sábado, 30 de outubro de 2021

“As sombras de Allende e Pinochet continuam pairando sobre nós”

 

“As sombras de Allende e Pinochet continuam pairando sobre nós”
“As sombras de Allende e Pinochet continuam pairando sobre nós”
Referência para os Direitos Humanos no Chile, Ricardo Brodsky analisa a cena política do país e menciona Bolsonaro como expoente do extremismo

Uma beata brasileira contra o feminicídio

 

EL PAÍS

Benigna Cardoso começou a tarde do dia 24 de outubro de 1941 como sempre fazia. A menina de 13 anos de Santana do Cariri pegou um pote de barro e caminhou em direção ao poço perto de casa, para garantir água à família. Havia relatado à avó a insistência do colega de classe Raul em cortejá-la, mas não ocorreu a ninguém buscar proteção contra um jovem de 17 anos. Ela foi orientada apenas a mudar de escola. Não foi o bastante. No fim daquela tarde de outubro, o rapaz tentou estuprá-la enquanto a menina buscava água e a matou. Oitenta anos depois, Benigna avança no longo trajeto rumo à santificação pelo martírio que sofreu, conta Beatriz Jucá. Todos os anos, romarias são realizadas para homenageá-la e atraem outras vítimas de violência machista, que pedem milagres diante do gargalo que persiste nas políticas públicas de proteção do país.

O Chile passa por mudanças que ditam seu ritmo sob ecos do passado. Com eleições presidenciais à vista, que colocam à prova os trabalhos de uma questionada Assembleia Constituinte, o país vê pairar o espectro da extrema direita, além de colocar no divã a crise econômica e política personificada pelo presidente Sebastián Piñera, investigado a partir do Pandora Papers. "O Chile está atravessando uma mudança cultural e de ciclo político. A explosão social de outubro de 2019 evidenciou a ruptura dos consensos da transição, que sempre foram acordos forçados pela capacidade de veto da direita", diz em entrevista Ricardo Brodsky, ex-diretor do Museu da Memória e dos Direitos Humanos de Santiago, que aponta o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, como uma das referências em matéria de extremismo de direita no mundo.

O nome Microsoft voltou ao topo do mundo corporativo. A empresa fundada em 1975 pelos jovens Bill Gates e Paul Allen, amigos desde a adolescência e fãs de programação, ultrapassou a Apple em capitalização de mercado nesta sexta-feira, tornando-se a empresa mais valiosa do mundo, com 2,47 trilhões de dólares (14 trilhões de reais). A última vez que o criador do sistema operacional Windows esteve à frente da fabricante do iPhone foi em julho de 2020, há 15 meses. A ultrapassagem ocorreu após a Microsoft surpreender Wall Street com resultados recordes impulsionados pela demanda por serviços em nuvem e a Apple anunciar que os problemas nas cadeias de abastecimento globais impactaram seus resultados, detalha Álvaro Sánchez.

Franz Kafka, autor de A Metamorfose e outros clássicos universais, ficou conhecido por colocar em seus livros um boa dosagem de cotidiano e conteúdo à frente de sua época. Mas essa não era a única de suas facetas: o tcheco também desenhava. E o fazia antes mesmo de escrever (em folhas soltas, manuscritos ornamentados, um caderno, cartões postais, margens de livros jurídico). Quase dois terços desses desenhos eram o último grande inédito de Kafka que restava, após passarem 63 anos repousando no cofre de um banco de Zurique. Agora, junto com as 41 ilustrações anteriormente conhecidas, saem à luz para somar os 163 que compõem Os desenhos, uma coedição internacional de sete países. Segundo Joan Tarrida, diretor da editora Galáxia Gutenberg, que edita a obra na Espanha, “assim como sua escrita, seu desenho está muito ligado ao seu tempo, é expressionista”, conta Carles Geli.

Uma beata brasileira contra o feminicídio
Uma beata brasileira contra o feminicídio
Menina morta aos 13 anos no Ceará reúne vítimas de violência em romarias e é adorada como santa enquanto aguarda beatificação no Vaticano

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Deu na Imprensa - 29/10

 

Todos os jornalões brasileiros convergem para a decisão do TSE, que cassou deputado bolsonarista por divulgação de fake news sobre urna eletrônica, sinalizando que vai punir os candidatos que fizerem disparos em massa com a cassação de mandatos em 2022. Os jornais fazem alarde sobre o impacto da medida, que teria o condão de servir de alerta ao presidente da República, cuja estratégia principal de campanha foi promover desinformação e mentira contra os adversários políticos.

