terça-feira, 5 de abril de 2022

Massacre foi obra da Rússia, mostram satélites

 

Moscou voltou a negar que tenha massacrado civis na retirada de Bucha, afirmando que a matança aconteceu após suas tropas terem deixado a cidade. Imagens de satélites, porém, mostram a maioria dos corpos já nas ruas há até três semanas, quando os russos ainda controlavam a área. Segundo analistas, a estratégia russa é bombardear pesadamente cidades em toda a Ucrânia para manter ocupadas as forças locais, enquanto consolida o controle do Leste do país. (New York Times)

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenski visitou a cidade, ontem. “Queremos mostrar ao mundo o que aconteceu aqui”, ele afirmou. “Metade da cidade foi destruída”, narrou o prefeito, Anatoli Fedoruk. “Estamos trabalhando agora para identificar os corpos daqueles que foram executados com tiros. Os ocupantes russos mataram de forma indiscriminada. Muitos dentre as vítimas são idosos.” Foi quem não conseguiu deixar Bucha — algo entre 2,5 mil e 3,5 mil pessoas continuaram na cidade durante a ocupação russa. “Nós fomos testemunhas dos eventos horríveis”, disse Fedoruk. (Axios)

Após a divulgação de imagens de civis mortos em valas comuns na cidade de Bucha, perto de Kiev, o presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu ontem que o russo Vladimir Putin seja julgado por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. A Casa Branca, porém, evitou classificar o caso como genocídio, ao contrário do fez o governo ucraniano, e não especificou de que forma o presidente russo poderia ser julgado. Os Estados Unidos vão pedir hoje à ONU que exclua a Rússia do Conselho de Direitos Humanos. (CNN)

Confira o que se sabe até agora sobre as mortes em Bucha. (BBC)




O presidente peruano, Pedro Castillo, impôs toque de recolher na capital, Lima. As pessoas estão proibidas de deixar suas casas até 23h59 de hoje, para evitar protestos contra o aumento do preço de combustíveis. Castillo, um líder camponês da esquerda radical, foi eleito no ano passado com apoio do voto do interior. Em oito meses, já sobreviveu a dois pedidos de impeachment e tem aprovação de 25% dos eleitores. (Reuters)




Após o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, abrir mão do conselho de administração da Petrobras, o economista Adriano Pires desistiu de concorrer à vaga da presidência da estatal. Em carta enviada ao ministério de Minas e Energia, Pires diz que “ficou claro para mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da presidência da Petrobras. Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que fundei há mais de 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”. (Poder360)

A desistência de Pires vem depois que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que o economista fosse impedido de assumir o cargo enquanto não houvesse uma investigação sobre um possível conflito de interesse com a atuação dele no setor privado. Como sócio fundador do CBIE, Adriano Pires tem negócios com petroleiras e empresas de gás e ligação com o empresário Carlos Suarez, dono de distribuidoras de gás, e com Rubens Ometto, da Cosan. No procedimento interno que analisa indicados a cargos de liderança e gestão na estatal, o Comitê de Pessoas da Petrobras avaliou que os eventuais conflitos de interesse no caso de Pires não se resolveriam com a transferência de sua parte no CBIE para familiares. (Estadão)




O ex-presidente Lula (PT) disse ontem que, se for eleito novamente para o Planalto em outubro, começará seu governo exonerando militares de cargos civis no Executivo federal. “Nós vamos ter que começar o governo sabendo que nós temos que tirar quase 8 mil militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar”, afirmou. Em 2020, um levantamento identificou 6.157 militares na ativa e da reserva em cargos civis no governo Bolsonaro. (Congresso em Foco)




O ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) acredita que, apesar da derrota para João Doria nas prévias do partido, a convenção vai decidir pela candidatura que for mais viável. “É o que a lei eleitoral determina: as candidaturas serão definidas no âmbito das convenções partidárias. Mas o que interessa é a candidatura se viabilizar politicamente, não juridicamente”. Ontem, em entrevista à Rádio Eldorado, ele admitiu a possibilidade de ser vice-presidente da senadora Simone Tebet (MDB-MS), embora afirme ser muito cedo para determinar a posição de cada um numa chapa. “A nossa disposição e disponibilidade tem que ser de construir – apoiando, participando na chapa como vice-presidente, se for o caso”, disse. (Estadão)




O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou ontem, em encontro com empresários no Rio, trazer para si a responsabilidade pela denúncia de superfaturamento na compra de ônibus escolares com verbas do FNDE. “Quem descobriu fomos nós. Temos gente trabalhando em cada ministério com lupa no contrato. Por isso, não tem corrupção”, disse ele. Na verdade, a irregularidade foi identificada pela área técnica do órgão, mas o presidente e um diretor, indicados por líderes do Centrão, mandara a licitação seguir. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a suspensão da compra. E o TCU abriu ontem uma inspeção no MEC para apurar a ação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na liberação de verbas da educação para municípios. (Estadão)




O procurador-geral da República, Augusto Aras, entrou ontem com um recurso ao Plenário do STF contra decisão da ministra Rosa Weber de recusar o arquivamento do inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro na compra abortada da vacina indiana Covaxin. Bolsonaro é suspeito de prevaricação por não ter passado adiante denúncia de irregularidades no negócio, mas Aras sustenta que ele não seria obrigado a mandar abrir investigações. Já a ministra avalia que o presidente não tem “direito à letargia”. (g1)




Meio em vídeo. Viktor Orbán, o Bolsonaro da Hungria, teve uma vitória imensa contra a frente ampla de oposição. Enquanto isso, fechada a janela partidária, quem ganhou deputados foi o bolsonarismo. A esquerda ficou no elas por elas e a terceira via encolheu. E sabe o quê? Uma história tem tudo a ver com a outra. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




Uma boa notícia. Segundo TSE, o número de jovens entre 16 e 17 anos que se inscreveram para votar este ano cresceu 26% em apenas um mês, passando de 830 mil no fim de fevereiro para 1,05 milhão na última semana de março. Nessa faixa etária, o voto é facultativo. A Justiça eleitoral atribui o resultado a uma campanha feita na internet por personalidades como Anitta, Zeca Pagodinho e Whindersson Nunes estimulando os adolescentes a votarem. (CNN Brasil)

Para poderem votar em outubro, os eleitores precisar dar entrada no título até o dia 4 de maio. Veja aqui como tirar o documento online.




O PSOL e a Rede entraram ontem no Conselho de Ética da Câmara com uma ação pedindo a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por conta de um post debochando das torturas sofridas pela jornalista Míriam Leitão durante a ditadura militar. Reagindo a uma crítica dela a seu pai, o Zero Três publicou no Twitter “ainda com pena da cobra”. Uma das torturas que a jornalista, que estava grávida, sofreu na prisão foi ser trancada num quarto escuro com uma cobra. (g1)




A Receita Federal prorrogou de 30 de abril para 31 de maio o prazo de entrega da declaração do Imposto de Rende de Pessoa Física. Quem recebeu no ano passado rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 é obrigado a declarar. (g1)

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