A semana vai se encerrando com um noticiário carregado, com destaque no cenário internacional para o agravamento da crise no leste europeu, em função do acirramento de acusações entre Rússia e EUA — leia em Internacional. No plano interno, os jornais trazem o morde e assopra do novo presidente do TSE com Bolsonaro, as falhas dos governos na aplicação de verbas para conter desastres naturais, como a tragédia em Petrópolis, e a reação do mercado financeiro à possibilidade de um conflito geopolítico de forte impacto. O leque de notícias amplo se reflete nas manchetes dos jornalões brasileiras nesta sexta-feira, 18. Folha: Fachin critica acusações de Bolsonaro, mas se diz aberto. Estadão: Governos falham em aplicar verba prometida após tragédia. O Globo: Entre escombros e lama, bombeiros buscam 116 desaparecidos. Valor: Mercados reagem ao aumento da tensão na Ucrânia. Na política, jornais se atentam para a disputa pelo eleitor evangélico, alvo de Bolsonaro e Lula. O Globo destaca que, contra a ofensiva de Lula e Moro, Bolsonaro vai reunir pastores e a bancada evangélica. O jornal noticia ainda que o PT aposta na rejeição ao presidente: ‘Vamos usar a linguagem dos evangélicos pentecostais’, diz pastor da campanha de Lula. O Estadão informa que os pastores que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 agora indicam afastamento. “Movimentações recentes de líderes evangélicos sugerem que segmento não terá o mesmo engajamento na candidatura à reeleição do presidente no pleito de 2022”, aponta. Folha coloca como manchete central a declaração do ministro Luiz Edson Fachin, o novo presidente do TSE, acenando um gesto de aproximação com o Planalto. Fachin promete estender mão a Bolsonaro, mas diz que não vai 'tolerar os intolerantes’. “Ministro do STF que comandará TSE afirma que terá postura de diálogo e que espera reciprocidade do presidente da República”, resume. No Globo, o ministro Luiz Roberto Barroso volta à carga contra o presidente da República. Ataques de Bolsonaro às eleições são 'repetição mambembe' de Trump, diz o ministro do STF. No Tijolaço, Fernando Brito desconfia: Juiz e general na política são mau sinal para democracia. No Globo, Bernardo Mello Franco diz que TSE caiu em armadilha de Bolsonaro ao dar cargos a generais. Outro destaque no noticiário do dia é o anúncio de que o procurador-geral da República, Augusto Aras, diz que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime e pede para STF arquivar inquérito sobre vazamento. Por outro lado, a CPI da Covid manda ao STF acusações individualizadas contra integrantes do governo três meses após concluir relatório. No Globo, Míriam Leitão condena: PGR ameaça a democracia ao se tornar cúmplice de quem a ameaça. Folha alardeia a denúncia de que o TCU aponta ‘indícios robustos’ de fraude por fornecedora de insumo para cloroquina do Exército. “Relatório afirma que há suspeita sobre 26 licitações. Sulminas diz que participação em editais foi regular, e Exército não comenta”, resume o jornal. Na economia, é risível a conduta do ministro Paulo Guedes, que continua a se comportar como um ilusionista, desviando a atenção para o fracasso da condução da política econômica. No Valor, o Posto Ipiranga de Bolsonaro surge anunciando que o Brasil está preparado para crescer. “Em reunião do G20, Guedes destacou que país começou a retirar os estímulos no ano passado ao mesmo tempo que continuou a agenda de reformas”, informa. Nada mal, para o país que realizou agora leilão de rodovia sem que tenha aparecido sequer um comprador. Desinteresse faz leilão da BR-381 ser cancelado. “Nenhuma empresa faria oferta pela ‘rodovia da morte’, constata a ANTT. Nas revistas semanais, o noticiário também mostra uma cobertura eclética, com manchetes para todos os gostos. A revista Focus Brasil coloca a venda da Eletrobrás como assunto central na cobertura da edição que começa a circular neste final de semana: Lesa-pátria. “Tribunal de Contas da União aprova a venda da Eletrobrás, em manobra que fere