Jornais não questionam porque o TSE decidiu não punir Bolsonaro pela estratégia de promover disparos em massa com mentiras contra adversários, principalmente Fernando Haddad, na eleição de 2018. A punição vai valer só no futuro. Na Ilha de Vera Cruz, parece mais uma resposta inócua de como as instituições estão funcionando. 

Outro tema quente é o último pagamento do Bolsa Família, que acontece nesta sexta-feira. O programa criado pelo PT será substituído pelo Auxílio Brasil. Jornais noticiam que o governo estuda prorrogar auxílio emergencial se PEC dos precatórios não for votada. Aprovação da proposta é necessária para governo pagar novo Bolsa Família a partir de dezembro.

Na FolhaVinícius Torres Freire denuncia o “esculacho de fim de feira do governo”, que detonou 2022, o ano que nem começou“Gasto com pobres é discutido em gritaria de xepa e PIB evapora no mercado de juros”, resume. “A discussão do Auxílio Brasil, do teto de gastos e dos precatórios parece gritaria de xepa de fim de feira (desculpas aos feirantes). Para liquidar o assunto e conseguir uma baciada de emendas e de gambiarras fiscais, a cada momento se grita solução diferente”

Nelson Barbosa também fala da estagnação em 2022. População e políticos perderam a paciência com fracasso das promessas farialimers“Brasil permaneceu estagnado entre 2017 e 2019 e, depois do choque da Covid, voltará à estagnação em 2022”, observa. “O debate macroeconômico brasileiro virou papo de maluco, com vários analistas defendendo recessão por arrocho fiscal para evitar recessão por arrocho monetário”, ironiza.

Outro destaque do dia na economia é o anúncio do tamanho do lucro da Petrobrás: R$ 31,1 bilhões. A empresa decidiu dobrar remuneração aos acionistas. Ao divulgar balanço do terceiro trimestre, estatal anuncia mais R$ 63,4 bilhões em dividendos ao ano, dinheiro limpo e livre de impostos, graças ao sistema tributário brasileiro, no momento em que petróleo e combustíveis seguem em alta.

Seguem as manchetes desta sexta-feira, 29. FolhaTSE decide que punirá disparo em massa com cassação em 2022EstadãoTSE cassa deputado que atacou urnas e impõe limite a fake news. O GloboTSE cassa pela primeira vez deputado por fake news e endurece regras para 2022. Somente o Valor, coloca foco na reunião de cúpula das nações para tratar do meio ambiente, que começa neste domingo em Glasgow: Ausência de líderes e dúvidas sobre avanço marcam COP 26. O assunto é manchete principal das revistas The Economist e The Guardian Weekly. A edição brasileira do El País destaca que a Procuradoria abre investigação preliminar sobre Bolsonaro e mais 12 a partir da  CPI da Pandemia.

Nas revistas semanais, a Focus Brasil também destaca o encontro de líderes globais na Escócia para tratar do aquecimento global. Vilão do meio ambiente — aponta a publicação da Fundação Perseu Abramo. “Na reunião da COP 26, em Glasgow, o Brasil deixa de servir de exemplo em políticas de mitigação de gases de efeito estufa para se tornar um dos grandes responsáveis pelo aumento do aquecimento global. Com Bolsonaro, a floresta amazônica segue sendo dizimada. A ONU alerta que a situação piorou”, relata. A revista ainda traz entrevista com Guilherme Estrella, o pai do pré-sal, que alerta para o desmanche da Petrobrás. 

As outras semanais abordam temas diversos. Carta Capital fala do desmanche da política social e como o país avança para o aumento da desigualdade com a permanência do líder da extrema-direita na Presidência da República. Desastre anunciado. “Bolsonaro é o resultado da nossa atribulada história”, destaca.Já IstoÉ trata da sucessão presidencial e da entrada do ex-ministro da Justiça no tabuleiro eleitoral. O fator Moro. “O ex-juiz da Lava Jato entra no jogo da sucessão presidencial ao se filiar ao Podemos e deve alterar o quadro da polarização entre o petismo e o bolsonarismo”, aponta.

