terça-feira, 19 de outubro de 2021

Uma aliança anticomunista se forma na América Latina

  

EL PAÍS

Além dos efeitos da pandemia de coronavírus na economia global, dois novos elementos se somam à lista de entraves à recuperação dos números no planeta: baixas de produção na indústria e o encarecimento da energia ao redor do globo. Com esses novos alarmes soando, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acabou reduzindo suas previsões de crescimento para o ano. No entanto, sua economista-chefe, Gita Gopinath, mantém um tom muito mais cauteloso. Em entrevista a Ignacio Fariza ela garante que a estagflação –crescimento estagnado com inflação alta, o maior pesadelo para um economista– está longe de ser uma realidade. "Pensamos que se trata de algo transitório", diz a economista, que exalta as expectativas de crescimento mundial que beiram a casa dos 6%. 

O suposto "avanço do comunismo" na América Latina ganhou a atenção do Vox, partido de ultradireita da Espanha. A sigla radical europeia agora compõe um grupo insurgente na região latina que une fundamentalistas religiosos, neoconservadores, ultraliberais, populistas de direita e até nostálgicos das ditaduras militares, relatam Miguel González, Naiara Galarraga Cortázar e Federico Rivas Molina. Tudo com o objetivo de conter o avanço da esquerda na região, discurso similar ao que os latino-americanos testemunharam no fim do último século. A nova aliança, que encontra forças aliadas em Peru, Chile e Brasil, por meio do deputado Eduardo Bolsonaro, revela que a extrema direita quer reconquistar terreno por aqui.

O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Colin Powell morreu aos 84 anos nesta segunda-feira em Washington, de covid-19. Powell foi o primeiro negro a ocupar a posição do chefe dos funcionários das forças armadas, mas carrega um legado de altos e baixos. Ainda que muito respeitado em seu país, é um dos responsáveis pela campanha que levou os EUA a invadirem o Iraque no começo do milênio um evento do qual Powell acabou se arrependendo ao longo dos anos. Com carreira feita entre os Republicanos, o general se tornou um crítico do Governo do ex-presidente Donald Trump. "A palavra que uso a respeito do que ele [Trump] fez nos últimos anos é uma palavra que nunca usei com nenhum dos quatro presidentes para os quais trabalhei: ele mente".

"Não tenho nenhum motivo para revelar minha identidade por boa vontade, embora sempre possamos pôr um zero a mais no cheque. Melhor que nunca me proponham isso”, afirmava há menos de um ano Carmen Mola, assinatura por trás de um dos grandes fenômenos editorais dos últimos tempos na Espanha, que já superou os 400.000 livros vendidos. Na última sexta-feira, após vencer um dos principais prêmios literários do mundo, Mola embolsaria um milhão de euros (6,39 milhões de reais). Mas quem se apresentou para receber o prêmio foram três homens: os escritores Jorge Díaz, Agustín Martínez e Antonio Mercero. Revelou-se ali que eles eram os nomes por trás da escritora-fantasia. Carles Geli conta a inusitada história que surpreendeu a Espanha.


Gita Gopinath (FMI): “Estagflação? A economia mundial crescerá 5,9% este ano”
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A economista-chefe do organismo não vê problemas de sustentabilidade da dívida na zona do euro e confia numa redução dos preços da energia

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