quarta-feira, 15 de junho de 2022

Preso mais um suspeito pelo desaparecimento de Bruno e Dom


 A Polícia Federal prendeu ontem Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como ‘Dos Santos’, segundo suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips, no último dia 5. Ele é irmão de Amarildo da Costa de Oliveira, o ‘Pelado’, que já está preso em Atalaia do Norte (AM). Em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF informou que Amarildo teria ameaçado o indigenista e que uma testemunha apontava a participação de uma segunda pessoa no desaparecimento. No domingo, mergulhadores dos bombeiros encontraram uma mochila e uma lona com objetos pessoais de Araújo e Phillips amarrados em uma árvore num igapó perto da casa de Amarildo. (g1)

Ontem, o embaixador do Brasil em Londres, Fred Arruda, pediu desculpas à família de Dom Phillips pela informação errada de que os corpos dele e de Bruno Araújo haviam sido encontrados. Segundo ele, a equipe da embaixada interpretou incorretamente informações dos responsáveis pelas investigações. (Guardian)

Para ler com calma. Ao longo dos governos Temer e Bolsonaro, a União abandonou projetos no Vale do Javari, em particular o assentamento rural e o plano de manejo sustentável do peixe pirarucu. O fim deste teria estimulado a caça e a pesca ilegais na região, que, segundo uma linha de investigação, estariam por trás do desaparecimento de Araújo e Phillips. (Folha)

O ministro Alexandre de Moraes foi eleito ontem para presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com o sistema de rodízio da Corte. Ele assumirá o cargo em agosto, tendo Ricardo Lewandowski como vice. Alvo constante de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), Moraes disse em seu discurso que não tolerará a ação de milicias digitais contra a democracia. (UOL)

Moraes vem intensificando as conversas com militares, com quem tem bom trânsito, a fim de aparar arestas que existem entre as Forças Armadas e o atual presidente do TSE, Edison Fachin. A partir desse diálogo, ele tem dito a colegas na Justiça Eleitoral e no STF não haver possibilidade de os militares embarcarem numa ruptura institucional caso Bolsonaro perca as eleições de outubro. (CNN Brasil)




O Centrão quer tirar do Supremo Tribunal Federal (STF) a última palavra sobre questões constitucionais. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo grupo prevê que o Congresso possa usar decretos legislativos para revogar decisões não unânimes da Corte. Um dos alvos, por exemplo, é a criminalização da homofobia, tema-chave da bancada evangélica, decida pelo Supremo por oito votos. Na prática, bastaria que um dos ministros indicados por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, divergisse para que um acórdão pudesse ser revogado pelo Legislativo. (Estadão)

Igor Gadelha: “Por enquanto, a oposição na Câmara não está preocupada com a PEC que permite revisão pelo Congresso de decisões do STF com divergências. Isso porque a aposta é que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não irá comprar essa briga com a Corte.” (Metrópoles)

E por falar em STF... O ministro Luís Roberto Barroso apresentou queixa-crime por calúnia contra o pastor e ex-senador Magno Malta. Durante um congresso de conservadores no fim de semana, Malta, que chegou a ser cotado como vice de Jair Bolsonaro em 2018, disse que Barroso “batia em mulher” e tinha “dois processos na Lei Maria da Penha”. Relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes deu 15 dias para que o político se explique. (Poder360)

Enquanto isso... A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o Supremo declare extinta a pena de 8 anos e 9 meses imposta ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Ele foi condenado por pregar o fechamento da Corte e atos de violência contra os ministros, mas recebeu um indulto do presidente Bolsonaro no dia seguinte. (g1)

Painel: “Em que pese o pedido da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, Alexandre de Moraes indicou a interlocutores que não tem a menor pressa em aplicar o indulto concedido por Bolsonaro a Silveira. Ele sinalizou a interlocutores entender que só poderá revogar a pena e seus efeitos após o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, depois de vencidas todas as etapas. E isso pode demorar.” (Folha)

Aparentemente pacificada, a escolha do general Walter Braga Netto como vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) já não é tão pacífica assim. Entre elogios ao colega da Academia Militar, o presidente deixou claro que ainda há um movimento forte para emplacar a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), até o momento candidata ao Senado. A favor dela estaria o apelo ao eleitorado feminino, foco de rejeição a Bolsonaro. Entre os principais presidenciáveis, o único ainda sem qualquer indício de vice é Ciro Gomes (PDT), que pretende usar a vaga para negociar apoios a sua candidatura. Enquanto isso, o PSDB deve indicar o senador Tasso Jereissati (CE) para compor a chapa com Simone Tebet (MDB-MS), e o ex-presidente Lula (PT) já sacramentou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). (Globo)