Por fim, Veja traz denúncia pesada contra o ex-presidente do Senado: Na bancada da rachadinha. “Durante cinco anos, o senador Davi Alcolumbre ficou com os salários de seis assessoras em seu gabinete. Elas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e recebiam apenas uma parte do dinheiro. Com extratos e documentos, essas funcionárias contam suas histórias”, revela.

BRASIL NA GRINGA

O francês Le Monde destaca a condenação de deputado brasileiro, próximo a Bolsonaro, por desinformação“Fernando Francischini alegou, sem apresentar provas, que as urnas eletrônicas haviam sido manipuladas para impedir a vitória de Jair Bolsonaro em 2018”, aponta o jornal.

No argentino ClarínMarcelo Cantelmi escreve sobre o esforço de Bolsonaro para conseguir a reeleição ao apresentar um “pequeno plano” que confunde os mercados“O presidente está tentando aumentar sua chance de reeleição em 2022 com um programa de bem-estar multimilionário. Mas há muito mais”, observa. 

“O banco Itaú divulgou relatório que explica a profundidade da outra dimensão das faturas que começam a chegar ao governo. Este poderoso banco antecipa um quadro de recessão em 2022 com uma contração do PIB de -0,5%”, informaSegundo Cantelmi, “o pior dessa projeção é que destrói as promessas otimistas do governo e do ministro da Economia, Paulo Guedes, de um crescimento de 2,5% naquele período, justamente no qual, em outubro, serão realizadas as eleições presidenciais”.

Página 12 traz o vídeo em que Bolsonaro pergunta quanto custa um juiz da Suprema Corte“Ele não sabia que estava no ar”, informa. “Preste atenção: quanto você acha que vale um cargo para o Supremo Tribunal…?”, perguntou o presidente brasileiro, que parou ao perceber que suas próprias redes sociais estavam transmitindo ao vivo.

O português Diário de Notícias informa que a PGR abriu investigação preliminar a supostos crimes de Bolsonaro“No relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito, o chefe de Estado é acusado da prática de nove crimes, entre os quais o de prevaricação, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares e crimes contra a humanidade”, diz o jornal, reproduzindo despacho da agência Lusa.

COP 26

A revista The Economist traz uma capa pessimista sobre a reunião de cúpula dos países em Glasgow para discutir o aquecimento global. Cop evasiva — diz o enunciado na capa, com três pinguins reproduzindo o tradicional trio chinês de macacos, em que um não vê, o outro não ouve e o terceiro não fala. Por que a cúpula do clima COP26 será crucial e decepcionante, diz o texto do editorial. “Esses encontros globais continuam sendo o melhor fórum para forçar mudanças”, resume. 

“Desde 1995, os países vinculados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) perderam apenas uma conferência das partes, quando a pandemia chegou em 2020. Essas COPs podem produzir planos de ação (Bali, 2007), mandatos (Berlim, 1995), protocolos (Kyoto, 1997), plataformas (Durban, 2011), colapsos acrimoniosos (Copenhagen, 2009) e acordos (Paris, 2015)”, relembra. “Mas o aumento dos gases de efeito estufa da atmosfera e o aquecimento do clima associado continuam, apesar deles — mesmo quando, como tantas vezes, eles são alardeados como a última chance do mundo”.

Embora diga que apesar de diplomatas, cientistas, lobistas, ativistas, artistas, mídia, políticos e empresários se reunirem em Glasgow para a COP 26, que começa neste domingo, 31 de outubro, é fácil descartar todo o assunto. Mas, adverte: “Isso seria um erro. A UNFCCC e seus COPs, com todas as suas falhas, desempenham um papel crucial em um processo que é histórico e vital: a remoção do limite fundamental ao florescimento humano imposto pela dependência de combustíveis fósseis”.

A inglesa The Guardian Weekly também coloca a COP26 na capa: Fazer ou morrer. A COP26 pode salvar o mundo? A semanal adverte que o mundo só tem uma década para evitar o aquecimento catastrófico. “Então o que acontecer nas próximas duas semanas na Cop26 em Glasgow é de importância existencial  para nós e para todas as criaturas na Terra”, observa. A reportagem principal de capa assinada por Jonatthan Watts, ex-correspondente no Brasil e um dos principais repórteres especialistas em meio ambiente, analisa o que está em jogo se não forem tomadas medidas determinadas para cumprir as promessas do acordo climático de Paris. Em artigo, Greta Thunberg pede honestidade e liderança clara dos políticos sobre o que está em jogo. A revista ainda apresenta jovens ativistas da linha de frente das mudanças climáticas. E um relatório dos EUA alerta sobre a instabilidade política e econômica que o aquecimento global trará em seu rastro. 

