terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

PF isenta Bolsonaro de crime no caso Covaxin

 

No que depender a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisa se preocupar com uma das muitas acusações que lhe foram feitas pela CPI da pandemia. Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF concluiu que ele não cometeu crime de prevaricação na compra frustrada da vacina indiana Covaxin e que não era necessário tomar o depoimento do presidente. Em depoimento à CPI, o funcionário do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disseram ter relatado a Bolsonaro irregularidades na negociação da vacina, que ele prometeu levar a denúncia adiante, o que não fez. De acordo com a PF, não cabe ao presidente comunicar eventuais crimes. (g1)

Então... Se a PF deixou mais feliz o dia de Bolsonaro, a dor de cabeça veio de aliados. Como revelou Lauro Jardim, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou que seja mantida a investigação contra o presidente pelo vazamento de uma investigação a respeito de um ataque hacker ao TSE que estava sob segredo de Justiça. E, como conta Malu Gaspar, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do PP, liberou os diretórios regionais para usarem como quiserem as inserções de TV no primeiro semestre, mesmo que façam críticas ao governo federal. Na Bahia, por exemplo, o partido tem uma aliança sólida com o PT. (Globo)

Aliás... Bolsonaro disse ontem, em entrevista à TV Record, que não prestou depoimento à PF no caso do vazamento por “decisão do advogado”, no caso, o advogado-geral da União, Bruno Bianco. O ministro do STF Alexandre Moraes determinara que Bolsonaro depusesse presencialmente, mas ele alegou “direito de ausência” para não comparecer. (Folha)

Por via das dúvidas, Bolsonaro cancelou a participação, na manhã de hoje, em uma cerimônia virtual de abertura dos trabalhos do STF no ano. (UOL)




O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, pediu ontem o arquivamento da apuração sobre o contrato entre o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e a consultoria americana Alvarez&Marsal. A investigação apurava possível conflito de interesses, já que a empresa atuou na recuperação de empresas investigadas pela Lava-Jato. Na sexta-feira, Moro fez uma live onde divulgou quanto ganhou durante o ano em que atuou na consultoria e quais atividades desenvolveu. Para Justificar o pedido de arquivamento, Furtado disse que mudara seu entendimento e que não cabia ao TCU investigar contratos privados. (g1)




No campo petista, ontem o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega descartou a possibilidade de participar de um eventual novo governo do ex-presidente Lula. Houve uma reação negativa do mercado e de setores políticos quando Mantega foi escolhido para escrever um artigo com a visão da campanha petista sobre a economia. “Não pretendo voltar. Fiquei no governo por 12 anos seguidos. Já dei a minha parte”, disse ele. Mantega também admitiu erros na condução da economia durante o governo Dilma Rousseff, como a intervenção no setor elétrico. (Folha)

Mas que não se espere de Dilma o mesmo desprendimento. Malu Gaspar nos conta que, em conversa com Lula, a ex-presidente avisou que não vai se esconder na campanha e pretende defender seu governo. (Globo)




Meio em vídeo. Manter viva a ideia de democracia é a luta da nossa geração. Existe uma guerra que vem de fora e que brota de dentro das democracias. Você sabe de que lado está? Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




O governo dos EUA está jogando pesado nos bastidores para que os presidentes do Brasil e da Argentina, Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, cancelem suas visitas à Rússia. Para Joe Biden, a ida de dois líderes da América Latina a Moscou num intervalo de poucas semanas passaria uma mensagem de apoio à política de Vladimir Putin em relação à Ucrânia. (Folha)

Enquanto isso... O Conselho de Segurança da ONU virou palco de uma batalha retórica entre EUA e Rússia. A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, disse que a disposição de tropas russas na fronteira ucraniana ameaça a segurança de toda a Europa, enquanto o russo Vassily Nebenzya acusou os EUA de “histeria diplomática” e de hipocrisia, por ser o país com mais soldados espalhados pelo mundo. Já o embaixador da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, disse que seu país está “pronto para se defender”. (Jornal Nacional)

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