Após ter a mudança de domicílio eleitoral para São Paulo negada pelo TRE paulista, o ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) disse ontem que pretende “circular pelo Paraná” para decidir, junto a eleitores, a qual cargo deve se candidatar. Ele afirmou ainda que a mulher, Rosângela, pode representá-lo em São Paulo, já que a transferência de domicílio dela não foi questionada. (UOL)

Mas o PT, autor da ação que impediu Moro de concorrer na eleição paulista, quer barrá-lo no Paraná também. O partido vai entrar com uma ação no TRE-PR, alegando que o ex-juiz da Lava-Jato filiou-se ao União Brasil em São Paulo e que sua transferência para seu estado de origem se deu após o prazo da Justiça Eleitoral. Os advogados de Moro dizem que a decisão da Justiça Eleitoral paulista não afeta sua condição de filiado, e que ele pode votar e ser votado no Paraná. (Globo)

terça-feira, 14 de junho de 2022

Deu na Imprensa - 14/06

 

O principal destaque dos jornais estrangeiros sobre o Brasil nesta terça-feira, 14 de junho, gira em torno dos rumores de que os corpos de Dom Phillips e Bruno Pereira teriam sido encontrados no Vale do JavariA Polícia Federal, contudo, nega que isso tenha ocorrido, o que obrigou a mídia corporativa brasileira a manter o assunto longe das manchetes. Mas a repercussão internacional continua forte, com nova frente de exposição negativa para o governo Bolsonaro por conta de sua política ambiental e indigenista, com direito a editorial do francês Le Monde — leia em Brasil na Gringa.

Nas manchetes locais, Folha se limita a apontar que a investigação vê pesca ilegal por trás de sumiço no AM, mas é o único jornal a colocar o jornalista inglês e o indigenista brasileiro no foco das atenções. Os outros jornalões vão com outros temas nos principais destaques de capa. Estadão diz que a PEC do Centrão dá a Congresso poder de mudar decisão do STF, enquanto O Globo informa que o Senado aprova teto de 17% para ICMS de combustíveis. Já o Valor fala do dia de pânico no mercado financeiro, com bolsa caindo e dólar subindo com receio de recessão nos EUA

A manchete do Estadão diz que o Centrão elabora PEC para anular decisões não unânimes do Supremo. Bloco patrocina proposta que prevê uso de decretos legislativos quando se concluir que Corte ‘extrapolou limites constitucionais’; juristas veem interferência indevida no Judiciário. A intenção do grupo é reverter julgamentos que tenham derrubado leis aprovadas no Congresso ou contrariado bancadas. 

Os parlamentares poderiam também revisar decisões tomadas pelo Supremo em temas que não são consenso no Legislativo, como, por exemplo, a definição sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas e a criminalização da homofobia. Ambos os casos são citados pelos políticos defensores da PEC como parte do que consideram um “ativismo judicial” da Suprema Corte.

Sobre a política indigenista brasileira, Folha e Valor detalham um dossiê apontando que o governo Bolsonaro transformou a Funai no instrumento de perseguição a índios e indigenistas: Dossiê diz haver política “anti-indígena” na Funai“Documento de 173 páginas cita a não demarcação de terras e a ocupação de cargos por militares na gestão da política indigenista do atual governo”, destaca.

Folha diz que relatórios apontam ataques a tiros e omissão da Funai no Vale do Javari. Ao menos seis ofícios foram enviados às autoridades pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava) entre fevereiro e maio. A terra indígena foi cenário de invasões de pescadores armados, ataques com tiros a indígenas, além da saída de pesca e caça ilegal. O jornal ainda detalha que servidores e instituto criticam esvaziamento da Funai e pauta anti-indígena no governo Bolsonaro. Documento, produzido em meio ao desaparecimento no AM, critica militarização e milhares de cargos vagos.

Na política, jornais mostram o esforço do STF para jogar água na fervura e baixar a pressão na relação conflituosa entre TSE e militares. Valor destaca declaração do ministro Gilmar Mendes: “STF não é oposição ao governo”. Ele declarou que principal desafio eleitoral é garantir a liberdade do voto. Em conversas com jornalistas, após participar de evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Gilmar adotou tom conciliador. 

