segunda-feira, 13 de junho de 2022

Bolsonaro pediu interferência dos EUA na eleição, diz Bloomberg

 O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou um encontro reservado com o colega americano Joe Biden durante a Cúpula das Américas para pedir ajuda de Washington em sua reeleição, disseram fontes da diplomacia americana à agência Bloomberg. Para tentar convencer Biden, o brasileiro alegou que seu adversário e líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seria um perigo para os interesses americanos no Brasil. Segundo essas fontes, Biden, que teria ressaltado a importância de preservar a integridade do processo eleitoral brasileiro, desconversou diante do pedido. Na semana passada, ao questionar o sistema eleitoral brasileiro em entrevista a uma TV, Bolsonaro voltou a falar em fraudes nas eleições americanas de 2020, nas quais seu aliado Donald Trump perdeu para Biden. (Bloomberg)

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes para criticar enfaticamente o suposto apelo de Bolsonaro a Biden. “Em qualquer lugar do mundo, pedir a intervenção de uma nação estrangeira em assuntos internos é crime de alta traição à pátria!”, escreveu em seu perfil no Twitter. (Correio Braziliense)

Jamil Chade: “Constrangimento e vergonha. Foi dessa forma que o Itamaraty e alguns dos principais diplomatas brasileiros receberam os relatos de que Bolsonaro teria solicitado ajuda de Biden nas eleições. O gesto foi visto como uma ‘afronta’ à soberania nacional e viola até mesmo os princípios de independência. O constrangimento foi ainda maior depois que a reação do governo americano foi, ao ouvir o pedido, de simplesmente mudar de assunto.” (UOL)

Ainda nos EUA, Bolsonaro participou no sábado de um evento numa igreja evangélica brasileira em Orlando, na Flórida. Em seu discurso, ele criticou o aborto e a “ideologia de gênero” e voltou a desafiar as leis, agora as da biologia. “Somos pessoas normais, podemos até viver sem oxigênio, mas jamais sem liberdade”, afirmou. (Metrópoles)

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A Polícia Federal informou por nota que foram encontrados ontem um cartão de saúde em nome do indigenista Bruno Araújo e outros objetos dele e do jornalista inglês Dom Phillips. Os dois desapareceram na manhã do dia 5 quando iam de barco da comunidade Ribeirinha São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari (AM). Segundo a PF, além do cartão, foram encontrados calçados e roupas dos dois e uma mochila com objetos pessoais de Phillips. Mergulhadores dos bombeiros acharam a mochila, que continha ainda um laptop, numa área de igapó, amarrada a uma árvore próximo à casa de Amarildo Costa de Oliveira, que está preso, suspeito de participação no desaparecimento do repórter e do indigenista. (g1)

“Hoje, é quase certeza absoluta de que eles não estão mais entre nós”, disse Lúcia Farias Sampaio, sogra de Dom Phillips, durante uma manifestação ontem no Rio cobrando a solução do desaparecimento. “Minha filha está lá em Salvador, sofrendo como uma louca. A vida deles desabou, porque tinham sonhos que foram por água abaixo”, afirmou. (CNN Brasil)

Para ler com calma. O repórter Vinícius Sassine refez o percurso de Araújo e Phillips antes de desaparecerem. Onde estiveram, com quem falaram e o que fizeram antes de partirem para Atalaia do Norte, aonde nunca chegaram. (Folha)

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou um levantamento (íntegra) mostrando que acolheu inteiramente seis sugestões feitas pelas Forças Armadas e parcialmente outras quatro. Feito por ordem do presidente da Corte, ministro Edison Fachin, o levantamento é uma resposta ao ofício do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, reclamando que os militares “não se sentiam devidamente prestigiados” na Comissão de Transparência das Eleições (TCE). Entre as sugestões inteiramente atendidas estão a diferenciação entre “auditoria” e “fiscalização” e a atuação de empresas de auditoria contratadas por partidos. A única sugestão rejeitada foi a divulgação das listas de abstenções, o que, segundo o TSE, violaria a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. (Poder360)




Ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar afirma que procuradores da Lava-Jato o pressionaram a envolver o ex-presidente Lula (PT) em sua delação premiada. Segundo Mônica Bergamo, a entrevista dele está no documentário Amigo Secreto (trailer), de Maria Augusta Ramos, que estreia esta semana. Alencar diz que os investigadores indagavam sobre “o irmão do Lula, o filho do Lula, não sei o que do Lula, as palestras do Lula” e só aceitaram o acordo após o ex-presidente ser citado. Seu depoimento foi considerado fundamental para as condenações de Lula, depois anuladas pelo STF. (Folha)




Um grupo de 20 senadores americanos — 10 republicanos e 10 democratas — anunciou ontem um acordo para rever leis de controle de armas, diante da reação aos recentes massacres no país. Os pontos apresentados, porém, estão longe de promoverem mudanças profundas. Entre outros itens estão o veto à venda de armas a pessoas consideradas pela Justiça um perigo para elas próprias e os outros e o acesso a fichas criminais juvenis e registros de saúde mental para menores de 21 anos que queiram comprar armas. O anúncio aconteceu um dia depois de protestos em todo o país exigirem leis mais duras para a venda de armas de fogo. (Washington Post)

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