segunda-feira, 18 de abril de 2022

Marcelo Queiroga, anunciou na noite de ontem que o Brasil vai decretar o fim da Emergência em Saúde Pública

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na noite de ontem que o Brasil vai decretar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) para a covid-19 e que será editado nos próximos dias um ato normativo detalhando a medida. O anúncio, demanda antiga do presidente Jair Bolsonaro (PL), vai na contramão do que defendeu na semana passada a OMS. (g1)

Neste domingo, o Brasil teve 18 mortes provocadas pela covid-19, embora faltem os dados de Acre, Amapá, Distrito Federal, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. A média móvel de óbitos ficou em 100. Entre os estados que divulgaram dados, Espírito Santo e Paraná apresentaram alta no número de mortes. (UOL)

E a China anunciou ontem as primeiras três mortes por covid-19 na cidade de Xangai desde o início do lockdown. Um dos principais centros financeiros do país, a cidade é o centro do maior surto da doença desde sua aparição, na província de Wuhan, no fim de 2019. Ontem, Xangai registrou 19.831 novos casos. (CNN Brasil)




Em mais uma ação do chamado “novo cangaço”, um grupo armado atacou no fim da noite de ontem a cidade de Guarapuava (PR). Os criminosos incendiaram carros e atiraram no batalhão da PM, ferindo dois policiais, e assaltaram uma empresa transportadora de valores. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o bando também ateou fogo a caminhões para bloquear os acessos à cidade, que tem 137 mil habitantes. (Poder360)




Branca, masculina e hereditária. Essas são três características que a diplomacia brasileira quer deixar para trás. As mulheres representam apenas 23,1% dos diplomatas, embora a relação seja mais equilibrada em outras funções do Itamaraty. O Ministério das Relações Exteriores não tem um levantamento de seus quadros por etnia, mas a percepção é que a representatividade também é baixa. Além disso, embora o ingresso seja por concurso, há uma tendência a que a carreira diplomática receba mais pessoas com parentes na área. A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) prepara um relatório com esses dados e pretende usá-lo para fazer com que o perfil da carreira reflita melhor a diversidade brasileira. (Folha)




Pierre, que nasceu no último sábado em Bragança Paulista (SP), terá uma peculiaridade na certidão de nascimento: um pai e duas mães. Ele é filho do trisal Regiane Gabarra (a mãe biológica), Priscila Machado e Marcel Mira – estes já eram casados há 15 anos. A família vai recorrer à Justiça para a inclusão do nome de Priscila no documento, pois a lei reconhece a “responsabilidade socioafetiva”, mas normalmente só permite a inclusão de mais um pai ou mãe em documentos de crianças acima de seis anos. O aumento no número de famílias não convencionais, como trisais, esbarra na falta de legislação sobre o tema. (g1)

STM sabia de torturas no regime militar, mostra áudio

 

Os ministros do Superior Tribunal Militar (STM) durante a ditadura (1964-1985) tinham conhecimento da prática de torturas. Se ainda restava alguma dúvida, ela se desfez com a divulgação ontem por Miriam Leitão de gravações feitas em sessões da corte nos últimos dez anos do regime (ouça e leia as transcrições). O material foi copiado e analisado desde 2017 pelo historiador Carlos Fico, da UFRJ. Numa das gravações, feita em 1977, o general Rodrigo Octávio Jordão Ramos relata o caso de Nádia Lúcia do Nascimento, que sofreu um aborto decorrente dos maus tratos quando esteve presa no Doi-Codi. No ano seguinte, o general Augusto Fragoso disse ter passado por outras crises militares “em 30, 32 e 35” sem ver acusações tão graves. Havia entre os ministros quem duvidasse das acusações, especialmente quando envolviam militares e não policiais. Nas sessões secretas, também gravadas, o ministros faziam piadas com os relatos de torturas, conta Carlos Fico. (Globo)

A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai pedir acesso às gravações do STM. “A partir da divulgação desses dados sensíveis, a CDH do Senado vai promover uma devassa, uma rigorosa investigação sobre esses arquivos. Precisamos passar o Brasil a limpo. Urgentemente”, disse o presidente da comissão, Humberto Costa (PT-PE). (Extra)