O ministro Luiz Edson Fachin responde ao ministro da Defesa e pede diálogo com militares nas eleições. O presidente do TSE evita ampliar crise e cita que Forças Armadas estão entre as entidades que podem fiscalizar o pleito. O ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira, cobrou que o TSE rejeitou propostas de militares para as eleições de 2022.

Já o presidente do TSE rebate Bolsonaro, diz que crítica ao sistema eleitoral é ‘indevida’ e há erro em informação. Para Fachin, quem questiona o sistema de votação “demonstra motivação política ou desconhecimento técnico do assunto”. 

Na economia, Valor reporta que o salário-mínimo agora é insuficiente para a compra de cesta básica pelo trabalhador. Com alta de 1,36%, valor dos alimentos básicos supera o do piso salarial em maio, aponta Procon. Em maio, o valor da cesta divulgada pela Fundação Procon de São Paulo subiu 1,36%, para R$ 1.226,12, superando em R$ 14,12 o piso salarial do país, de R$ 1.212.

Maria Clara R. M. Prado comenta, no ValorBolsonaro é refém de um cruel inimigo. “A percepção de empobrecimento é o que leva o eleitor a votar para não perpetuar a realidade”. Ela lembra que, “em 1º de janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência da República, o salário mínimo era de R$ 998 e uma cesta de 35 produtos básicos largamente consumidos nos supermercados custava R$ 465,57. Em abril deste ano, a mesma cesta de produtos custava em média R$ 758,72 nos supermercados, valor equivalente a 62,6% do salário mínimo atual de R$ 1.212”

LULA

O Globo noticia que programa de governo de Lula prevê acenos a policiais e vai incluir valorização dos agentes. Texto foi alterado para incluir propostas para a categoria. Partidos aliados do petista também chegaram a acordo para retirar a revogação total da reforma trabalhista do documento e seguir sugestões das centrais sindicais.

Painel da Folha informa que Lula adia ida a Pernambuco em razão das fortes chuvas. Viagem agora está programada para primeira semana de julho; Grande Recife tem 71 mil desabrigados. Havia expectativa de que Lula fosse ao estado no giro que faz a partir de quinta-feira (16) no Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Mas a ida foi adiada para a primeira semana de julho, em respeito à situação no estado.

PSDB

Jornais relatam que Eduardo Leite candidata-se à reeleição e divide palanque de Simone Tebet no Rio Grande do Sul. Ex-governador voltou atrás em sua promessa de não disputar um novo mandato. Menos de três meses após renunciar ao mandato para oferecer seu nome à chamada terceira via, o ex-governador do Rio Grande do Sul anunciou ontem sua candidatura à reeleição. O anúncio ocorre poucos dias depois de o PSDB decidir apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência.

A mídia também noticia que o ex-governador João Doria deixa a política e volta à iniciativa privada. Ele informou que não vai se desfiliar do PSDB. O anúncio ocorreu ontem, em São Paulo, em pronunciamento feito durante café da manhã oferecido a jornalistas em um hotel de luxo na região da Avenida Paulista. Há três semanas, ele desistiu de concorrer à Presidência da República, depois de não conseguir apoio dentro do partido, mesmo tendo vencido prévias com outros dois concorrentes em novembro.

BIDEN

Valor informa que Bolsonaro se irrita com vazamento de conversa com Joe Biden. Ele negou ontem que tenha vazado o conteúdo da conversa reservada que teve com o americano Joe Biden, na Casa Branca. Questionado sobre a notícia de que ele havia pedido ajuda ao presidente dos EUA para conseguir se reeleger, Bolsonaro argumentou que "cada um fala o que bem entender", mas de sua parte manterá sigilo. 

A informação foi divulgada pela agência de notícias americana "Bloomberg", que atribuiu os relatos a “pessoas familiarizadas com o assunto” que pediram para não ser identificadas. Segundo Bolsonaro, na semana passada houve uma reunião bilateral ampliada, com aproximadamente 20 pessoas, e depois um encontro reservado em que estavam os presidentes, seus respectivos ministros de Relações Exteriores e uma intérprete.

