mundi: Brasileiros protestam contra Bolsonaro em frente à embaixada do Brasil em Paris Fórum: Lula está no segundo turno em 2022. Bolsonaro disputa outra vaga com centro, diz cientista político Poder 360: Petrobras vai elevar o preço do gás natural em 38% no começo de maio INTERNACIONAL New York Times: Muitos precisam de comida. Um empurrão energizante para expandir o alívio. O ambicioso plano de Biden Washington Post: EUA preparados para impulsionar o crescimento global WSJ: Cepas de vírus testam recuperação global Financial Times: China procura conter empréstimos para esfriar boom imobiliário The Guardian: Dois testes de vírus por semana para todos, já que primeiro-ministro enfrenta reação negativa do passaporte da Covid The Times: Primeiro ministro tem esperanças com testes em massa Le Monde: Covid. O novo calendário pode ser mantido? Libération: Manifesto das 343. “A batalha pelo aborto não foi ganha” El País: Governo prepara a primeira Lei de Segredos Oficiais da democracia Clarín: Pandemia e eleições. Premiado, o governo busca acordo com a oposição Página 12: Entrevista com o Vice-Ministro da Justiça. “A impunidade nunca foi tão grossa” Gramna: O que deve ser um jovem comunista Diário de Notícias: Ex-ministro de Costa: “É inevitável levantar moratórias em setembro, mas é preciso criar instrumentos de transição” Público: Banca compensa trava parlamentar no MB Way com subida de comissões Frankfurter Allgemeine Zeitung: O mundo na sala de espera Süddeutsche Zeitung: Sem a economia global, a Alemanha seria pobre The Moscow Times: Um em cada 2 russos dizem que Navalny está preso com razão, diz pesquisa Global Times: Ruili abre registro de vacina para a população local após receber 150.000 doses de CanSinoBIO Diário do Povo: China lançará livro branco sobre redução da pobreza |
segunda-feira, 5 de abril de 2021
Deu na Imprensa - 05/04/2021
sábado, 3 de abril de 2021
Observatório da Democracia pede revogação da Lei de Segurança Nacional
As fundações partidárias que integram o Observatório da Democracia assinam hoje um manifesto que pede a revogação da Lei de Segurança Nacional e ratifica a necessidade de interdição do presidente da República, Jair Bolsonaro. O lançamento do documento marca a histórica luta democrática após 57 anos do início do regime militar no Brasil. Leia o manifesto neste link.
Assinam o manifesto: Fundação Lauro Campos/Marielle Franco, Psol; Fundação João Mangabeira, PSB; Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, PDT; Fundação Maurício Grabois, PCdoB; Fundação Perseu Abramo, PT; Fundação Ordem Social – PROS; Fundação Astrojildo Pereira, Cidadania; e Fundação Verde Herbert Daniel.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
Deu na Imprensa - 02/04/2021
Os jornais dividem o foco da cobertura nesta Sexta-Feira Santa, 2 de Abril. Folha destaca o corte orçamentário promovido por Jair Bolsonaro no programa Farmácia Popular. Estadão dá manchete para a notícia de que o programa de redução salarial vai ficar R$ 4 bilhões mais caro este ano e só vai atingir 4 milhões de trabalhadores. O Globo ressalta que o governo entregou em março menos da metade de doses prometidas. Foi o mês mais mortal da pandemia, com 67 mil mortos. E, por fim, o Correio Braziliense noticia que a OMS define a situação no Brasil como crítica e as nações vizinhas anunciaram o fechamento de fronteiras com o país. O país agora conta com média diária acima de 3 mil mortos. Um novo recorde. Na política, a notícia mais importante do dia é a repercussão da entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews FM, com transmissão simultânea nas redes sociais e no YouTube. "Bolsonaro, pára de brincar e vai governar o país", disse o ex-presidente. A entrevista do ex-presidente ganhou repercussão ampla na blogosfera e nem os jornalões conseguiram esconder. Um dos destaques na entrevista foi a revelação por Lula do segredo do seu sucesso