O inglês The Times coloca o Brasil entre os maiores países poluidores do mundo. Segundo o jornal, enquanto os líderes mundiais se reúnem em Glasgow neste fim de semana para se comprometer com as metas climáticas, muitos países não cumpriram o acordo de Paris de seis anos atrás.

E o francês Le Monde destaca o isolamento da China diante da comunidade internacional. O maior símbolo disso é a ausência de Xi Jinping do encontro do G20 e da COP26. O presidente da República Popular não sai do país desde janeiro de 2020. Também não vai à COP26, nem mesmo à cúpula China-África no Senegal.

LULA

Folha noticia que TRF3 acata recurso do filho do ex-presidente e a Justiça Federal de São Paulo é quem julgará caso que está parado há mais de um ano“Investigação apura supostos repasses ilegais da Oi às empresas do grupo Gamecorp”, ligado a Lulinha. “Já havia uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que reconhecia que a investigação envolvendo Lulinha e a Oi devia ficar em São Paulo, tanto que o TRF4 havia mandado o caso para cá”, afirmam os advogados Fábio Tofic Simantob e Mariana Ortiz, que representam o empresário e comemoram a decisão.

INTERNACIONAL

Os principais jornais dos Estados Unidos tratam nas manchetes de capa da batalha de Joe Biden para tentar destravar o pacote de US$ 1,85 trilhão destinado a investimentos em infraestrutura. New York Times destaca em manchete principal que o presidente Joe Biden sinaliza com um novo compromisso com o meio ambiente na tentativa de acelerar a sua agenda, que inclui um pacote trilionário para infraestrutura. Segundo o jornal, apesar disso, Biden falhou em conseguir uma vitória com a 'estrutura' de política social“O presidente foi ao Capitólio para detalhar um acordo sobre rede de segurança social e legislação climática, mas não conseguiu quebrar o bloqueio liberal em outra prioridade: infraestrutura”, resume.

O jornal reporta que a mudança climática se tornou a maior parte do projeto de lei de gastos de Biden. “À medida que as férias familiares remuneradas e outras prioridades foram retiradas do plano do presidente, a maior parte tornou-se um plano de US$ 555 bilhões para combater a mudança climática”, diz o NYTimes.

Washington Post também coloca na manchete principal  que Biden revelou plano de gastos de US$ 1,75 trilhão, mas que as divisões atrasam agenda econômica. O presidente Biden quer reformar as leis de saúde, educação, clima e impostos do país, mas enfrenta uma série de divergências e rixas políticas destrutivas que paralisaram seus planos econômicos por meses. “A proposta tão esperada não foi suficiente para avançar sua agenda mais ampla, incluindo um segundo pacote separado de US$ 1,2 trilhão para melhorar as estradas, pontes, tubulações, portos e conexões de Internet do país”, lembra o jornal. 

Segundo o Post, o anúncio desta quinta-feira marcou um momento crítico no mandato de Biden, levando o presidente a fazer outra visita ao Capitólio e lançar um apelo à ação para seu próprio partido. “Em uma reunião privada, Biden disse aos legisladores que eles trabalharam ‘horas e horas e horas ao longo de meses e meses’ em um compromisso de gastos, enquanto a Casa Branca trabalhava para intermediar uma trégua entre os democratas moderados e liberais”, relata.

Wall Street Journal também dá destaque ao assunto na capa: A estrutura de Biden para o pacote de clima social não facilita a aprovação do projeto de lei de infraestrutura“O projeto de US$ 1,85 trilhão da Casa Branca, projetada para mostrar o progresso nos gastos sociais e nas negociações sobre o clima, não conseguiu persuadir os progressistas a aprovar rapidamente a conta de infraestrutura paralela de cerca de US$ 1 trilhão”, informa.