BRASIL NA GRINGA

New York Times noticia que autoridades policiais brasileiras encontram pertences de jornalista e especialista desaparecidos na Amazônia“Equipes de busca encontraram roupas e outros pertences dos dois homens que desapareceram na Amazônia na semana passada”, informa. “As autoridades também estão testando sangue do barco de um suspeito e restos humanos encontrados em outros lugares”.

O britânico The Guardian destaca a declaração de Bolsonaro apontando que ‘algo perverso’ foi feito a Dom Phillips e Bruno Pereira“Presidente do Brasil comenta destino de jornalista e especialista indígena em meio a alegações não confirmadas de que corpos foram encontrados na Amazônia”, escreve o correspondente Tom Phillips, que reporta a partir de Atalaia do Norte, na região amazônica. 

O espanhol El País vai na mesma linha: Bolsonaro garante que “fizeram algum mal” com jornalista e indigenista desaparecidos. “A embaixada brasileira em Londres informou à família de Dom Phillips a descoberta de dois corpos no local onde ele desapareceu junto com Bruno Pereira, algo que a polícia e os patrulheiros indígenas negam”, reporta a correspondente Naiara Galarraga Gortázar.

O português Diário de Notícias também alardeia a declaração de Bolsonaro, de que foram encontrados restos humanos“Versões contraditórias dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça do Brasil confundem as famílias”, aponta o correspondente João Almeida Moreira“E o presidente Jair Bolsonaro afirma que as vísceras dos desaparecidos já estão em Brasília para análise”. 

Público reproduz declarações da família de Dom Phillips, de que dois corpos encontrados nas buscas por desaparecidos na Amazônia. Outra reportagem relata que foram encontrados vestígios humanos perto do local onde jornalista e antropólogo desapareceram.

O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung relata que o destino dos desaparecidos na Amazônia permanece incerto“Uma semana após o desaparecimento de um britânico e seu companheiro na floresta tropical brasileira, há relatos conflitantes. As autoridades negam que os corpos dos dois tenham sido encontrados”, reporta.

O argentino Clarín informa que os objetos do jornalista britânico desaparecido são encontrados na Amazônia e esperanças desaparecem“Uma mochila de Dom Phillips e uma calça de Bruno Araújo Pereira foram encontradas amarradas a uma árvore parcialmente afundada”, resume. Já o Página 12 usou como gancho a declaração de Bolsonaro: restos humanos foram encontrados durante busca por desaparecidos na Amazônia

Em editorial, o Le Monde diz que o desaparecimento de um jornalista e pesquisador lembra as ameaças que pairam sobre os “pulmões” do planeta e as populações isoladas que ali vivem, entre garimpo, agricultura agressiva, tráfico de drogas e a visão “desenvolvimentista” do presidente Bolsonaro. 

“Do tamanho da Áustria, o Vale do Javari é uma região de difícil acesso. Há a maior concentração de povos isolados, sem nenhum contato com o mundo exterior. Seu número é estimado entre 300 a 500 pessoas segundo especialistas, o que significa que pesam pouco contra a máquina destrutiva que está devastando o "pulmão" do planeta, cujo destino é, no entanto, essencial na luta contra o aquecimento global”, diz o jornal.

 

AS MANCHETES DO DIA

Folha: Investigação vê pesca ilegal por trás de sumiço no AM

Estadão: PEC do Centrão dá a Congresso poder de mudar decisão do STF

O Globo:  Senado aprova teto de 17% para ICMS de combustíveis

Valor: Bolsa cai e dólar sobe com receio de recessão nos EUA

BBC Brasil: 'Posso continuar preso para jantar?': o pedido que acendeu debate sobre Justiça para pobres

UOL: Senado aprova projeto que limita ICMS sobre combustíveis e energia

G1:  Motoristas de ônibus da cidade de SP entram em greve por 24 h

R7: Motoristas e cobradores de ônibus entram em greve em SP; Prefeitura suspende o rodízio

Luís Nassif: GGN lança campanha para financiar documentário sobre esquemas da ultradireita e ameaça eleitoral

Tijolaço: Barbas de molho

Brasil 247: Estado precisa ter responsabilidade e coragem para cuidar do país, diz Lula

DCM: Dias Toffoli tenta se reaproximar de Lula

Rede Brasil Atual: Indigenistas da Funai anunciam paralisação por 24 horas

Brasil de Fato: Caso Bruno e Phillips escancara o perigo de defender a floresta no Brasil

Ópera Mundi: Comissária da ONU para Direitos Humanos alerta para ameaças a ambientalistas no Brasil

