terça-feira, 12 de abril de 2022

AGU pressiona Justiça Eleitoral para livrar Bolsonaro em escândalo do MEC

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ontem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquive uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de favorecimento a pastores no MEC. Em áudio divulgado no mês passado, o então ministro Milton Ribeiro dizia a prefeitos que, a pedido de Bolsonaro, dava prioridade à liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para “amigos” do pastor Gilmar Santos. Ribeiro, que também é pastor, acabou exonerado. Segundo a AGU, o nome do presidente foi mencionado indevidamente, não havendo elementos que justifiquem a abertura de uma investigação. (Metrópoles)

Em outra frente, o MEC e a Controladoria-Geral da União (CGU) enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) explicações sobre a liberação de verbas do FNDE. Em nota, os dois órgãos disseram que a distribuição de recursos segue “os critérios estabelecidos na legislação”. (CNN Brasil)




Tida como potencial nome à presidência na aliança entre MDB, UB, Cidadania e PSDB, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi alvo de colegas de bancada durante jantar na noite de ontem do ex-presidente Lula (PT) com senadores e caciques de outras legendas. Renan Calheiros (MDB-AL) destacou o baixo desempenho de candidatos dos três partidos nas pesquisas. “Se você somar quem tem 1% com quem tem 2%, não vai alterar a fotografia das pesquisas. É somar nada com pouca coisa”, disse. Anfitrião do encontro, Eunício Oliveira (MDB-CE) elogiou Tebet, mas avaliou que a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) é irreversível. (Folha)

Inicialmente marcado para 30 de abril, o lançamento da pré-candidatura de Lula foi adiado para o dia 7 de maio. A mudança aconteceu a pedido do PSOL, que vai realizar no dia 30 uma convenção exatamente para decidir o apoio ao petista já no primeiro turno. O PSB, partido de Geraldo Alckmin, provável vice na chapa de Lula, também tem um evento marcado para o último dia de abril. (g1)

Enquanto isso... Bolsonaro disse ontem haver “90% de chance” de o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto ser o candidato a vice em sua chapa para disputar a reeleição. O Centrão bem que tentou emplacar um dos seus, mas o presidente já sinalizou preferir um vice que não vá conspirar contra ele. (UOL)




Interlocutores de ministros do STF dizem que a maioria deles tende a condenar o deputado Daniel Silveira (União Brasil, RJ), que começa a ser julgado no dia 20 por defender a volta do AI-5, o fechamento do STF e agressões a seus integrantes. Há o temor de que um dos ministros indicados por Jair Bolsonaro peça vista, adiando o julgamento para depois da eleição. Como Kássio Nunes Marques é o revisor da ação, não teria argumentos para pedir mais informações, os olhares estão dirigidos para André Mendonça. (UOL)

Silveira, inversamente, reforça essa preocupação. Seus advogados entraram ontem com um pedido de suspeição contra os outros nove ministros da corte, alegando que eles votaram a favor da abertura de inquérito contra o deputado. Apenas Marques e Mendonça são considerados isentos pela defesa de Silveira. (Globo)




Primeiro e mais famoso remédio contra disfunção erétil, o Viagra tem alta procura nas Forças Armadas. Oito processos de compra aprovados desde 2020 vão levar para os quartéis 35 mil comprimidos azuizinhos de 25mg e 50mg — pouco mais de 28 mil para a Marinha, cinco mil para o Exército e dois mil para a Aeronáutica. Os militares dizem que o remédio será usado no tratamento de hipertensão arterial pulmonar. (UOL)

Afinal, quais as indicações do Viagra, além daquela que o transformou em campeão de vendas? (Globo)




Em 2017, ao vencer com folga Marine Le Pen no segundo turno, Emmanuel Macron contou com o apoio maciço dos 20% que votaram no partido de direita Republicanos na primeira rodada. Mas a legenda, uma das mais tradicionais da França, encolheu para 4,78% na votação do último domingo. O fiel da balança agora é o eleitorado de esquerda, que levou Jean-Luc Mélenchon, do radical Insubmissos, ao terceiro lugar, com 21,95%. Apenas 33% destes eleitores cogitam votar no presidente, considerado elitista. Macron começou ontem a campanha para o segundo turno no principal reduto eleitoral de Le Pen, a cidade de Denain, no Norte do país, onde a desindustrialização provocou desemprego e pobreza. (Globo)

Meio em vídeo. Você já tentou pensar como um bolsonarista? Pode parecer estranho, mas a eleição francesa nos ajuda muito a fazer esse exercício. Ajuda a perceber que esta não é uma briga entre esquerda e direita. Mostra, aliás, como essa briga é difícil. Marine Le Pen é Bolsonaro? Sim. Entenda no Ponto de Partida. (YouTube)




Separatistas pró-Rússia anunciaram ontem a tomada do porto na cidade ucraniana de Mariupol, devastada por bombardeios praticamente desde o início da invasão, em 24 de fevereiro. O prefeito Vadym Boychenko disse que pelo menos dez mil civis morreram no cerco à cidade, que pode cair nas próximas horas. (France24)

A conquista de Mariupol cria uma ligação por terra entre a Rússia e a península da Crimeira, que pertence à Ucrânia mas foi ocupada por forças ligadas ao Kremlin em 2014. (BBC)

Em Moscou, o presidente Vladimir Putin recebeu a primeira visita de um chefe de governo da União Europeia desde a invasão. O primeiro-ministro da Áustria, Karl Nehammer, alertou o líder russo que as sanções ao país devem se intensificar e que todos os responsáveis por crimes de guerra deverão ser julgados. “Vi muitos esforços, especialmente de Emmanuel Macron, para tentar conversar com o cara”, afirmou Nehammer. “Minha impressão pessoal é de que ele não é ‘conversável’.” (Guardian)

Nenhum comentário:

Postar um comentário