 

AS MANCHETES DO DIA

REVISTAS

Focus Brasil: Vilão do meio ambienteNa reunião da COP 26, em Glasgow, o Brasil deixa de servir de exemplo em políticas de mitigação de gases de efeito estufa para se tornar um dos grandes responsáveis pelo aumento do aquecimento global. Com Bolsonaro, a floresta amazônica segue sendo dizimada. A ONU alerta que a situação piorou

Carta Capital: Desastre anunciadoBolsonaro é o resultado da nossa atribulada história

IstoÉ: O fator MoroO ex-juiz da Lava Jato entra no jogo da sucessão presidencial ao se filiar ao Podemos e deve alterar o quadro da polarização entre o petismo e o bolsonarismo. Responsável pela prisão de Lula e ex-ministro do governo Bolsonaro, de onde saiu denunciando o presidente por interferir na PF, ele pode ser o outsider das eleições, mas possui também defeitos: é monotemático (combate à corrupção), sofre a rejeição da classe política e não tem a estrutura partidária dos demais candidatos da terceira via. Por ora, sua candidatura não passa de um balão de ensaio.

Veja: Na bancada da rachadinhaDurante cinco anos, o senador Davi Alcolumbre ficou com os salários de seis assessoras em seu gabinete. Elas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e recebiam apenas uma parte do dinheiro. Com extratos e documentos, essas funcionárias contam suas histórias

JORNAIS

Folha: TSE decide que punirá disparo em massa com cassação em 2022

Estadão: TSE cassa deputado que atacou urnas e impõe limite a fake news 

O Globo: TSE cassa pela primeira vez deputado por fake news e endurece regras para 2022

Valor: Ausência de líderes e dúvidas sobre avanço marcam COP 26

El País (Brasil): Procuradoria abre investigação preliminar sobre Bolsonaro e mais 12 a partir da CPI da Pandemia

PORTAIS

BBC Brasil: Os 3 telhados de vidro de Bolsonaro no G20: economia, meio ambiente e pandemia

UOL: TSE vê decisões sobre os disparos em massa como legado para 2022

G1: Após 18 anos, Bolsa Família faz seu último pagamento nesta sexta-feira

R7: Programa Bolsa Família faz hoje último pagamento antes de ser substituído pelo Auxílio Brasil

BLOGOSFERA

Luís Nassif: IPP mostra que inflação continuará em alta

Tijolaço: A xepa

Brasil 247: Brasil tem pior perspectiva de crescimento em 2022 entre todos os países do G20

Congresso em Foco: Por unanimidade, TSE arquiva pedido de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

DCM: Bolsonaro veta defensor de vacina no setor de imunizações do governo

Rede Brasil Atual: Assassinatos de indígenas cresceram 61% em 2020, segundo o Cimi

Brasil de Fato: Muleta para bolsonaristas, liberdade de expressão não pode ser usada no caso de Maurício Souza

Ópera Mundi: ‘China está retornando às raízes socialistas’, diz Marco Fernandes 

Vi o Mundo: Vanessa Barbara, no NYT: Nós sabíamos que Bolsonaro era culpado. Agora temos 1.288 páginas para provar

Fórum: Combustíveis: Bolsonaro fala em mudar política de preços criticada desde 2016

Poder 360: Bolsonaro desembarca na Itália para Cúpula do G20

INTERNACIONAL

The Economist: Cop evasiva

Newsweek: Você daria uma dose a essa criança? Os especialistas em saúde apóiam fortemente uma vacina da Covid para crianças. Os pais não têm tanta certeza

The Week: Tempo para Plano B? A pressão sobre o primeiro ministro

The Guardian Weekly: Fazer ou morrerA COP26 pode salvar o mundo? 

New York Times: O presidente oferece compromisso de plano para acelerar agenda

Washington Post: Biden revela plano de gastos revisado

WSJ: Negociadores do presidente reformularam plano de gastos de US$ 1,85 trilhão

Financial Times: Credores aumentam as taxas de hipotecas no Reino Unido à medida que o medo da inflação toma conta

The Guardian: NHS vai prescrever cigarros eletrônicos em um plano radical para reduzir as taxas de tabagismo

The Times: Contas de hipotecas e impostos devem aumentar após o orçamento

Le Monde: China: a tentação do grande isolamento

Libération: Palavras de eleitores de direita. "Não temos mais um líder digno desse nome"

El País: Bárcenas e o PP, condenados por reformar sua sede com caixa 2 

El Mundo: Os preços disparam ao maior nível em 30 anos e alarmam o Banco Central Europeu

Clarín: Covid: argentinos conseguem permissão para ingressar na Europa com ou sem vacinas

Página 12: A multidão. Eu te devo

Granma: Temos um país e defendemos a Vida! E ainda somos da Pátria ou da Morte! 

