terça-feira, 22 de março de 2022

Bolsonaro determinou que pastores controlem verbas do MEC

 

Por orientação do presidente Jair Bolsonaro (PL), dois pastores evangélicos ditam a liberação de recursos do MEC para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia. A admissão foi feita pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, também pastor, em reunião com prefeitos e está registrada em áudio. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar”, disse ele. Desde 2021, Gilmar Santos e Arilton Moura, pastores próximos de Bolsonaro, negociam a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo Centrão. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, disse Ribeiro, ressaltando que a contrapartida é o apoio na construção de igrejas. (Folha)




O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou uma entrevista no rádio para sinalizar, embora sem citar o nome, que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, deve ser seu companheiro de chapa na tentativa de se reeleger em outubro. Perguntado sobre seu candidato a vice, Bolsonaro disse que ele era de Minas Gerais e havia feito escola militar e ainda deixou claro o motivo para não escolher um político para a vaga. “Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de ocupar a minha cadeira”, resumiu. (Poder360)

Na mesma entrevista, o presidente voltou suas baterias contra um alvo costumeiro, o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem acusa de promover uma “perseguição implacável”. Um dos exemplos, diz Bolsonaro foi o bloqueio, na noite de quinta-feira, do aplicativo de mensagens Telegram, uma das principais ferramentas de comunicação do bolsonarismo. Moraes suspendeu a medida no domingo, após a plataforma atender as exigências do STF, mas Bolsonaro tem uma leitura própria. Para ele, Moraes recuou por saber que o Plenário do Supremo derrubaria sua decisão monocrática. (Folha)

Meio em vídeo. Você entende o que é o Telegram? Por que o ministro Alexandre de Moraes decidiu tirar o app do ar? E quais os problemas da decisão do ministro? Esta é a história de como um rapaz criado numa ditadura assumiu uma ideologia radical — e o mundo de verdade o fez cair na real. Ao menos aparentemente. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




Além de confirmar a consolidação de um segundo turno disputado entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), a pesquisa do Instituto FSB para o BTG Pactual mostra que há pouca margem de manobra para a chamada terceira via. Somente 11% dos entrevistados disse que não votaria nem no petista nem no presidente. Lula lidera com 43% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro com 29%, Ciro Gomes (PDT) com 9%, Sérgio Moro (Podemos) com 8%, João Doria (PSDB), André Janones (Avante) e Eduardo Leite (que estaria trocando o PSDB pelo PSD), os três com 2% cada, e Simone Tebet (MDB) com 1%. Bolsonaro tem a maior rejeição, 59%, seguido de Moro com 49% e Lula e Ciro, ambos com 41%. Num eventual segundo turno, Lula ganharia de Bolsonaro por 54% a 35%. (Congresso em Foco)

Então... A cúpula do MDB ficou muito irritada com a pesquisa e não foi só pelo 1% de sua candidata. Segundo o Radar, os caciques do partido reclamam que ela não foi citada em nenhuma das nove simulações de segundo turno, embora esteja tecnicamente empatada com Doria, Janones e Leite. (Veja)




Quarto colocado na disputa pelo governo de São Paulo, segundo pesquisa Quaest/Genial, Guilherme Boulos (PSOL) anunciou ontem a desistência da candidatura. Em vez disso, vai tentar uma vaga como deputado federal para, segundo ele, “ajudar a construir uma grande bancada de esquerda no Congresso”. Boulos defendeu ainda a unidade da esquerda para “derrotar os tucanos e o bolsonarismo” em São Paulo. (CNN Brasil)

Não se pode afirmar que seja contrapartida, mas, como conta Mônica Bergamo, Fernando Haddad, beneficiário direto da desistência de Boulos, disse que o PT deve apoiar a candidatura deste à prefeitura paulistana em 2024. (Folha)




O governo da Ucrânia anunciou nesta madrugada ter retomado o controle de Makariv, uma pequena cidade de dez mil habitantes a 50 quilômetros da capital, Kiev, que havia sido tomado pela Rússia. Fotos de uma semana atrás mostravam a extensa destruição causada pela artilharia russa em prédios residenciais, escolas e hospitais, embora Moscou negue mirar em alvos civis. (CNN)

Apesar desse discurso, a Rússia desfechou ontem um novo ataque contra alvos não militares em Kiev. Um míssil atingiu um shopping center na capital ucraniana matando pelo menos oito pessoas. O ataque aconteceu horas depois de a Ucrânia rejeitar um ultimato russo que exigia a rendição da cidade portuária de Mariupol, uma das mais castigadas pela invasão. Analistas temem que, frustrado por não conseguir conquistar áreas estratégicas no país, o governo russo intensifique seus ataques a alvos não militares. (Washington Post)

Soldados russos dispersaram com tiros e bombas de efeito moral um protesto de moradores de Kherson, a mais importante cidade ucraniana tomada pelos invasores. (Global News)

As bombas não são a única arma de Vladimir Putin. O embaixador americano em Moscou, John Sullivan, foi chamado para uma reunião no Ministério do Interior russo e ouviu que há o risco de todas as relações entre os dois países serem rompidas. O Kremlin não engoliu o fato de Joe Biden classificar Putin como criminoso de guerra. Biden, porém, não dá sinais de recuo. Ontem ele conversou com governantes do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Itália para reforçar a adoção conjunta de sanções ainda mais duras contra a Rússia. (Guardian)

Enquanto isso... Brasileiros que pretendiam ir para a Ucrânia lutar conta a invasão russa foram recusados pelo governo de Kiev, conta Guilherme Amado. O Brasil está na lista de países vetados, que inclui ainda a própria Rússia, Belarus e todos os do continente africano. Segundo um dos coordenadores do grupo, o motivo seria a posição dúbia do governo brasileiro em relação ao conflito. (Metrópoles)

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