no governo federal entre 2003 e 2010: "Meu grande milagre foi colocar o pobre no orçamento". A TV Bandeirantes deu quatro ministros para Lula no Jornal da Band, na edição de ontem à noite. "Se tivesse juízo, o mercado ia à Aparecida pagar promessa para eu voltar", disse. Os jornais repercutiram outro trecho da entrevista, destacando a declaração em que Lula diz que o PT buscará o centro se for necessário para derrotar Bolsonaro no próximo ano. Folha e Estadão deram destaque. Mas o Globo ignorou a entrevista. Lula e Reinaldo quebraram a internet – Guilherme Amado, em Época, diz que a "live de Lula registra audiência 18 vezes maior do que Bolsonaro" e o site Teleguiado, especialista em mídia – aponta que a entrevista bateu recorde. Apenas no YouTube, foram 300 mil espectadores. No fechamento deste briefing, o vídeo já havia sido visto por 1,4 milhão de pessoas no canal da BandNews FM na plataforma. Fora as redes sociais do PT e de petistas, que ampliaram ainda mais o alcance. As declarações do maior líder político brasileiro eclipsaram o esforço dos seis presidenciáveis unidos em torno do manifesto em defesa da democracia – saudado nos jornalões como uma unidade fundamental para os destinos do país e uma alternativa à polarização entre Bolsonaro e a esquerda no próximo ano. Estadão registra o "pacto de não agressão" entre os seis. A Reinaldo Azevedo, o próprio Lula alfinetou os adversários, lembrando a atuação de Luciano Huck, João Amoedo, Henrique Mandetta, João Dória e Eduardo Leite na última eleição presidencial: "Essa gente preferiu votar no Bolsonaro", declarou. O colunista Bernardo Mello Franco, no Globo, resume o dilema de Ciro Gomes e os outros candidatos: "Cinco dos seis signatários de manifesto em defesa da democracia votaram em Bolsonaro em 2018". Ciro foi para Paris e disse que não via riscos na eleição de Bolsonaro. O colunista do Globo é certeiro: "Seria bom pedir aos signatários do manifesto que expliquem por que ajudaram o atual presidente a chegar lá", escreve na página 3, da edição desta sexta-feira. "O sexteto também deveria informar o que fará num possível duelo entre Bolsonaro e a esquerda em 2022". Já o próprio Reinaldo Azevedo, em sua coluna na Folha, não faz pouco caso do manifesto dos presidenciáveis, mas reforça que o jogo mudou por conta da volta do petista ao cenário político. "Entrada de Lula no jogo leva a uma articulação virtuosa, que vai da direita democrática à centro-esquerda", escreve. Sobre o esforço do centro de se reaglutinar, o colunista elogia: "Manifesto dos seis pode abrir caminho para fuga da Terra dos Mortos", pondera. "O ex-presidente Lula não foi convidado [a assinar o manifesto]. Faz sentido. Sergio Moro foi. Não faz sentido". No Tijolaço, Fernando Brito escreve que a entrevista de Lula a Reinaldo foi uma lição ao "Grupo dos Seis" presidenciáveis. "Reinaldo, um dos mais ferrenhos adversários do PT, com uma coleção imensa de desaforos e condenações a Lula, não deixou que isso passasse sobre a situação de crise do país e sobre as imposições da ordem democrática", opina. "Lula, que tem todas as razões do mundo para sentir-se ofendido pelos impropérios que Reinaldo lhe desfechou, não se serviu da oportunidade para desfolhar rancores". E compara: "Por que os 'Seis do Centro' não se dispuseram ao mesmo diálogo?". Na blogosfera, Luís Nassif ironiza no GGN o esforço da grande imprensa em levantar os nomes do centro. "A mídia inventa presidenciáveis, e eles ficam presidenciáveis. Então, põem lá o Mandetta – virou presidenciável. Amoedo, Huck... Eles fazem um abaixo-assinado com o Ciro Gomes, com o João Doria e a imprensa fala 'fato novo que ocorreu'", disse na TV GGN. Numa conversa com Marcos Coimbra, da Vox Populi, Nassif concorda que o cenário é o mesmo de sempre. "A um ano da eleição de 2018, nós estávamos iguaizinhos – e, em alguns casos, exatamente com os mesmos nomes: Amoedo, Moro, Ciro Gomes, um