quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Evangélicos consagram seu primeiro ministro no STF

 

Saída de 80 pesquisadores da Capes expõe queda de braço por novos cursos de pós
Coordenadores e consultores da agência deixam cargos à disposição por discordar da forma como a avaliação tem sido feita. “Éramos referência mundial em avaliação, e agora estamos sob risco”, critica especialista
Saída de 80 pesquisadores da Capes expõe queda de braço por novos cursos de pós

EL PAÍS






Após o anúncio de demissão coletiva no Inep, responsável pela prova do Enem e avaliações da Educação Básica, uma nova debandada, desta vez na Capes, expõe um fosso cada vez maior no Ministério da Educação. Em uma semana, 80 coordenadores e consultores apresentaram renúncia coletiva de suas posições de avaliadores das áreas de física, matemática e, agora, também de química, conforme documento ao qual a repórter Elida Oliveira teve acesso. A Capes, sigla para Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, é responsável por fiscalizar os cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado do Brasil. Eles acusam a presidência da entidade de, entre outras coisas, fazer pressão pela aprovação de novos cursos, incluindo educação à distância, o que beneficiaria especialmente o setor privado.

O Senado aprovou nesta quarta-feira o nome do ex-advogado-geral da União André Mendonça para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, relata Afonso Benites. Segundo ministro da Corte indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mendonça recebeu 47 votos a favor e 32 contra —precisava de 41 para ser aprovado. O principal predicado apresentado pelo presidente para indicar Mendonça foi o fato de ele ser “terrivelmente evangélico”. E, graças a um empurrão providencial da bancada da Bíblia, que se articulou fortemente junto aos 81 senadores, ele se tornará o primeiro ministro declaradamente evangélico a ocupar uma cadeira no Supremo. Como tem 48 anos de idade, poderá ficar por 27 anos no cargo, já que a aposentadoria compulsória só ocorre aos 75. “Um passo para um homem, um salto para os evangélicos”, resumiu o próprio Mendonça em pronunciamento após a aprovação de seu nome.

Em São Paulo, o mercado imobiliário celebra a melhor onda de lançamentos de edifícios dos últimos cinco anos. O setor já considera 2021 o período em que houve o maior aquecimento do mercado imobiliário, conta Diogo Magri. Dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) mostram que a quantidade de unidades lançadas e vendidas disparou de janeiro a setembro deste ano. Foram lançadas quase 50.000 nos primeiros nove meses de 2021, o dobro da quantidade de 2020 e o triplo da de 2018. Ao mesmo tempo, foram 47.000 imóveis vendidos, 15.000 a mais que 2020 e 2019, que tiveram números iguais. Segundo especialistas da área, a construção civil fechará neste ano seu maior PIB desde 2014. No entanto, o boom imobiliário corre risco, uma vez que as construtoras precisam lidar com a gangorra dos juros no Brasil. Se a taxa Selic foi a principal aliada do setor em 2020, por baratear o crédito para as construtoras erguerem imóveis, hoje ela é a principal ameaça.

Daniel Dias, de 33 anos, é o maior nome da história do esporte paralímpico brasileiro. Seus feitos na natação não se comparam ao de nenhum outro esportista do Brasil, com ou sem deficiência. São 27 medalhas em Paralimpíadas: 14 ouros, 7 pratas e 6 bronzes. Outros 40 pódios em Mundiais, 31 deles dourados. Em Jogos Parapan-americanos, disputou 33 provas e ganhou todas. Mesmo assim, os louros não lhe satisfazem plenamente, porque ele faz parte de uma categoria de atletas paralímpicos que, quando comparados aos convencionais, ficam em segundo plano. “Se eu fosse um atleta olímpico, você imagina o reconhecimento que eu teria?”, diz a Diogo Magri durante uma entrevista por videoconferência. Dias fala cerca de dois meses após se aposentar das piscinas. Foram 17 anos de carreira encerrados na Paralimpíada de Tóquio 2020, onde aumentou sua lista com três medalhas de bronze.



 

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