E por falar... Morreu na sexta-feira, aos 97 anos, o general Newton Cruz, que chefiou o Serviço Nacional de Informações (SNI) durante o regime militar e, segundo a Comissão Nacional da Verdade, cometeu graves violações de direitos humanos. Ele chegou a ser julgado e absolvido pelo assassinato do jornalista Alexandre von Baumgarten e a mulher dele, em 1983. Famoso pela truculência, especialmente com a imprensa, tentou a política após passar para a reserva, mas nunca foi eleito para os cargos que disputou. (Poder360)




A dificuldade de o PT conciliar militância com alianças ficou clara mais uma vez. Na noite de quinta-feira, o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), foi vaiado num encontro de sindicalistas com o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) em São Paulo. A hostilidade fez com que ele cancelasse o ato em que seu partido formalizaria o apoio à candidatura de Lula, marcado para o dia 3 de maio. Apesar disso, Paulinho descartou a possibilidade a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não significaria um rompimento do apoio ao Lula, mas gostaríamos de discutir agora em outras condições. O que pensa o PT de uma aliança mais ampla, além de parte da esquerda que o PT juntou até agora”, disse o deputado. (CNN Brasil)

Há insatisfação também dentro do PT, mas com a equipe responsável pelas inserções de Lula na TV, como conta Malu Gaspar. Classificando o material como “oportunidade perdida”, dirigentes do partido reclamam que o ex-presidente parece sem emoção e com um discurso que não é facilmente compreensível para o eleitorado mais pobre. Já há quem fale em trocar a agência contratada para o trabalho. (Globo)

Meio em vídeo. A comunicação eleitoral mudou, ela é feita de clipes com alguns segundos que reforçam os preconceitos que as pessoas já têm ou definem suas identidades. No momento em que Bolsonaro cresce, o PT está se comunicando como se estivesse em 2010. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




Inconformado com a decisão do Whatsapp de só liberar para o Brasil uma ferramenta de disparo em massa de mensagens após as eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou o ministro da Comunicações, Fabio Faria, marcasse uma reunião com representantes do aplicativo. O adiamento do serviço “Comunidades”, que permite grupos com milhares de participantes, foi resultado de um acordo com o TSE para evitar a disseminação de notícias falsas durante a campanha eleitoral. Para Bolsonaro, o pacto é “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”. (Metrópoles)




O pastor Arilton Moura, suspeito de cobrar propina para liberação de verbas do MEC, esteve 35 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que antes havia estabelecido sigilo sobre os registros. Seis das visitas aconteceram depois de o MEC comunicar à Controladoria-Geral da União (CGU) um pedido de apuração sobre suspeitas de propina na pasta. A Casa Civil apagou de sua conta no Flickr fotos de encontros entre Moura e o ministro Ciro Nogueira. Gilmar Santos, outro pastor suspeito de favorecimento, foi ao palácio dez vezes, sempre acompanhando o colega. (g1)




A Rússia ameaçou ontem eliminar todas as forças ucranianas que ainda combatem na cidade portuária de Mariupol. Mais cedo, as tropas que resistem à invasão rejeitaram um ultimato russo para depor as armas. Segundo um dos assessores do prefeito, os militares da Rússia pretendem fechar a cidade e instituir um sistema de passes para entrada e saída. Situada entre as províncias rebeldes do Donbas e a Península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, Mariupol é crucial para a estratégia de Moscou. (CNN)

No fim de semana, a marinha russa confirmou o afundamento do cruzador Moskva, o mais importante navio de sua frota no Mar Negro. A Ucrânia afirma ter atingido a embarcação com um míssil, enquanto Moscou alega que o navio afundou devido a um incêndio a bordo, sem especificar as causas. (BBC)




Em campanha para o segundo turno das eleições presidenciais na França, a ultradireitista Marine Le Pen foi acusada de peculato pela agência antifraudes da União Europeia. Ela e outros integrantes de seu partido, o Reagrupamento Nacional, teriam desviado 620 mil euros (R$ 3,1 milhões) para a legenda quando integravam o Parlamento Europeu. Advogados da candidata dizem que as acusações são antigas e foram resgatadas para prejudicá-la politicamente. (Guardian)

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Deu na Imprensa - 14/04

 

As denúncias de corrupção envolvendo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), ganham novos contornos com as revelações do Estadão como ele trata um apadrinhado no Cade como seu despachante pessoal. Em uma conversa, ele se refere ao presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, como “meu menino” e diz ainda “eu botei ele lá”. 