candidato que viria do Judiciário, Luciano Huck, a mesma coisa", diz o sociólogo. Coimbra resume o sentimento popular: "Nunca ninguém ficou, assim, encantado com o Lula. Apenas comparou Lula com outros [presidentes do passado], botou na balança as coisas boas e as coisas ruins do Lula e chegou à conclusão que ele era um bom presidente da República. Aquilo é que mudou o jogo dali para frente". E conclui: "Provavelmente, nós vamos para uma disputa em segundo turno com esses dois nomes (Lula e Bolsonaro) – é impensável, pelo que a gente conhece da sociedade brasileira – que qualquer um desses cinco cidadãos consiga (...) Quem não é, ainda, não será nesse intervalo de tempo". No Globo, Míriam Leitão diz que a opinião pública não deve se iludir com os últimos movimentos do presidente da República. "Bolsonaro finge recuar com militares, mas já cravou sua estaca no terreno", observa. "O fato de o presidente Bolsonaro ter respeitado a lista de antiguidade para nomear os novos chefes militares pareceu um recuo. Mas é mais um movimento estratégico. Ele sempre faz isso: ataca uma instituição da República, depois finge recuar. O país pensa que ele passará a ficar moderado, mas ele jamais se moderou". Na edição da revista Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo, a matéria de capa é sobre a crise política que assombra o país. "Basta! A nação quer o afastamento de Bolsonaro. Ele ameaça a democracia ao tentar capturar as Forças Armadas, enquanto o país chora a morte de 325 mil brasileiros por omissão criminosa do Planalto". E cobra posição das autoridades. "Até quando as instituições vão tolerar o desgoverno do GENOCIDA?" A nova edição da Focus Brasil, que começa a circular nesta sexta-feira, ainda traz o novo pedido de impeachment do presidente da República, fala da reação da oposição no Congresso Nacional, com manifestações das bancadas do PT na Câmara e Senado, além de condenar as comemorações feitas pelo governo do Golpe de 1964. A semanal da Perseu ainda traz a íntegra da entrevista de Noam Chomsky à Tutaméia, em que o renomado intelectual americano diz que a volta de Lula é esperança de dias melhores para o país, porque só ele reúne as condições políticas e que tem a visão de um estadista para tirar o país do atraso. Nas outras revistas semanais, a crise política gerada pelos últimos movimentos desastrados de Bolsonaro com as mudanças no Ministério da Defesa também está na capa de Carta Capital, Época e IstoÉ. A primeira diz que Bolsonaro está acuado, a revista da Globo fala do fogo cruzado contra o presidente – esprimido pela reação das Forças Armadas – e a da Editora Três diz que o presidenta flerta com um Golpe de Estado. Veja sai com trechos exclusivos do livro de Eduardo Cunha, o artífice do Golpe de 2016 que resultou na derrubada de Dilma Rousseff. A revista é mortífera: "Rico em detalhes e bile, o relato de Cunha lança suspeitas sobre integrantes do Judiciário e, obviamente, expõe episódios nada edificantes de alguns dos principais nomes da política e do empresariado nacional. O ex-presidente da Câmara detalha, por exemplo, a reunião secreta em que Lula confessou o arrependimento por ter patrocinado a reeleição de sua pupila e prometeu a Cunha tentar interferir no STF para ajudá-lo". Em outro trecho, a matéria diz que o impeachment de Dilma poderia ter sido evitado. "A batalha que provocaria a queda de Dilma e, pouco tempo depois, a do próprio Cunha, poderia ter sido evitada? Na visão do ex-deputado, sim. Se o PT não tivesse tentado derrotá-lo na Câmara, ele jura que jamais teria detonado o impeachment. Por sua vez, Cunha também faz um mea-culpa, afirmando que o rompimento por parte dele foi um erro que o obrigaria a administrar as consequências disso". A íntegra está no final do pdf. |
quinta-feira, 1 de abril de 2021
Com a Covid-19 fora de controle, o Brasil se aproxima do número assustador de quatro mil óbitos diários.
