sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Paulo Guedes rifa a bandeira do controle de gastos e perde quatro assessores

 

EL PAÍS

mercado financeiro entrou em parafuso nesta quinta-feira após o Governo deixar claro que vai abandonar a bandeira do controle de gastos públicos. A Bolsa de São Paulo desabou com a discussão aberta pelo ministro Paulo Guedes de furar o teto de gastos, um consenso que guiou o país nos últimos anos, para financiar o programa de benefício social Auxílio Brasil, conta Carla Jiménez. Foi um improviso mal explicado, que contaminou os principais indicadores da economia, e levou a uma debandada de integrantes do Ministério da Economia. Os quatro que apresentaram suas exonerações alegaram “razões pessoais” para deixar os postos. Com a luz verde do Governo, o Congresso Nacional já deu o primeiro passo para furar o teto, com a aprovação em comissão especial da Câmara de uma proposta para liberar o uso de pelo menos 40 bilhões de reais fora do limite estabelecido pelo Orçamento.  

A pacificação esperada por alguns bolsonaristas com o Supremo Tribunal Federal (STF) não veio. O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva e a extradição do blogueiro conservador Allan dos Santos, conta Lucas Berti. Conhecido aliado do presidente Jair Bolsonaro, Santos vive nos EUA, onde estaria com o visto vencido. Mesmo longe, o bolsonarista segue como um dos principais nomes da rede virtual de apoio ao Governo, com destaque para conteúdos que questionam a democracia e medidas de prevenção contra a covid-19. Bolsonaro, que chegou a dizer que não acataria mais decisões de Moraes, não se manifestou sobre o caso, nem na live semanal desta quinta.

Na vizinhança do Brasil, os líderes parlamentares da Colômbia e da Venezuela estão dispostos a reaproximar os dois países vizinhos após anos de desencontros, mas esbarram no rechaço do Executivo colombiano. O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, informou que recebeu uma carta de seu homólogo do Senado da Colômbia, Juan Diego Gómez, propondo um processo de normalização das relações bilaterais, rompidas em 2019 como resultado da crise política causada pelo surgimento de Juan Guaidó e pelo cerco da oposição ao Governo de Nicolás Maduro, relatam Santiago Torrado e Alonso Moleiro. Iván Duque, presidente da Colômbia, rebaixou quase imediatamente as expectativas de uma reaproximação, ao reiterar que a Colômbia não reconhecerá a “ditadura” enquanto ele for presidente.

Para fechar a edição, uma viagem na história. Aproveitando uma tempestade solar que atingiu a Terra no ano de 992, um grupo de cientistas conseguiu datar quando os vikings estiveram na América. Os pesquisadores não sabem quando chegaram nem quanto tempo permaneceram, mas os anéis da madeira de vários objetos mostram que os nórdicos se estabeleceram no que hoje é o norte do Canadá, em 1021, há exatamente um milênio, conta Miguel Ángel Criado. Uma dessas evidências é o corte angular e preciso nas madeiras, algo que só poderia ter sido feito com machados ou outras ferramentas de metal. E isso se explica: os habitantes originais da região desconheciam a metalurgia. Devido à tradição oral e ao estilo arquitetônico das edificações, os historiadores acreditam que o sítio arqueológico de L’Anse aux Meadows, localizado na ilha de Terra Nova, no extremo nordeste do Canadá, é a evidência mais consistente dos guerreiros escandinavos do outro lado do mundo.


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