A conversa em que Ciro Nogueira fala sobre sua influência no Cade foi gravada pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, no dia 17 de março de 2017, quando ele buscava provas para sua delação premiada. E só agora veio à tona. Hoje, cinco anos depois, Ciro Nogueira se tornou o ministro mais poderoso do governo Bolsonaro e Alexandre Cordeiro, presidente do Cade.

Os outros temas nas manchetes dos jornalões brasileiros são o aumento de 5% para o funcionalismo, que Bolsonaro quer conceder mesmo sem ter previsão orçamentária, e o sigilo imposto pelo Palácio do Planalto aos encontros de Bolsonaro com os pastores envolvidos no escândalo de corrupção no MEC. 

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são pivôs do escândalo do ‘balcão de negócios do MEC’, que resultou na queda do ministro Milton Ribeiro. O Globo revela que a CGU tem parecer contrário à decisão do GSI de impor sigilo a encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC. Sobre o aumento, o reajuste de 5% desagrada a servidores. Policiais falam em ‘grande decepção’. Na semana passada, Guedes disse que aumento generalizado destruiria a economia

Ainda sobre as suspeitas de corrupção, Bolsonaro reage se fazendo de desentendido ao ser confrontado com as suspeitas lançadas sobre o filho caçula Jair Renan. Ele diz que ZeroQuatro vive com a mãe e não sabe se filho investigado está certo ou errado. O jovem é alvo do Ministério Público Federal por corrupção, suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

E mais corrupção no Estadão‘Bolsonaro falou: você vai entregar o FNDE para o Centrão’, diz Abraham Weintraub. Ex-ministro da Educação, que deixou o governo no ano passado, afirma que o presidente colocou ‘pessoas erradas’ no MEC. Ele disse que recebeu ordem direta do presidente para dar o controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao Centrão. 

Em entrevista à CNN Brasil, Weintraub disse que tentou protelar a entrega, mas teve que ceder. O FNDE está no epicentro das denúncias de cobrança de propina por pastores, realização de licitação de ônibus escolares com indicação de preços inflados e destinação de recursos para ‘escolas fakes’.

Eis as manchetes dos principais diários. Estadão‘Meu menino’, disse Ciro Nogueira sobre presidente do Cade, seu apadrinhadoFolhaBolsonaro decide dar aumento de 5% a servidores e militaresValorBolsonaro decide dar reajuste de 5% a servidores. E O GloboPlanalto impõe sigilo a encontros de Bolsonaro com pastores do MEC

Valor traz o General Hamilton Mourão defendendo a compra de remédio para disfunção sexual: “O que são 35 mil comprimidos de viagra para 110 mil velhinhos?”, diz o vice-presidente da República. Para tentar se eleger senador pelo RS, ele tenta atrair eleitor insatisfeito com o presidente. O escândalo da compra de viagra para as FFAA tamém repercute fora do Brasil — leia em Brasil na Gringa.

Ainda sobre os militares, Estadão reporta que o General Braga Netto se filiou ao PL em ato secreto e indica ‘chapa pura’ com Bolsonaro. Cotado como vice do atual presidente, general oficializou entrada na sigla dia 28. Mas nem líderes do partido souberam do registro.

Sobre a crise social em que o Brasil está mergulhado, Bolsonaro volta a negar a realidade. Ele disse que não se tem notícia de escassez de alimentos no Brasil. Mas confessou a que inflação vai durar um ‘longo tempo’. A declaração é contraditória, mas Bolsonaro não prima pela inteligência. Ele tenta se desvencilhar das responsabilidades pelo desastre econômico e social. 