Com a Covid-19 fora de controle, o Brasil se aproxima do número assustador de quatro mil óbitos diários. Segundo dados consolidados pelo consórcio de veículos de comunicação, ontem houve 3.950 vítimas fatais, elevando o total a 321.886, com novo recorde também na média móvel em sete dias: 2.971. E tem mais. Março foi o mês mais mortífero da pandemia no país, com 66.868 motos, mais do que a soma dos piores meses até então, julho de 2020 (32.912) e fevereiro deste ano. (30.484)
Até ontem, 788 pessoas aguardavam em todo o país uma vaga em UTI para Covid. A situação é generalizadamente grave, pois 19 capitais estão com ocupação desses leitos acima de 90%, sendo que não há mais vagas em Campo Grande, Rio Branco, Porto Alegre, Curitiba e Porto Velho. (Folha)
E conseguir vaga na UTI não é garantia de cura. Segundo o projeto UTIs brasileiras, 29,7% dos pacientes de Covid em unidades de tratamento intensivo da rede privada morrem. Na rede pública, o cenário é ainda pior: 52,9%. (Poder360)
Ah, o governo de São Paulo informou ter identificado em Sorocaba o primeiro caso no país da variante sul-africana do Sars-Cov-2, mais resistente a vacinas. (Globo)
A Anvisa aprovou ontem o uso emergencial da vacina produzida pela Janssen, do grupo Johnson & Johnson. É o quarto imunizante liberado para aplicação no Brasil, junto com a Coronavac, a Comirnaty (Pfizer) e Covishield (Astrazeneca/Oxford/Fiocruz), sendo que as duas últimas já têm registro definitivo. Uma das grandes vantagens do produto da Janssen é que ele necessita de apenas uma dose. O Ministério da Saúde tem um contrato com o laboratório para a entrega de 38 milhões de doses até o fim do ano. (UOL)
Na mesma reunião, porém, a diretoria da Anvisa vetou a importação da vacina indiana Covaxin, do laboratório Bharat Biotech. Segundo a agência, a empresa não apresentou documentos que atestassem a eficácia e a segurança do medicamento. (CNN Brasil)
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reduziu quase à metade a previsão de doses de vacinas disponíveis em abril. Serão 25,5 milhões de doses, não os 47,3 milhões previstos anteriormente. Queiroga atribuiu a redução a atrasos na produção da Fiocruz e do Butantan e ao veto da Anvisa à Covaxin. (Folha)
Mas há uma boa notícia. A Pfizer informou que a Comirnaty, sua vacina, é 100% eficaz em adolescentes entre 12 e 15 anos, segundo estudo nos EUA. Lá, o imunizante já é aplicado em maiores de 16 anos. O laboratório segue testando a vacina em crianças. (G1)
E já que hoje é 1º de abril, confira as principais mentiras sobre a pandemia de Covid-19. (Folha)
Miguel Nicolelis: “Estamos próximos de um ponto de não retorno na crise do coronavírus no Brasil"
O Brasil fecha março, o mês mais letal da pandemia até agora, com outro recorde de mortes causadas pelo coronavírus: foram 3.869 notificações nas últimas 24 horas. E, apesar da escalada da pandemia no país, o Governo Federal continua sem considerar um lockdown nacional enquanto unidades de saúde lidam com falta de estrutura e remédios. A repórter Beatriz Jucá explica que enquanto o Planalto e o novo ministro, Marcelo Queiroga, ignoram a emergência imediata, políticos se movimentam para retirar as amarras do setor privado na aquisição de vacinas para permitir que empresas privadas comprem imunizantes e possam aplicar em seus funcionários e familiares sem ter de entregar todas as doses ao SUS, como preconizam as leis atuais. Neste momento dramático da crise, o EL PAÍS estreia Diário do front, a coluna do neurocientista Miguel Nicolelis sobre a pandemia, agora em áudio. No episódio piloto, Nicolelis alerta: “Estamos a poucas semanas de um ponto de não retorno na crise do coronavírus no Brasil”, afirma ele, que prevê, caso não haja uma mudança de rota, um colapso funerário. O acesso à coluna Diário no Front é gratuito, como todas as notícias da pandemia no jornal. Compartilhe com seus amigos e familiares. Prefere o