a soberania nacional, para ajudar o governo. O PT recorre à Justiça para barrar a venda da estatal e impedir o eclipse da política energética no Brasil”. Já Carta Capital aborda a crise na Ucrânia e o papel central do líder da Rússia: A guerra fria de Putin. “O presidente russo sabe explorar a indecisão do Ocidente e a debilidade de Biden”. É praticamente uma visão diametralmente oposta à edição da The Economist, que coloca na capa a jogada do presidente da Rússia, que teria cometido um erro estratégico e pode se isolar internacionalmente: O trabalho fracassado de Putin. “Guerra ou não, ele calculou mal”, vaticina. “Se ele invade a Ucrânia ou recua, Putin prejudicou os interesses da Rússia”. Enquanto isso, IstoÉ denuncia o esquema de mentiras ligada ao Palácio do Planalto na edição distribuída hoje: Os operadores das milícias digitais. “A atuação dos produtores de fake news na internet, tendo por base o ‘gabinete do ódio’ comandando por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, alcança seu auge às vésperas da eleição. Após meses no rastro da organização criminosa, a PF conclui relatório mostrando o ‘modus operandi’ dessa tropa de malfeitores, voltada para atacar adversários e ministros do STF. Por isso, o TSE quer cassar a operação do Telegram, que no Brasil tem sido o canal de veiculação das mentiras fabricadas no Planalto”, diz a revista. Por fim, Veja vem com uma capa amena e esperançosa sobre a crise sanitária que chacoalha o mundo: O início do fim. “Depois de dois anos, existem claros indicadores de que a pandemia se encaminha para o seu epílogo. Nos Estados Unidos e Europa, cidades inteiras suspendem o uso de máscaras em ambientes fechados. No Brasil, o número de novos casos cai drasticamente. A vacina vai vencer a Covid-19”, diz a revista. LULA A Reuters repercute declaração do ex-presidente: Lula diz que fortaleceria, em vez de privatizar, importantes empresas estatais. “O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse na quinta-feira que buscaria fortalecer empresas estatais como a empresa de energia Eletrobrás e os Correios se eleito, potencialmente complicando os planos atuais de privatização das empresas”, relata. PT Estadão noticia que a Polícia investiga relação de deputado petista com empresário da saúde. “Inquérito sobre fraudes em compras hospitalares também encontra indícios contra parlamentares do PSL e do Podemos”, resume o jornal. Mas o jornal centra a notícia colocando em destaque a Polícia Civil de São Paulo investiga as relações do deputado estadual José Américo (PT) com o empresário Paulo Cesar de Souza Brittes, que trabalhou como assessor parlamentar do petista. Brittes é dono de empresa citada no inquérito sobre fraudes de Organizações Sociais de Saúde do médico Cleudson Garcia Montali. Além de Américo, a polícia apura as ligações dos deputado estadual Rodrigo Gambale (PSL) e do deputado federal licenciado Sival Malheiros (Podemos-SP) com Cleudson. ELEIÇÕES Folha informa que Bolsonaro cogita colocar o ministro do Turismo, Gilson Machado, para a vaga de vice. Nordestino, o ministro sanfoneiro é visto como leal e, acima de tudo, sua condição de natural da região onde Lula reina é vista como crucial, após erros do presidente na região. Ele é visto como trunfo pelo Centrão e tem a simpatia de líderes evangélicos próximos de Bolsonaro, ainda que se defina como católico praticante. A movimentação da centro-direita, com o jogo esperto do presidente do PSD, é acompanhada de perto pela mídia. Folha traz reportagem sobre os palanques do PSD de Kassab para eleição nos estados, que vão de Bolsonaro a Lula. O jornal relata que o PT ampliou a oferta ao PSD de Kassab em troca de apoio já no primeiro turno. O partido estaria disposto a apoiar a recondução de Rodrigo Pacheco para a Presidência do Senado Federal. Segundo Monica Bergamo, além disso, o PT acena com a possibilidade de retirar candidaturas aos governos estaduais da Bahia, de Minas Gerais e do Amazonas para dar lugar a candidatos do PSD. A