A tragédia social é expressa em notícia da FolhaOito a cada 10 pessoas veem aumento de pessoas em situação de rua em São Paulo e Rio, revela Datafolha. E um sinal da indiferença e falta de empatia. No interior, um a cada quatro diz que responsabilidade pelos problemas dessa população é das próprias pessoas que vivem em vulnerabilidade.

Na economia, duas notícias importantes: 1) Mercado projeta inflação de 7,5% no fim deste ano. Resultado do IPCA em março leva a revisão das estimativas; e 2) Governo estima déficit de R$ 66 bilhões este ano, empurrando um possível superávit primário para 2025. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias deve repetir o ano passado e trazer previsão de revisão de salários em 2023.

LULA

Na política, a Folha faz estardalhaço com a informação de que o PT propõe a revogação da reforma trabalhista e “reforça polêmica na campanha de Lula”. Carta que servirá de base para federação partidária previa inicialmente 'revisão' e foi alterada para termo mais incisivo. O tema foi debatido na reunião do diretório nacional do PT, que também aprovou, por 68 votos a 16, a indicação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para compor a chapa de Lula como vice-presidente — leia mais sobre a repercussão internacional em Brasil na Gringa.

Ainda sobre Lula, Bela Megale escreve no Globo que empresários pedem que Lula apresente ‘rosto novo’ para área econômica. Empresários têm procurado interlocutores de Lula para pedir que ele apresente um “novo rosto” para a área econômica em sua campanha. Até o momento, representantes do mercado relataram que foram procurados apenas por nomes como os ex-ministros Zé Dirceu e Guido Mantega. 

Lauro Jardim informa que a ascendência de Janja sobre agenda de Lula irrita até aliados petistas. Eles se queixam de que ela tem priorizado encontros com famosos em detrimento de eventos mais populares. O temor no partido é que a superexposição com artistas crie uma imagem elitista e distancie Lula do povo.

No ValorCristiano Romero volta à ladainha de que Lula pode repetir o seu primeiro governo e que a indicação de Geraldo Alckmin é sinal ao mercado. Petista busca “convencer as elites empresariais e financeiras de que, com Alckmin vice-presidente, ex-representante da ala mais conservadora do PSDB, seu possível terceiro mandato será mais parecido com o que foi o primeiro termo no cargo, entre 2003 e 2006, do que foi o pesadelo da gestão de Dilma Rousseff.

PSDB

A guerra entre tucanos permanece na mira da imprensa. O Painel da Folha relata que opositores do candidato João Doria usam a debandada no PSDB como argumento para reverter a prévia que o ex-governador ganhou para se tornar o nome do partido à disputa presidencial. Apoiadores de Eduardo Leite dizem que saída de filiados na janela partidária mudou configuração interna.

“O grupo de tucanos que apoia o nome de Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, como pré-candidato presidencial do PSDB já definiu o principal argumento que utilizará para rebater a acusação de Doria de que é alvo de tentativa de golpe no interior do partido. 

O paulista venceu as prévias presidenciais do PSDB no ano passado, mas uma ala do partido composta por nomes como Aécio Neves, José Aníbal, Tasso Jereissati, Paulo Serra (prefeito de Santo André), entre outros, defende a candidatura de Leite, que, segundo eles, teria mais condições de disputa nas eleições e representa melhor os valores da legenda.

Já o Estadão emplaca que Simone Tebet ganha força no PSDB e passa a ser vista como  a opção mais ‘estável’. Tucanos veem senadora do MDB como potencial nome único do centro. O ex-governador João Doria, pré-candidato da sigla, participou de jantar com ela e Michel Temer.

Painel da Folha informa que o PSDB mantém controle sobre comissão da Câmara cobiçada por petistas e bolsonaristas. Tucanos seguirão comandando Comissão de Relações Exteriores, considerada estratégica. A CRE era um dos principais objetivos do partido na redefinição do controle sobre esses colegiados. O PT tentou emplacar o deputado Arlindo Chinaglia (SP), enquanto o PL buscava apoio para Luiz Philippe de Orléans e Bragança (SP). A CRE será presidida por Pedro Vilela (AL), que substitui Aécio Neves (MG).