YouTube? Veja aqui o link. Também disponível no Instagram. Já em Brasília o mês se encerra com o Planalto tentando pôr água na fervura de uma turbulência que o próprio presidente Jair Bolsonaro criou. Nesta quarta, foram nomeados os três novos comandantes das Forças Armadas pelo novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto. Afonso Benites conta que, apesar das especulações sobre a interferência política na escolha dos novos chefes, o presidente decidiu reduzir o atrito e adotar o critério de antiguidade —tradicionalmente utilizado para as promoções na carreira. Com a decisão, a nomeação do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira para o comando do Exército foi uma surpresa. Oliveira é declaradamente a favor do distanciamento social e do uso de máscaras para a contenção dos contágios de coronavírus, na contramão do que prega o presidente. Também nesta edição, um especial sobre a era de chumbo brasileira e seus reflexos até os dias atuais. Aiuri Rebello conta que Átila Rohrsetzer, um aposentado que vive no litoral de Santa Catarina, pode ser o primeiro brasileiro condenado por crime da ditadura. Rohrsetzer deve ser julgado na justiça italiana até o final do mês, acusado de participar do desaparecimento do ítalo-argentino Lorenzo Ismael Viñas Gigli na noite de 26 de junho de 1980 na fronteira entre a Argentina e o Brasil. Dali, foi entregue à Argentina, em mais uma ação na Operação Condor, um pacto entre as ditaduras do continente para troca de prisioneiros políticos e intercâmbio de informações, que deixou um rastro de milhares de vítimas no continente sul-americano. “Quando o Lorenzo desapareceu me dividi em duas”, diz Claudia Allegrini, viúva do desaparecido, à repórter Mar Centenera. Já Eduardo Reina revela documento inédito que mostra que os Estados Unidos sabiam da tortura nos porões militares brasileiros e poderiam intervir caso tivessem interesse direto em um caso. Documento datado de dezembro de 1973 e escrito pelo vice-cônsul dos EUA no Rio para o embaixador norte-americano em Brasília na época, aponta o possível destino do militante Paulo Stuart Wright, sequestrado pela ditadura brasileira naquele ano. O texto diz que Wright, filho de missionários norte-americanos, estava em um centro da repressão no Rio e que, se Washington quisesse, poderia atuar para poupar "horas de tortura". Para desconectar, um pouco da vida e destinos das três irmãs de Van Gogh. Anna, Elisabeth e Willemien passaram quase despercebidas pela potência do legado fraterno. No entanto, o estudo das centenas de cartas conservadas no museu de Van Gogh, na Holanda, joga luz sobre as relações familiares do pintor. Fique em casa se puder. Ajude os mais vulneráveis se tiver chance. Se cuide! | ||||||||||
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Manifesto pela democracia une presidenciáveis do centro
A instabilidade provocada pelas mudanças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro no Ministério da Defesa e no comando das Forças Armadas conseguiu o que até então parecia impossível, unir seis presidenciáveis da centro-esquerda à centro-direita em torno de uma causa comum. Os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandeta (DEM), os governadores do São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos do PSDB, o candidato do Novo em 2018, João Amoêdo, e o apresentador Luciano Huck, que ainda não se lançou oficialmente, assinaram um manifesto em defesa da democracia e da Constituição e contra o autoritarismo. (Estadão)
“A conquista do Brasil sonhado por cada um de nós não pode prescindir da Democracia. Ela é nosso legado, nosso chão, nosso farol. Cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores”, diz o manifesto. “Não há Democracia sem Constituição. Homens e mulheres desse país que apreciam a LIBERDADE, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA. Vamos defender o Brasil.” Confira a íntegra.