Diário de Notícias: Vasco Cardoso: “No PCP, nunca tivemos ilusões relativamente ao governo do PS”

Público: Crise política deixa greves em suspenso até a próxima semana 

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Infelizmente, apenas resíduos de plástico

Süddeutsche Zeitung: Dois anos de pandemia - e não aprendi nada

Moskovskij Komsomolets: Vídeo mostra carregamento de armas no carro do deputado Rashkin

The Moscow Times: ‘É o novo ouro’: regiões russas lutam por oxigênio enquanto a Covid avança

Global Times: China 'cumpriu' as obrigações da OMC

Diário do Povo: Xi se dirigirá à 16ª Cúpula de Líderes do G20

E nesta quinta-feira o país registrou 399 mortes por covid-19, com média móvel em sete dias de 337 óbitos, mantendo tendência de estabilidade. Ao todo, 607.125 perderam a vida para o coronavírus no Brasil.

 Por oito votos a um o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de injúria racial é equiparável ao de racismo e que, com isso, nunca prescreve. Para o relator, ministro Edson Fachin, a injúria racial – quando alguém é ofendido com base em cor, etnia, religião ou origem – configura racismo ao se manifestar sistematicamente na sociedade. Somente o ministro Nunes Marques divergiu. Gilmar mendes não votou. (Poder360)




Meio em vídeo. Homofobia é livre expressão e não devia ser denunciada? Uma demissão é forma de censura? O caso do jogador Maurício Souza, da Seleção Brasileira de vôlei, gerou assunto. Esta não devia ser uma conversa complicada. Afinal, lidamos com o livre debate faz já algum tempo. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)

Enquanto isso... Uma portaria da Secretaria Especial de Cultural veda o acesso a recursos via Lei Rouanet a projetos que usem ou façam apologia à linguagem neutra. Nela, letras que indicam gênero são substituídas por e ou x – todos, por exemplo, vira “todes” ou “todxs” – para incluir pessoas não-binárias. No Twitter, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, que assina a portaria, afirmou que essa linguagem foi “criada e integrada de forma alienígena, através de movimento político sectário”. Segundo especialistas, a portaria é inconstitucional. (Globo)

Entenda o que é e como funciona a linguagem neutra. (g1)




Se todos os países adotassem o que o Brasil vai propor na conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26), o mundo chegaria ao fim do século com aumento de 4ºC na temperatura, acimas dos já insustentáveis 3º das previsões mais pessimistas. A avaliação é de Joana Portugal, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e uma das autoras do relatório que a ONU vai levar para o encontro, que começa domingo na Escócia. Na contramão do resto do mundo o Brasil aumentou a emissão de carbono durante a pandemia e pretende apresentar à COP26 uma proposta de aumentar ainda mais até 2030. (Observatório do Clima)




A Fiocruz assinou ontem um acordo com a AstraZeneca para a compra de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficiente para a produção de 60 milhões de doses de vacina contra a convid-19. A esses devem se juntar mais 60 milhões a serem produzidos com o IFA fabricado pela própria Fiocruz. A ideia é garantir o abastecimento do imunizante em 2022. (Poder360)

Outra boa notícia vem de São Paulo. Um estudo pré-clínico indica que a ButanVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, tem alta eficácia contra as variantes do sars-cov-2. São essas variantes que têm provocado picos da covid-19 em países que pareciam ter superado a pandemia. (UOL)

E a vacinação completa chegou a 53,56% da população brasileira. Segundo dados levantados pelo consórcio de veículos de comunicação, 114.253.388 pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única. A primeira dose já foi aplicada em 154.265.235 brasileiros, 72,32% da população. E nesta quinta-feira o país registrou 399 mortes por covid-19, com média móvel em sete dias de 337 óbitos, mantendo tendência de estabilidade. Ao todo, 607.125 perderam a vida para o coronavírus no Brasil. (g1)

Último capítulo

 