SÃO PAULO

Monica Bergamo revela na Folha que o PV indicou Roberto Tripoli para ser vice na chapa de Haddad ao Governo de São Paulo. A sigla formou uma federação partidária com o PC do B e o PT. Vereador em São Paulo, Roberto Tripoli é presidente municipal da sigla em São Paulo. Pesquisa Datafolha mostra Haddad com 29% dos votos, e França, com 20%, seguidos por Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 10%, e Rodrigo Garcia (PSDB), com 6%.

Em outra nota, Painel registra que a ex-primeira dama de São Paulo Lu Alckmin é citada no PSB como possível vice de Márcio França. Ela se filiou ao partido poucos dias após o marido Geraldo Alckmin. No dia da filiação, França disse que Lu terá “uma tarefa surpreendente e sensacional nas eleições”. O próprio Alckmin tem dado aval interno às menções ao nome dela como vice. A ex-primeira-dama agregaria dois elementos: é mulher e vincularia definitivamente o ex-governador à candidatura de França e não à de Fernando Haddad (PT) no primeiro turno.

MEIO AMBIENTE

Valor noticia que os danos sociais com exploração de ouro em terra indígena podem chegar a R$ 6,6 bilhões. Valores médios dos prejuízos sociais e ambientais produzidos pelo garimpo ilegal na Amazônia representam mais do que o dobro do valor de mercado do minério, dizem pesquisadores. 

PETROBRÁS

Na economia, o destaque do dia é a concessão pelo governo de 59 áreas para exploração de petróleo por R$ 422 milhões. Sem a participação da Petrobrás, leilão foi alvo de protesto de ambientalistas. Do total arrecadado, 98% foram oferecidos por Shell, Ecopetrol e Total pela concessão de oito áreas na Bacia de Santos.

Ainda sobre a Petrobrás, jornais relatam que a assembleia da estatal aprovou a indicação de José Mauro Coelho para a direção da companhia, mas noticiam que o governo perdeu mais uma vaga no conselho. Sócios minoritários conseguiram emplacar quatro representantes no colegiado. A Folha descreve a reunião da assembleia como “confusa”. O governo sofreu uma derrota no processo de renovação do conselho de administração da Petrobras.

Poucas horas antes da reunião, o Ministério de Minas e Energia retirou da pauta do dia item que tratava de mudanças no estatuto da companhia com o objetivo de melhorar a governança, o que o mercado interpretou como mais uma tentativa de ingerência na empresa.

No encontro, o governo tentava aprovar oito conselheiros, incluindo o indicado para presidir a Petrobras, José Mauro Coelho. Com forte mobilização dos minoritários, porém, conseguiu apenas nomear seis —os indicados Carlos Eduardo Lessa Brandão e Eduardo Karrer não tiveram votos suficientes.

ELETROBRÁS

Valor informa que o TCU retoma no dia 20 a análise sobre a venda da Eletrobrás. Julgamento, porém, deverá ser adiado por um pedido de vista que será apresentado pelo ministro Vital do Rêgo. Aroldo Cedraz decidiu levar o processo de privatização ao plenário na sessão da próxima semana. Relator do caso, Cedraz trabalhou com a equipe nas últimas duas semanas para concluir seu voto, que deve dar sinal verde para a privatização da companhia. A dúvida, agora, é o tempo que vai durar o pedido de vista. 

BRASIL NA GRINGA

A agência Reuters distribui despacho relatando que o Partido dos Trabalhadores do Brasil aprovou a indicação de Geraldo Alckmin como companheiro de chapa de Lula. A direção do PT aprovou na quarta-feira o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como companheiro de chapa para a eleição presidencial do Brasil em outubro. Ele foi indicado pelo PSB. A direção nacional votou por 68 a 16 para aprovar a união antes inimaginável que visa impedir a reeleição de Bolsonaro. 