Folha ainda revela que o novo presidente do PP atua como equilibrista e se divide entre PT e Bolsonaro. Segundo o jornal, o vice-líder de Bolsonaro na Câmara, Cláudio Cajado, apoia governo do PT na Bahia. Sobre a sucessão paulista, Folha relata que o ministro Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo, está imitando o estilo de Bolsonaro, usando palavrão e desejando que os “corruptos queimem no inferno”. Ele estuda Revolução de 1932 antes de campanha para governador. BRASIL NA GRINGA Washington Post traz reportagem do correspondente Terrence McCoy abordando o flerte do líder brasileiro com o presidente Vladimir Putin: Bolsonaro do Brasil abraçou os EUA sob Trump. Agora ele está em ‘solidariedade’ com a Rússia. “Em uma notável demonstração diplomática na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro, resistindo aos apelos domésticos e dos EUA para cancelar sua visita a Moscou, sentou-se lado a lado com o presidente Vladimir Putin”, destaca. A reportagem vê com maus olhos os movimentos do extremista brasileiro. “Bolsonaro não especificou em que sentido o Brasil se solidarizou com a Rússia, mas seus comentários e visita a Putin certamente serão interpretados como apoio tácito à Rússia em um momento em que o Ocidente a chama de potência militar beligerante pronta para mergulhar a Europa na guerra”, diz o texto. A Reuters distribui globalmente um despacho informando que os EUA denunciam a ‘solidariedade’ de Bolsonaro com a Rússia à medida que a crise na Ucrânia se desenvolve. “Os Estados Unidos criticaram na quinta-feira a declaração de ‘solidariedade’ do presidente brasileiro Jair Bolsonaro à Rússia durante uma visita ao país esta semana, enquanto reunia tropas perto das fronteiras da Ucrânia, aumentando temores de que planeja invadir”, reporta. Já a Associated Press informa a partir de Budapeste, que Bolsonaro e Orban enfatizam visões comuns sobre migração. “Os líderes populistas do Brasil e da Hungria enfatizaram sua abordagem conservadora compartilhada em questões como migração, cristianismo e valores familiares durante uma visita à capital da Hungria na quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro”, escreve o correspondente Justin Spike. “Falando em uma coletiva de imprensa em Budapeste após conversas bilaterais, o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orban, chamou a visita de Bolsonaro de ‘evento diplomático histórico’ e disse que os dois líderes compartilham uma única abordagem para ‘os grandes desafios globais do mundo’”. O argentino Página 12 também aborda a viagem do presidente brasileiro à Hungria e seu encontro com o líder da ultradireita. Bolsonaro destaca suas coincidências com o ultranacionalista Viktor Orban. “O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, destacou nesta quinta-feira sua coincidência em valores religiosos e nacionalistas com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, com quem se reuniu em Budapeste”, resume. “Bolsonaro se referiu à Hungria como ‘nosso irmão mais velho’ em declarações à imprensa após a reunião, na segunda etapa de uma turnê europeia que o levou à Rússia de Vladimir Putin na quarta-feira”. Em outra reportagem, a agência Reuters reporta que o o procurador-geral do Brasil pediu ao Supremo Tribunal para arquivar processo contra Bolsonaro. “O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento de uma investigação sobre o presidente Jair Bolsonaro, acusado de divulgar informações confidenciais sobre uma investigação sobre suposto hacking de redes de computadores do TSE no ano passado”, relata. O britânico The Guardian continua com sua atenção voltada para a tragédia de Petrópolis: Sobreviventes cavam por entes queridos enquanto o número de mortos em enchentes no Brasil chega a 105. “Incerteza sobre o número de pessoas ainda presas na lama em Petrópolis depois que casas e carros foram varridos”, sintetiza. O francês Le Monde também acompanha de perto: No Brasil, o número de mortos pelas enchentes em Petrópolis sobe. “Dois