Fórum: Bolsonaro desarmou agentes da Funai que protegem indígenas em área onde Dom e Bruno desapareceram

Poder 360: Senado aprova projeto do teto de ICMS para combustíveis

Congresso em Foco: Senado aprova redução do ICMS sobre combustíveis

New York Times: Trump recusou ajuda por perda, negando a realidade

Washington Post: Insiders tentaram alertar Trump sobre alegações de fraude

Wall Street Journal: Mercados despencam, Fed mira aumento maior

Financial Times: Johnson avança com lei do Reino Unido para rasgar protocolo da Irlanda do Norte

The Guardian: UE vai lutar contra Reino Unido em tribunal por tentativa de descartar cheques do Brexit

The Times: UE promete ação legal por 'violação' do Brexit

Sputnik: UE promete tomar medidas legais sobre o projeto de lei do Protocolo da Irlanda do Norte do Reino Unido

Russia Today: Aldeia russa bombardeada da Ucrânia

Pravda: No cenário do conflito na Ucrânia - fome e inadimplência

The Moscow Times: Russos tentam cercar Severodonetsk, Zelensky pede armas

Asia Times: DC muda para controle de danos à medida que a defesa da Ucrânia desaparece

Global Times: Xi assina esboços que direcionam as operações militares da China além da guerra

Diário do Povo: Xi assina esboços que direcionam as operações militares da China além da guerra

Le Monde: Entre LRM e Nupes, a amarga batalha do segundo turno

Libération: Macron se contorce da testa

El País: PSOE, PP e Vox vetam limitar a inviolabilidade do Rei

La Vanguardia: A crise da inflação desencadeia um terremoto global nos mercados de ações

Diário de Notícias: Vistos gold parados há mais de cinco meses por falta de regulamentação

Público: Dívida do BPP ao Estado acumulou juros de mais de 150 milhões de euros

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Entre em quarentena!

Süddeutsche Zeitung: A culpa histórica permanece

Clarín: Argentina nega, mas Paraguai afirma que alertou sobre o avião suspeito

Página 12: Uma operação de alto voo?

Granma: Dois gigantes que a história juntou

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais investiga a suspeita do que pode ser a primeira morte por varíola de macaco no país

 Embora seja uma das menos povoadas do Brasil, a Região Norte é líder na emissão de gases do efeito estufa, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Oito dos dez municípios que mais emitem estão na Amazônia, cinco deles no Pará, incluindo Altamira, “campeã” isolada com 35,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) — a unidade de medida que reúne todos os gases, do carbônico ao metano. Maior município do país, Altamira tem 117 mil habitantes, cerca de 1% da população de São Paulo, mas emite o dobro de gases da capital paulista. Segundo o levantamento, 90% das emissões da cidade paraense vêm do desmatamento. São Paulo e Rio de Janeiro, as cidades mais populosas do Brasil, estão em 5º e 8º lugares, e nelas as emissões decorrem, respectivamente, da geração de energia e da produção de resíduos. (g1)


O governo está negociando a compra de doses da vacina contra varíola de macaco, revelou ontem o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.                        Segundo ele, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) está intermediando a negociação com um fabricante. No domingo foi confirmado o terceiro caso da doença no Brasil, e há pelo menos oito suspeitos em seis estados. Medeiros explica que não haverá vacinação em massa. Os imunizantes são para profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com doentes confirmados. (Metrópoles)

Enquanto isso.            A Secretaria de Saúde de Minas Gerais investiga a suspeita do que pode ser a primeira morte por varíola de macaco no país. Um homem de 41 anos, morador de Araguari, morreu no fim de semana em hospital de Uberlândia com os sintomas da doença. Ainda não foi confirmado o diagnóstico nem divulgada a forma como ele teria contraído o vírus. Todos os três casos já confirmados, dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul, foram de pessoas que estiveram em Portugal ou Espanha, países afetados mais drasticamente pelo surto. (Estado de Minas)


Vazamento de conversa pela Casa Branca irrita Bolsonaro

 O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ontem que tenha pedido ajuda ao governo americano para vencer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. “Olha, não existe isso daí. Houve uma reunião bilateral. O que nós tratamos ali é reservado. Cada um pode falar o que bem entender”, disse ele, em entrevista à CBN Recife (íntegra). Relatos passados à agência Bloomberg por fontes americanas que estiveram na reunião dão conta de que Bolsonaro argumentou que a eleição de Lula “contrariaria interesses americanos”. A informação foi confirmada pelo colunista Jamil Chade com diplomatas brasileiros. Biden, em todas as versões da história, desconversou. (UOL)