O espanhol El País noticia a aquisição de 35 comprimidos de medicamento para disfunção erétil pelas Forças Armadas do Brasil, na edição desta quinta-feira: Bolsonaro minimiza compras de Viagra. “O presidente detalha que são cerca de 50 mil comprimidos para as três forças e afirma que é adquirido para tratar hipertensão arterial”, resume a correspondente Naiara Galarraga Gortázar.

O argentino Clarín também repercutiu a compra do medicamento: Jair Bolsonaro minimiza compra de viagra e próteses penianas pelo Exército Brasileiro. “O presidente afirmou que ‘não houve nada de irregular’, depois que um deputado detectou o fato em um orçamento aprovado pelo Ministério da Defesa”, reporta. E no Página 12Viagra não é diversão, é tratamento“Presidente Bolsonaro justificou compra massiva deste medicamento para militares”.

 

AS MANCHETES DO DIA

Folha: Bolsonaro decide dar aumento de 5% a servidores e militares

Estadão: ‘Meu menino’, disse Ciro Nogueira sobre presidente do Cade, seu apadrinhado

O Globo: Planalto impõe sigilo a encontros de Bolsonaro com pastores do MEC

Valor: Bolsonaro decide dar reajuste de 5% a servidores

BBC Brasil: Por que eleitores da esquerda radical podem migrar para Le Pen na França

UOL: PT sugere revogar reforma trabalhista e reforça polêmica na campanha

G1: Mundo ultrapassa marca de 500 milhões de casos conhecidos de Covid

R7: Brasil é o segundo no ranking de países que mais cobram imposto de empresas no mundo

Luís Nassif: No Brasil de 30 e na Rússia de 2022, sanções são benéficas

Tijolaço: A ‘purrinha’ da 3ª Via

Brasil 247: "Eu não posso usar o meu Viagra, pô?", questiona o general Mourão

DCM: Ciro Nogueira cedeu posto-chave para despachante pessoal no governo Bolsonaro

Rede Brasil Atual: SBPC: ‘O que mais mata os brasileiros é a desigualdade’, diz Vecina

Brasil de Fato: "Sistema jagunço": Por que o iFood tenta esconder sua relação com empresas intermediárias (OL)?

Ópera Mundi: ‘Exclusão das mulheres está em todos os níveis da política’, diz Ana Prestes

Vi o Mundo: Ricardo Mello: Para a farra do viagra tem dinheiro, para os absorventes, não

Fórum: Lula vence eleição no primeiro turno, aponta pesquisa Sensus/IstoÉ

Poder 360: PoderData: trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo para 53%

Congresso em Foco: Acesso negado a informações sobre a Presidência por sigilo aumentou 663,08%

New York Times: Crescente ferida por sinais de crimes de guerra

Washington Post: Foco crescente nas atrocidades na Ucrânia

Wall Street Journal: EUA aumentarão ajuda de segurança para Kiev

Financial Times: Finlândia decidirá dentro de 'semanas' se aderirá à Otan

The Guardian: Johnson pode enfrentar mais três multas em escândalo da festa

The Times: Imigrantes de barcos do canal serão enviados para Ruanda

Sputnik: Pelo menos mais 134 tropas ucranianas se rendem em Mariupol, diz MoD russo

Russia Today: EUA darão inteligência à Ucrânia para atacar alvos na Crimeia

Pravda: Suécia e Finlândia não vão correr para a OTAN: os riscos são grandes

The Moscow Times: Lojas fechadas, Zs, fitas verdes: a realidade pós-invasão da Rússia

Global Times: Xi pede construção de FTP de Hainan com influência global

Diário do Povo: Xi enfatiza construção de porto de livre comércio chinês com influência global

Asia Times: Aperto do Fed é uma má notícia para a Ásia em desenvolvimento

Le Monde: Presidencial: a corrida pelo eleitorado popular

Libération: Le Pen. Liberdade, meu olho

El País: Le Pen promove uma aliança de segurança com Rússia depois da guerra

La Vanguardia: Almeida chamou em plena negociação um despachante das máscaras

Diário de Notícias: Famílias mais pobres levam 60 euros e apoio para comprar botijão de gás

Público: Governo não abdica do ritmo de redução do déficit

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Dá para ir?