dias após as chuvas mais fortes em noventa anos nesta cidade turística do sudeste do Brasil, o saldo de pelo menos 117 mortos ainda é provisório”, informa. O espanhol El País é outro veículo europeu a noticiar com destaque a operação de resgate na cidade serrana do estado do Rio: Brasil busca 140 vítimas das chuvas após recuperar mais de cem corpos em Petrópolis. Segundo a correspondente Naiara Galarraga Gortázar, as autoridades alertam para um risco muito alto de novos deslizamentos de terra após as chuvas, que já deixaram pelo menos 104 mortos. “Vai ser difícil encontrar alguém vivo”, avisa um vizinho. O argentino Clarín também mostra o esforço para encontrar e localizar as pessoas na cidade. Tragédia no Rio de Janeiro: busca desesperada por desaparecidos em Petrópolis. Dor e medo. E no português Diário de Notícias: Petrópolis. A cidade engolida pela lama década após década. “Com mais de 100 mortos e outros tantos desaparecidos, a ‘capital imperial’ do Brasil passou por tragédias semelhantes em 1988 e em 2011”, escreve o correspondente João Almeida Moreira. Na terça-feira, caíram 240 milímetros de chuva em duas horas. Sobre meio ambiente, repercute em jornais europeus o despacho da Reuters informando que cientistas do Brasil alertam para possível aumento no desmatamento em ano eleitoral. “Pesquisadores de desmatamento alertaram na quinta-feira que a destruição na floresta amazônica brasileira pode aumentar mais 16% este ano, com base em seus modelos, já que a destruição geralmente aumenta em ano eleitoral, de acordo com uma análise de uma ong”, relata. INTERNACIONAL O clima de tensão no leste europeu volta a se agravar depois da troca de tiros na fronteira da Ucrânia. As atenções da mídia internacional continuam focadas nos movimentos dos Estados Unidos e Rússia, mas a Casa Branca consegue emplacar a possibilidade da guerra se desenrolar de forma iminente. New York Times destaca em manchete de capa que as trocas de tiros no leste da Ucrânia podem pressagiar invasão, alertam EUA. A imprensa europeia reporta que a Rússia anunciou agora pela manhã uma retirada de novas forças da fronteira. “À medida que os bombardeios se intensificavam no leste, autoridades alertaram que Moscou poderia usar falsas alegações de ‘genocídio’ contra russos na região como pretexto para um ataque”, reporta. Washington Post verbaliza o pensamento da Casa Branca: Recuo da Rússia é chamado de ardil. O Financial Times também assume o discurso do Pentágono: Biden adverte que a Rússia deve invadir a Ucrânia dentro de dias. Wall Street Journal vai na mesma linha: Bombardeio aumenta ao longo da linha de frente separando a Ucrânia e separatistas pró-Rússia. “Separatistas apoiados pela Rússia e autoridades em Kiev trocaram acusações sobre violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia, enquanto governos ocidentais disseram que Moscou continuou a reunir tropas nas fronteiras da Ucrânia”, diz o Journal. “O secretário de Estado, Antony Blinken, alertou sobre uma iminente ofensiva russa e propôs uma reunião diplomática com seu colega russo”. O WSJ alardeia a reação do mercado à perspectiva de guerra: Dow cai mais de 600 pontos, seu pior dia em 2022. “O índice blue-chip sofreu sua perda mais acentuada em um dia, com as tensões geopolíticas e a perspectiva de uma política monetária mais apertada abalando os mercados”, resume. O New York Times noticia a intensidade dos ataques de quinta-feira, 17. ‘Um assobio, depois uma explosão’: bombardeio atinge um jardim de infância na Ucrânia. “Há algum tempo dissemos que os russos poderiam fazer algo assim para justificar um conflito militar”, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III. “Então, estaremos observando isso muito de perto”. O NYT destaca ainda na primeira página a mensagem dos Estados Unidos para a Rússia: prove que estamos errados. “Se a Rússia não invadir a Ucrânia, ficaremos aliviados que a Rússia mudou de rumo”, disse o secretário de Estado, Antony J. Blinken, nas Nações Unidas. Na mídia