Valdo Cruz: “O vazamento de informações de bastidores do encontro de Bolsonaro e Biden irritou a equipe do brasileiro. Assessores de Bolsonaro dizem que o presidente não confirma as informações e reclamam que conversa reservada deveria ter sido mantida em sigilo. O objetivo da equipe do presidente americano seria desgastar a imagem do brasileiro, criticado por suas declarações contra as urnas eletrônicas e sua política ambiental.” (g1)

Meio em vídeo. O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o momento em que se encontrou olho no olho com o americano Joe Biden e pediu ajuda nas eleições por aqui, contra Lula. Crime de alta traição. Mas, olha, essa notícia quer dizer muito mais. Confira o comentário de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

O vazamento da conversa com Biden não foi o único motivo de irritação para Bolsonaro ontem. A mais recente pesquisa BTG/FSB mostra Lula na liderança com 44%, apenas um ponto atrás da soma dos adversários: Bolsonaro, com 32%; Ciro Gomes (PDT), com 9%; Simone Tebet (MDB), com 2%; e André Janones (Avante) e                  Felipe D’Ávila (Novo), ambos com 1%. Num eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 54% a 36%. (Poder360)

Então... O Planalto de hoje observa a Casa Branca de ontem. Mas, nos EUA, a tentativa de interromper a homologação das eleições mediante um levante trumpista pode terminar mal para o ex-presidente. Os aliados e conselheiros mais próximos de Donald Trump o alertaram de que ele havia perdido a eleição de 2020, que as denúncias de fraude eram falsas e que tentativas de mudar o resultado não prosperariam, mas foram ignorados. Essa foi a tônica do segundo dia de audiências públicas da comissão parlamentar que investiga a invasão do Capitólio em janeiro do ano passado. Em depoimento, o ex-procurador-geral (equivalente a ministro da Justiça) William P. Barr descreveu pelo menos três reuniões nas quais Trump o criticou por não usar a estrutura da instituição a seu favor. Os deputados na comissão estão tratando o episódio como tentativa de golpe de Estado e os testemunhos até o momento sugerem que o levante foi incitado propositalmente pelo ex-presidente. (Washington Post)




Criticadas por serem “100% petistas”, as diretrizes para o programa de governo da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem sofrer a primeira mudança para acenar a policiais, hoje um público cativo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na nova versão, a “valorização profissional dos policiais” passa a ser um dos nortes da política de segurança pública. Uma reunião com partidos aliados deve enfatizar no texto a pauta ambiental e eliminar a revogação completa da reforma trabalhista, substituída pela ideia de “revogar marcos regressivos” somente. (Globo)

Terceiro colocado nas pesquisas, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) inaugurou ontem as sabatinas do podcast O Assunto prometendo fazer reformas generalizadas, “uma reconstitucionalização do país”, nos primeiros seis meses de governo, em troca de desistir de uma eventual reeleição. Ele também defendeu um projeto de renda mínima contra a fome. Veja os principais trechos da entrevista concedida à jornalista Renata Lo Prete. (g1)




Criada em 1995 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CDEMP) pode acabar no próximo dia 28, revela Marcelo Godoy. Seu presidente, o advogado bolsonarista Marco Vinícius Pereira de Carvalho, convocou para esse dia uma reunião na qual pretende aprovar um relatório final e encerrar os trabalhos, mesmo com o baixo número de corpos localizados. O Grupo de Trabalho Memória e Verdade, da Procuradoria da República, apresentou parecer contrário ao encerramento. (Estadão)

Enquanto isso... No Chile, quase 50 anos após o golpe que iniciou a sangrenta ditadura de Augusto Pinochet, o presidente Gabriel Boric anunciou um esforço do Ministério da Justiça para localizar os corpos de 1.162 pessoas que ainda estão desaparecidos. (Globo)




Pressionado pelo PSDB a desistir da candidatura ao Planalto, o ex-governador de São Paulo João Doria anunciou ontem que estava deixando a vida pública e retornando à iniciativa privada. “Deixo com senso de dever cumprido. Pelos meus erros, peço desculpas. Pelos meus acertos, cumpri minha obrigação”, escreveu no Twitter. (CNN Brasil)