Süddeutsche Zeitung: Onde está o problema?

Clarín: A inflação de março chegou a 6,7%, a mais alta dos últimos 20 anos

Página 12: “Desigualdades são o produto de decisões políticas”

Granma: Venezuela mostrou aos EUA que os golpes não vencerão quando a Revolução pertencer ao povo

Organização Mundial da Saúde e o governo brasileiro foram mais uma vez para lados opostos

 

A Organização Mundial da Saúde e o governo brasileiro foram mais uma vez para lados opostos. Ontem, o presidente do comitê de emergência da OMS sobre a covid-19, Didier Houssin, disse que “não é hora de baixar a guarda” e que a pandemia ainda é uma emergência sanitária de preocupação internacional. Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que o governo pretende rebaixar a covid-19 à condição de endemia, embora o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já tenha dito que essa decisão está fora de sua alçada. (UOL)




É possível sentir o efeito de drogas a partir de sons? Para milhares de pessoas – a maioria jovens – que consomem na internet a chamada “batina binaural”, sim. A técnica, que manda sons em frequências diferentes para cada ouvido, existe desde o fim do século 19, mas ganhou impulso em redes como Tik Tok e em sites que vendem cada “dose” por menos de R$ 7. A maioria diz ouvir para relaxar e dormir, mas há quem garanta ter efeitos alucinógenos. Para médicos, essas pessoas correm o risco de danificar o aparelho auditivo e de, não conseguindo o efeito desejado, buscá-lo em entorpecentes de verdade. (Estadão)




Ídolo do Corinthians e com passagem por outros clubes brasileiros, o ex-jogador colombiano Freddy Rincón morreu na madrugada de hoje, aos 55 anos. Ele havia sofrido um grave acidente de carro na segunda-feira e não resistiu aos ferimentos. (Globo Esporte)




Ainda não é a forma de relacionamento predominante, mas cada vez mais mulheres vêm optando por relações de liberdade conjugal, o chamado casamento aberto. O assunto ganhou destaque em março, quando a atriz Fernanda Nobre afirmou que “a monogamia é hipócrita” e se disse feliz no casamento aberto com o diretor José Roberto Jardim. A escritora e doutora em educação Ilana Eleá faz coro e conta que descobriu essa nova experiência dentro do casamento de 12 anos. “Me dá muita segurança ser casada com um marido feminista. Quando eu quis abrir o casamento, ele aceitou na hora”, revela. (Globo)

Carestia

 


Orlando Pedroso

Feira

PoderData põe Bolsonaro a 5 pontos de Lula

 

A saída de cena do ex-ministro Sérgio Moro (UB) deu um novo impulso à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo PoderData, a diferença entre ele e o ex-presidente Lula caiu para apenas cinco pontos: 40% para o petista e 35% para o atual mandatário na simulação de primeiro turno. Bem distante aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5%; João Doria (PSDB) e André Janones (Avante), com 3% cada; Simone Tebet (MDB), com 2%; e José Maria Eymael (DC), com 1%. O levantamento indica também que Lula e Bolsonaro estão em empate técnico na preferência dos homens, das pessoas até 44 anos, dos moradores das regiões Sul e Sudeste e de quem tem ensino médio e superior. Lula lidera com folga entre as mulheres, pessoas acima de 45 anos, ensino fundamental e renda até dois salários-mínimos e moradores do Nordeste. Bolsonaro está na frente no Centro Oeste e no Norte e entre quem ganha acima de dois salários-mínimos.  (Poder360)

Outra má notícia para Lula veio das redes sociais. Embora esteja empacado em um dígito nas pesquisas, Ciro Gomes ultrapassou o petista em número de seguidores no YouTube. O ex-governador chegou a 411 mil, enquanto o ex-presidente tem 410 mil. (Poder360)

Pesquisas à parte, o diretório nacional do PT aprovou ontem a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula. A formalização, porém, só vai acontecer em julho, nas convenções partidárias. A aprovação Alckmin teve de 68 votos a favor e 16 contra, embora 13 destes apoiassem a aliança com o PSB. (g1)