britânica, a tônica é pró-Casa Branca. A manchete do Guardian: Biden: Rússia está pronta para fingir causa do ataque à Ucrânia. O diário inglês continua relatando que Putin é acusado pelos EUA de estar pronta para forjar uma causa que justifique um ataque à Ucrânia. O jornal relata que o governo de Biden tem “razões para acreditar” que a Rússia estava envolvida em “uma operação de bandeira falsa para ter uma desculpa para entrar”. Já o Times mostra que o Reino Unido tem o mesmo entendimento que os velhos aliados do outro lado do Atlântico. O jornal diz que Whitehall está convencido de que Vladimir Putin está prestes a invadir. O jornal acrescenta que Boris Johnson avalia que Moscou está por trás de bombardeios na disputada região leste da Ucrânia, que resultou até agora em ataque a uma creche. Ainda no Times, outra reportagem informa que guerra cibernética é planejada antes do ataque militar. Segundo o jornal, a agência de inteligência militar do presidente Putin tem as ferramentas para interromper toda a infraestrutura da Ucrânia “em minutos”, segundo um especialista em guerra cibernética. O GRU lançará um ataque cibernético preventivo à Ucrânia se ele decidir invadir a Ucrânia, de acordo com James Lewis, vice-presidente sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington. A ofensiva midiática do Pentágono também é percebida no francês Le Monde, que destaca no alto da home page, na manhã desta sexta-feira, 18: “Os Estados Unidos estão prontos para adotar sanções que tornariam a Rússia um pária no sistema financeiro”. Em entrevista ao jornal, o subsecretário de Estado dos EUA para o Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, José Fernandez, confirma o desejo do governo Biden de limitar a desestabilização do mercado de gás. O francês Libération é enfático ao publicar no alto do site: Ucrânia: bombardeios eclodem na frente oriental. “Jornalistas observam bombardeios nesta sexta-feira perto de Stanytsia Luganska, no leste da Ucrânia. A cidade está sob o controle das forças do governo que lutam contra os separatistas pró-Rússia”, resume. E no espanhol El País: Uma violação do cessar-fogo na região de Donbas aumenta a tensão. Kiev e separatistas pró-Rússia trocam acusações de ataques na linha de frente em Donetsk e Luhansk. O jornal também noticia que a Rússia ameaça “medidas técnico-militares” se a negociação com os Estados Unidos falhar. “O Kremlin acredita que uma Ucrânia na OTAN tentaria retomar a Crimeia com a ajuda de aliados, anexada por Moscou em 2014”, reporta. Já a mídia alemã enfatiza os argumentos do Kremlin. No Frankfurter Allgemeine Zeitung: Rússia anuncia medidas de natureza “técnico-militar”. Moscou acusa os EUA de não estarem interessados em melhorar a situação de segurança na Europa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou na tarde de quinta-feira sua resposta à declaração dos EUA sobre os projetos de tratados de segurança que Moscou enviou ao Ocidente em meados de dezembro”, reporta. Já o Sueddeutsche Zeitung é crítico ao Estado alemão, reportando que Berlim se encontra totalmente despreparada em sua política de segurança. “A Alemanha tropeça despreparada em um mundo atormentado por muitas crises históricas”, pontua. “Suas crenças anteriores de política externa não são mais válidas — e dificilmente ousa adotar novas. Essa fraqueza torna possível a agressão externa em primeiro lugar”. O chinês Global Times externa a posição do Ministério das Relações Exteriores da China: Espalhar informações falsas e promover a possível invasão russa da Ucrânia só adiciona obstáculos ao diálogo. Segundo o governo Xi, “criar uma atmosfera tensa não ajuda a resolver a crise na Ucrânia, enquanto advogar pelo confronto e empunhar o bastão de sanções só adicionará obstáculos ao diálogo e à negociação”. Pequim condena o “hype dos EUA” de uma possível invasão russa. |
AS MANCHETES DO DIA |
