O presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao vazar, numa live em redes sociais, um inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker ao TSE. Essa é a conclusão da investigação feita pela própria PF sob ordem do ministro do STF Alexandre Moraes. O presidente e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teria obtido o inquérito, só não foram indiciados por terem foro privilegiado. (g1)
Moraes encaminhou o relatório da PF à Procuradoria-Geral da República e deu um prazo de 15 dias para que esta se manifeste sobre as acusações contra o presidente e o deputado e sobre uma notícia-crime contra Bolsonaro por faltar a um depoimento à PF a respeito dos vazamentos. (Estadão)
Filipe Barros nega ter cometido crime. Segundo o deputado, que era relator da PEC do Voto Impresso, ele teria pedido o inquérito à PF a partir de uma denúncia anônima e não foi informado de que a investigação estava em Segredo de Justiça. Já a PF afirma que o sigilo é padrão de inquéritos. (CNN Brasil)
Malu Gaspar: “As conclusões dos últimos inquéritos da PF sobre os atos de Bolsonaro deixaram a impressão de que ele conta com salvo-conduto para cometer a barbaridade que quiser sem ser incomodado. A primeira investigação buscava saber se prevaricou ao não tomar providência sobre as denúncias dos irmãos Miranda, que o procuraram para relatar irregularidades na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. A segunda apuração investigou Bolsonaro por usar sua live para vazar um inquérito sigiloso da própria PF. William Tito, que passou seis meses apurando a denúncia de prevaricação, construiu uma argumentação tortuosa. Segundo ele, Bolsonaro não está sujeito ao artigo do Código Penal que define a prevaricação. Denisse Ribeiro, que cuidou da apuração sobre a live, fez diferente: afirmou que houve crime, mas disse que não pedia o indiciamento do presidente porque uma parte do Supremo entende que a PF não pode indiciar por conta própria autoridades com foro privilegiado. As duas investigações vão passar pelo crivo do protetor… ops, procurador-geral da República, Augusto Aras — ou seja, serão enterradas. Se o STF não se mexer, dificilmente haverá consequências.” (Globo)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu encurtar a distância que o separa do ex-presidente Lula (PT) num eventual segundo turno. Segundo pesquisa do PoderData, Lula venceria por 54% a 37%. Enquanto o petista ficou estável, Bolsonaro cresceu cinco pontos, fora da margem de erro. Na simulação de primeiro turno, Lula recuou de 42% para 41%, enquanto o presidente foi de 28% para 30%, dentro da margem. Sérgio Moro (Podemos) caiu de 8% para 7% e ficou empatado com Ciro Gomes (PDT), que subiu quatro pontos. João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) têm 2% cada, e Simone Tebet (MDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e Alessandro Vieira (Cidadania), 1%. (Poder360)
O acordo para que o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) seja vice na chapa petista incluiria sua nomeação para o Ministério da Agricultura, segundo fontes ligadas a ambos. Alckmin repete que não aceitaria ser um “vice decorativo” e vem trabalhando para aproximar o ex-presidente do agronegócio. (Estadão)
Também por conta da aliança com Alckmin, Lula reforçou em conversas com aliados o compromisso com a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo paulista. É um recado a Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB), que buscam o mesmo cargo. (Folha)
Líderes do Centrão no Congresso reagiram à iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) de mapear as indicações políticas a cargos no Executivo e divulgá-las no portal da transparência, por sugestão do ministro da Economia, Paulo Guedes. “O ministro deveria estar falando sobre controle da inflação, sobre política de preços dos combustíveis, sobre a taxa de juros”, disse um dos parlamentares. (Globo)
O Instagram proibiu temporariamente que a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) faça transmissões ao vivo em seu perfil na rede social. A informação foi dada pela própria parlamentar, que classificou a proibição como censura. Já a empresa disse apenas que “repetidas violações às Diretrizes da Comunidade do Instagram podem levar a restrições temporárias na conta”. (UOL)
Aliás... O YouTube removeu 233 vídeos em canais de direita no Brasil em 2021, principalmente por desinformação sobre a pandemia. Com 34 publicações banidas, o canal do presidente Jair Bolsonaro lidera a lista. (Metrópoles)
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