E o PT pretende divulgar uma carta pregando a revogação da reforma trabalhista. Na mesma reunião que aprovou Alckmin, o diretório nacional do partido falou incialmente em “revisão”, mas decidiu-se por um termo mais duro, com apoio de todas as correntes petistas e do próprio Lula. (Folha)

Malu Gaspar: “Considerando o histórico de eleições passadas, era razoável prever que Bolsonaro fosse subir nas pesquisas à medida que seu pacote de bondades começasse a irrigar a economia. FH, Lula e Dilma adotaram estratégias parecidas e conseguiram o segundo mandato. Mas a inflação recorde e a queda na renda da população são obstáculos difíceis de transpor. Claro que ainda faltam seis meses até a eleição — na política, uma eternidade. Mas o quadro geral não recomenda descansar.” (Globo)




O Gabinete de Segurança Institucional colocou sob sigilo as informações sobre encontros do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Eles são suspeitos de montar um “gabinete paralelo” no MEC para facilitar a liberação de verbas em troca de propina. Em conversa gravada com prefeitos, o ex-ministro Milton Ribeiro disse ter partido de Bolsonaro a ordem para priorizar “amigos de Gilmar” no repasse de recursos. Ao negar acesso à informação, o CGI alegou que sua divulgação poderia colocar em risco a vida do presidente e de seus familiares. (Globo)

Após a blindagem pela CGI, Bolsonaro debochou em redes sociais. Questionado no Twitter sobre o motivo para “assuntos espinhosos ou polêmicos” ficarem em sigilo por um século, o presidente respondeu: “Em 100 anos saberá.” (Metrópoles)




O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu ontem uma investigação sobre suspeita de superfaturamento na compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. A suspeita é de que tenha havido sobrepreço de até 143% em relação ao que é cobrado no mercado. O Ministério da Defesa disse que o medicamento não será usado para tratar disfunção erétil, e sim hipertensão arterial pulmonar (HAP). Entretanto, a dose recomendada nesse caso, 20mg, é diferente dos compridos adquiridos pelos militares, de 25mg e 50mg. Além disso, a doença atinge apenas um em cada 250 mil brasileiros e é mais comum em mulheres que em homens. (g1)

Além de Viagra e próteses penianas, as Forças Armadas reservaram R$ 546 mil entre 2018 e 2020 para a compra de Botox, uma toxina usada para disfarçar o envelhecimento da pele. Segundo Guilherme Amado, o Exército diz que o material não será usado para fins estéticos, e sim no tratamento de diversas outras doenças, como enxaqueca crônica e doença de Parkinson. (Metrópoles)




A polícia de Nova York prendeu ontem Frank R. James, de 62 anos, suspeito de soltar bombas de fumaça e ferir a tiros dez pessoas numa composição do metrô na manhã de terça-feira. O nome dele já havia sido divulgado como “pessoa de interesse” no caso quando a polícia descobriu que ele havia alugado uma van supostamente usada pelo atirador. “Nós o pegamos”, disse, em entrevista coletiva, o prefeito Eric Adams. Além dos 10 baleados, pelo menos 13 pessoas ficaram feridas no tumulto ou inalaram fumaça das bombas. James, que já fora preso pelo menos 11 vezes por delitos menores, pode pegar prisão perpétua. Ainda não se sabe o motivo dos ataques. (New York Times)

Vídeos de uma câmera em outra estação mostram James embarcando no metrô pouco antes do crime. Além de levar uma mochila e uma mala, ele vestia uma roupa de operário e usava uma máscara especial, a mesma indumentária do atirador, segundo testemunhas. (g1)




Estados Unidos e União Europeia se comprometeram ontem a enviar para a Ucrânia uma ajuda de US$ 1,344 bilhões (R$ 6 bilhões), dos quais US$ 800 milhões sairiam de Washington e US$ 544 milhões de Bruxelas. O dinheiro deve ser usado prioritariamente para compra de armas e material médico. (CNN)