Focus Brasil: Lesa-pátria. Tribunal de Contas da União aprova a venda da Eletrobrás, em manobra que fere a soberania nacional, para ajudar o governo. O PT recorre à Justiça para barrar a venda da estatal e impedir o eclipse da política energética no Brasil Carta Capital: A guerra fria de Putin. O presidente russo sabe explorar a indecisão do Ocidente e a debilidade de Biden IstoÉ: Os operadores das milícias digitais. A atuação dos produtores de fake news na internet, tendo por base o ‘gabinete do ódio’ comandando por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, alcança seu auge às vésperas da eleição. Após meses no rastro da organização criminosa, a PF conclui relatório mostrando o ‘modus operandi’ dessa tropa de malfeitores, voltada para atacar adversários e ministros do STF. Por isso, o TSE quer cassar a operação do Telegram, que no Brasil tem sido o canal de veiculação das mentiras fabricadas no Planalto Veja: O início do fim. Depois de dois anos, existem claros indicadores de que a pandemia se encaminha para o seu epílogo. Nos Estados Unidos e Europa, cidades inteiras suspendem o uso de máscaras em ambientes fechados. No Brasil, o número de novos casos cai drasticamente. A vacina vai vencer a Covid-19 Folha: Fachin critica acusações de Bolsonaro, mas se diz aberto Estadão: Governos falham em aplicar verba prometida após tragédia O Globo: Entre escombros e lama, bombeiros buscam 116 desaparecidos Valor: Mercados reagem ao aumento da tensão na Ucrânia BBC Brasil: Centro nacional que monitora desastres naturais teve menor orçamento da história em 2021, diz diretor UOL: Petrópolis: verba para Natal e publicidade supera a de contenção de encostas na cidade G1: Sirenes voltam a tocar no quarto dia de buscas em Petrópolis. Número de mortos chega a 120 R7: Sobe para 120 o número de mortos na tragédia em Petrópolis; buscas chegam ao quarto dia Luís Nassif: É hora de acordar para os desastres climáticos Tijolaço: A insólita ‘campanha’ Bolsonaro x TSE DCM: Religiosos se afastam de Bolsonaro após apoio em 2018 Rede Brasil Atual: Relatório do Credit Suisse trata Lula como próximo presidente do Brasil Brasil de Fato: STF julga ação que pode limitar atuação das Defensorias Públicas; saiba o que está em jogo Ópera Mundi: ‘Não existem condições para um governo de esquerda no Peru’, diz Waldemar Cerrón Fórum: Alckmin vai a encontro com sindicatos: “Lula é experiente e conhece o Brasil” Poder 360: PoderData: rejeição a Lula sobe para 43%, mas ainda é a menor Congresso em Foco: Pacheco, Leite ou Lula? Entenda o jogo triplo de Gilberto Kassab New York Times: O medo da guerra surge como pele de descarte no leste da Ucrânia Washington Post: Recuo da Rússia chamado de ardil WSJ: Violência na Ucrânia aumenta perspectiva de guerra Financial Times: Biden adverte que a Rússia deve invadir a Ucrânia dentro de dias The Guardian: Biden: Rússia está pronta para fingir causa do ataque à Ucrânia The Times: Whitehall está convencido de que Vladimir Putin está prestes a invadir Le Monde: França anuncia retirada militar do Mali Libération: Acidentes de trabalho. Os mortos invisíveis El País: Casado e Ayuso dinamitam o PP La Vanguardia: A guerra entre Casado e Ayuso estala com toda a crueza e sacode o PP Clarín: Governo fecha o acordo com o FMI e o enviará ao Congresso na próxima semana Página 12: Planos distintos Granma: Juan dos eternos da Revolução Diário de Notícias: “Os portugueses ganharam o direito de aliviar as medidas” Público: Segurança Social rejeita pedidos de apoio da pandemia a desempregados Frankfurter Allgemeine Zeitung: Rússia anuncia medidas de natureza “técnico-militar” Süddeutsche Zeitung: Totalmente capturado Moskovskij Komsomolets: “Você optou por participar?”: Putin cumprimentou Lukashenka antes das negociações The Moscow Times: Fogo de artilharia enquanto Putin aumenta o calor na Ucrânia e no Ocidente Global Times: China pronta para ter sucesso no teste covid-19 dos Jogos Olímpicos de Inverno Diário do Povo: Xi envia carta de congratulações pelo 65º aniversário das relações diplomáticas China-Sri Lanka |
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