quinta-feira, 7 de abril de 2022

UB, MDB, PSDB e Cidadania disputarão juntos o Planalto

 

União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania pretendem anunciar no dia 18 de maio o nome de um candidato de consenso à presidência da República. A decisão foi tomada numa reunião ontem entre os presidentes dos quatro partidos, respectivamente, Luciano Bivar, Baleia Rossi, Bruno Araújo e Roberto Freire. Eles também convidaram “outras forças políticas democráticas” para aderir à iniciativa. O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) se reuniu ontem com a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, para, segundo ele, “construir uma convergência” entre as legendas da terceira via. Leite, que já admitiu ser vice numa chapa com Tebet, negou que estivesse deslegitimando as prévias tucanas, vencidas pelo ex-governador paulista João Doria. “Elas têm sua legitimidade. Mas não se trata aqui apenas sobre atender formalidades, mas sim de ajudar o país a encontrar um caminho. Isso é o que nos move e promove convergência”, afirmou. (CNN Brasil)

Enquanto isso... O Ipespe divulgou nesta quarta-feira a primeira pesquisa eleitoral após a desistência do ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil). Na simulação de primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 44% dos votos, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 30%. Lula permaneceu no mesmo ponto em que estava enquanto Bolsonaro chegou a seu melhor patamar já registrado, após Moro sair da corrida. Ciro Gomes (PDT) registrou 9%; João Doria (PSDB), com 3%, Simone Tebet (MDB), com 2%; e André Janones (Avante), com 1%. No segundo turno, Lula venceria todos os rivais: 53% a 33% contra Bolsonaro, 52% a 25% contra Ciro e 55% a 20% contra Doria. (UOL)



Então... Lula vem distribuindo declarações polêmicas, provocando reação de adversários e preocupação de aliados. Na segunda-feira, em evento da CUT, ele defendeu que sindicalistas mapeassem os endereços de deputados e fossem em grupos de 50 pessoas “incomodar a tranquilidade” dos parlamentares e suas famílias. Em resposta, o deputado Júlio Amaral (PL-MG) publicou um vídeo em que mostrava sua casa e carregava uma arma. “Estarei pronto para uma bela e calorosa recepção. Sejam bem-vindos!”, escreveu. Na terça-feira, em evento na Fundação Perseu Abramo, os alvos de Lula foram a elite, chamada de “escravista”, e a classe média, acusada de ostentar um “padrão de vida acima do necessário”. Na mesma ocasião, ele afirmou que o aborto é “uma questão de saúde pública” e disse que a prática reflete a desigualdade social no Brasil. Evangélicos e políticos governistas o criticaram duramente. (UOL)

Mas a repercussão ruim não foi só do outro lado. As declarações de Lula repercutiram mal dentro do próprio PT. “É para ter cautela, porque nós não podemos ficar dando munição ao adversário numa campanha”, disse um petista ligado à cúpula do partido. A opinião sobre o aborto causou menos desconforto, pois reflete uma posição historicamente defendida pelo partido. (Metrópoles)

Igor Gielow: “Para alguém considerado uma raposa imbatível, Luiz Inácio Lula da Silva está apostando em um jogo arriscado para desenhar seu caminho até o segundo turno da eleição presidencial de 2022. Desde que entrou mais publicamente na disputa, o petista tem procurado a enorme casca de banana que o pinta como um radical incurável a cada esquina.” (Folha)




Uma escuta de fevereiro de 2020, feita pela Polícia Civil do Rio, traz acusações de envolvimento do Palácio do Planalto na morte do ex-PM e miliciano Adriano da Nóbrega. Na gravação, feita com autorização judicial, a irmã dele, Daniela Magalhães da Nóbrega, diz a uma tia que até cargos foram oferecidos para que o ex-policial virasse um “arquivo morto”. “Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Ele já sabia disso”, diz ela. A Polícia Civil omitiu toda a gravação de Daniela e menções ao governo federal de outras escutas no relatório encaminhado ao Ministério Público. Além de comandar a maior milícia do Rio, Adriano era suspeito de participar de um suposto esquema de rachadinhas no gabinete na Alerj do hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O Palácio do Planalto, a Polícia Civil e os advogados de Daniela não se manifestaram sobre o caso. (Folha)

Durante a madrugada, agora, o também ex-PM Fabrício Queiroz, apontado como operador das rachadinhas, gravou um vídeo afirmando que Daniela se confundiu e que o próprio “capitão Adriano” lhe relatou em telefonema a reunião tramando sua morte. Ela teria teria acontecido, segundo Queiroz, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. (IstoÉ)




A Câmara rejeitou ontem o pedido de urgência para o projeto de lei que, entre outras mudanças, criminaliza a difusão de notícias falsas. Sem a urgência, a matéria terá de passar por comissões antes de ser votada no Plenário. O relator Orlando Silva (PCdoB-SP) propôs pena de uma três anos de prisão e multa para quem promover ou financiar mediante uso de contas robôs e outros meios a disseminação em massa de mensagens que contenham fake news e exige que provedores, aplicativos e ferramentas de busca tenham representação jurídica no Brasil. O projeto das fake news já foi aprovado no Senado, mas terá de retornar por ter sido modificado na Câmara. (g1)




Ucranianos que vivem no Leste do país devem fugir enquanto podem, recomendou ontem a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk. O alerta vem diante da movimentação de tropas russas em direção à região de Donbass, deixando um rastro de destruição de supostas atrocidades conforme abandonam áreas que controlavam no resto da Ucrânia. Ontem, o presidente russo Vladimir Putin voltou a negar que seus soldados tenham cometido crimes de guerra, a despeito de imagens de satélite mostrando o contrário. (BBC)A

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