Derrotado por Doria nas prévias tucanas, o ex-governador gaúcho Eduardo Leite lançou ontem a pré-candidatura para voltar ao Palácio Piratini, descumprindo sua promessa de não tentar se reeleger. “Eu mudei de opinião, mas não de princípios”, disse Leite, que renunciou ao cargo em março visando a eleição presidencial, diante da resistência do PSDB a Doria, mas acabou desistindo da disputa. De acordo com Leite, concorrer ao cargo fora do governo torna a disputa justa. (Folha)




A Polícia Federal e a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) negaram ontem que tivessem encontrado os corpos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips, desaparecidos desde o dia 5 no Vale do Javari (AM). A informação teria sido passada à família de Phillips por um funcionário da embaixada brasileira em Londres. A imprensa procurou o funcionário, mas não obteve resposta. Neste fim de semana, mergulhadores dos bombeiros encontraram objetos pessoais deles escondidos em uma mochila e uma lona amarradas a uma árvore. A perícia está analisando vestígios de sangue na lona, e o resultado deve sair ainda esta semana. (g1)

Investigadores que atuam no caso dizem serem cada vez mais fortes os indícios de envolvimento de pescadores ilegais no desaparecimento. (Folha)

Para o ex-presidente da Funai, Sydney Possuelo, Araújo e Phillips “sofreram uma emboscada”. Em entrevista ao Roda Viva (íntegra), ele acusou o governo de atraso no início das buscas. “As forças que atuam ali fizeram um corpo mole inicial e depois, na medida em que a questão tomou uma forma nacional e internacional, aí o Estado entrou com um pouco mais de vigor”, disse. (Poder360)

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Ministério da Saúde confirmou ontem mais dois casos de varíola de macaco, elevando a três o total no país

 Em vias de serem revistas este ano, conforme prevê a lei que as criou em 2012, as cotas raciais em universidade públicas contam com apoio de 50% da população, de acordo com levantamento feito pelo Datafolha em parceria com o Cesop-Unicamp. A aprovação das cotas chega a 60% entre os pais de alunos da rede privada, grupo não beneficiado pelas políticas de ação afirmativa. O apoio é maior entre os mais escolarizados, mais jovens e com maior renda, além de pretos e pardos. Contra a política são 34%, 3% são indiferentes, e 12% não souberam opinar. (Folha)

Em 2021, pela primeira vez, mais da metade dos programas de pós-graduação no Brasil ofereceram políticas de cotas. Dos 2.817 programas existentes no país, 54,3% apresentaram ações afirmativas no processo seletivo no ano passado – basicamente o dobro do registrado em 2018 (26,8%). Um dos reflexos desse avanço é uma presença maior de temas como diversidade étnica e de gênero nas dissertações, por exemplo. Mas esses mestrandos e doutorandos enfrentam dificuldades, como congelamento de bolsas e a exigência pela Capes de domínio de idiomas estrangeiros. (g1)


O Ministério da Saúde confirmou ontem mais dois casos de varíola de macaco, elevando a três o total no país. O terceiro infectado é um gaúcho de 51 que esteve em Portugal, país com 209 casos da doença. Mais cedo, a Secretaria de Saúde de São Paulo havia anunciado o segundo caso no estado. Há ainda oito pacientes em observação por suspeita da doença em seis estados. Nos dois casos paulistas, os portadores da doença viajaram a Portugal e Espanha, de forma que não há comprovação de transmissão comunitária no Brasil. No primeiro grande surto da doença fora da África, onde é endêmica, 1.469 casos já foram confirmados em 31 países desde o início de maio. Confira quais os sintomas da varíola de macaco, como trata-la e, principalmente, como evita-la (Poder360)


Foi em Fernandina,
 uma das mais isoladas ilhas do Arquipélago das Galápagos, no Equador, que, em 1906, o explorador Rollo Beck encontrou o que seria o último exemplar das tartarugas gigantes locais, a Chelonoidis phantasticus. Não era. Após três anos de pesquisas, geneticistas concluíram que uma jovem fêmea, apelidada de Fernanda, localizada na ilha em 2019, pertence à mesma espécie. Cientistas querem explorar a ilha em busca de outros espécimes, mas Fernandina é particularmente inóspita, com campos de lava dificultando o acesso. (CNN Brasil)