Os próprios signatários e outros políticos que participaram da elaboração do manifesto avaliam que ele é o primeiro passo para a construção de uma candidatura única em 2022. Visto como parte da polarização política, o ex-presidente Lula (PT) não foi convidado para assinar o documento. (Globo)
A união do centro vem numa péssima hora para Bolsonaro. Segundo pesquisa do PoderData, o governo é rejeitado por 59% dos brasileiros, e o presidente é considerado ruim ou péssimo por 53%. Entretanto, 33% aprovam o governo e 26% consideram Bolsonaro ótimo ou bom. (Poder360)
O Ministério da Defesa anunciou ontem os novos comandantes das Forças Armadas, todos com experiência nas gestões anteriores. Apesar das especulações dos últimos dias, Bolsonaro respeitou o critério de antiguidade, de forma a reduzir atritos. Os perfis são variados. Para o Exército, foi o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que já defendeu publicamente medidas de isolamento social criticadas pelo Planalto. Para a Marinha, o almirante Almir Garnier, próximo da gestão anterior na Defesa, mas visto como bolsonarista moderado. Na FAB, o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr., próximo do bolsonarismo.
Gerson Camarotti: “O nome do general Oliveira foi recebido com uma discreta comemoração entre generais da ativa e da reserva. A aposta é que o general vai blindar a força de qualquer tentativa de engajamento político.” (G1)
E, no que foi classificado como “um vacilo” da base governista, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara convocou o novo Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para dar explicações sobre a compra de itens como picanha e cerveja puro malte pelas Forças Armadas. Mas é certo que os deputados vão interrogá-lo sobre as mudanças no comando da tropa. (Poder360)
Terminou em divergência a primeira reunião do comitê criado por Jair Bolsonaro para discutir medidas contra a pandemia de Covid-19. Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defenderam as medidas de restrição social e recomendaram que as pessoas ficassem em casa. Já Bolsonaro, mais uma vez, condenou os lockdowns, disse que “as pessoas querem trabalhar” e comparou as medidas tomadas por estados e municípios a um estado de sítio, o que foi considerado “uma aberração” por juristas. (UOL)
Sob o apoio de Lira, a Câmara quase aprovou um projeto que jogaria para o contribuinte a fatura da importação por empresas de vacinas para seus funcionários. Pelo projeto, a empresas poderiam abater integralmente do imposto de renda o gasto com a importação. Com a reação negativa, a deputada Celina Leão (PP-DF) apresentou um substitutivo sem o mimo aos empresários. (Folha)
O governo federal teria pago mais de R$ 1,3 milhão para que 19 influenciadores digitais fizessem propaganda do “tratamento precoce” contra a Covid, que não tem respaldo científico. (Agência Pública)
E viralizou nas redes sociais um vídeo em que o prefeito da cidade paulista de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (Republicanos), responde à acusação de lojistas e donos de academias de que queria “quebrar a cidade” com um lockdown. Emocionado, Gomes lembrou ser ele mesmo comerciante, assim como o pai e o irmão, acrescentando que seu maior desejo era que, após a live, ouvir dos dois que seus negócios quebraram. Não vai acontecer. O pai e o irmão morreram de Covid-19. (G1)