Spacca

Braga

TSE absolve Bolsonaro, mas manda recado sobre 2022

Como diz um ditado, o TSE deu uma martelada no cravo e uma na ferradura ao julgar ontem dois pedidos de cassação da chapa de Jair Bolsonaro na eleição de 2018. Por unanimidade, os ministros concluíram que não havia provas de que a campanha cometeu abuso de poder econômico no disparo de mensagens em massa nos aplicativos como Whatsapp. Ao mesmo tempo, deixaram claro essa distribuição maciça e a disseminação de notícias falsas serão tratadas como abuso já durante a campanha do ano que vem. Como disse o ministro Alexandre Moraes, que assume a presidência do TSE em fevereiro, a Justiça Eleitoral “não será pega de surpresa” em 2022 como “o Brasil foi pego de surpresa em 2018 por essas milícias digitais”. (g1)

Para analistas, o grande desafio do TSE no ano que vem será provar o impacto eleitoral desses disparos em massa, embora todos concordem que o entendimento da Corte manifestado ontem é uma “virada jurídica” positiva para frear o avanço das mentiras e da manipulação por meios eletrônicos nas eleições. (Globo)

Possivelmente como sinal dessa disposição, o TSE também ontem cassou o mandato do deputado estadual paranaense Fernando Francischini (PSL) por disseminação de notícias falsas em 2018. Numa live durante o primeiro turno, ele disse que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Bolsonaro. Francischini entra para a história como o primeiro mandatário brasileiro cassado por mentir online, e seu caso deve servir como jurisprudência para a política de tolerância zero prometida pelo TSE para o ano que vem. (Metrópoles)




A reprovação do governo Jair Bolsonaro estacionou nos 58% registrados 15 dias atrás, segundo pesquisa do PoderData divulgada na noite de quinta-feira. O percentual dos que aprovam, 33%, também ficou estável, assim como os 9% que não souberam responder. Já a avaliação pessoal do presidente piorou, mas dentro da margem de erro de dois pontos para mais e para menos. O trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo para 56%, contra 53% de 15 dias atrás, e ótimo ou bom para 26%, ante os 29% anteriores. Fora da margem foi a avaliação regular, que caiu de 18% para 14%. A região onde o governo é mais desaprovado é o Nordeste, 68%, enquanto o Norte é o que mais aprova, com 50%. A rejeição é maior entre os que tem nível superior 66%, embora também seja maioria nos níveis médio (54%) e fundamental (58%). (Poder360)




O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou na noite de quinta-feira a abertura de investigações preliminares contra o presidente Jair Bolsonaro e outras 12 autoridades com foro privilegiado a partir do relatório da CPI da Pandemia. Ele também mandou que as informações fossem compartilhadas com todos os procuradores do MP Federal que investigam ações ligadas à pandemia. (UOL)

A investigação preliminar é um recurso muito usado por Aras e criticado por ser um processo interno da PGR, à margem do STF. Mas o procurador disse que pretende submeter tudo ao Supremo para que este participe das decisões. É uma forma de aliviar pressões sobre a PGR. (CNN Brasil)

O Senado aprovou ontem a criação de uma frente parlamentar chamada Observatório da Pandemia de Covid-19, que pretende fiscalizar os desdobramentos das denúncias contidas no relatório da CPI. O pedido de criação da frente foi feito pelo presidente e o vice da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). (g1)

Enquanto isso... Nomeado no último dia 6 coordenador do Plano Nacional de Imunizações (PNI), o médico Ricardo Queiroz Gurgel foi a Brasília saber com o Ministério da Saúde quando seria sua posse. Foi informado pelo secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Gerson Pereira, que a posse não aconteceria, sem maiores explicações. Gurgel já criticou publicamente os “tratamentos precoces”, como cloroquina. O PNI, responsável por coordenar a vacinação no país, está acéfalo desde 7 de julho, quando Francieli Fantinato se demitiu. (CNN Brasil)




Um dia depois de o presidente licenciado do PTB Roberto Jefferson, que está preso no Rio, publicar uma carta dizendo que Bolsonaro estava viciado em dinheiro público, o partido voltou à carga. A presidente interina Graciela Nienov disse que há um clima de revolta com o “abandono” da legenda por parte de Bolsonaro, mas negou a possibilidade de rompimento com o governo. (Globo)