quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O Brasil vai virar uma grande fazenda”: o país vive uma acelerada desindustrialização

 

“Vamos virar uma grande fazenda”: Brasil vive acelerada desindustrialização
A pandemia acelerou ainda mais esse processo, enquanto o Governo federal privilegia o setor agrícola para exportar alimento, minério e energia. De 2013 a 2019, país perdeu 28.700 indústrias e 1,4 milhão de empregos no setor
“Vamos virar uma grande fazenda”: Brasil vive acelerada desindustrialização

EL PAÍS






A pandemia acelerou a desindustrialização no Brasil, no mesmo momento em que o Governo Jair Bolsonaro privilegia o setor agrícola para exportação de alimento, minério e energia, conta repórter Regiane Oliveira. De 2013 a 2019, o país perdeu 28.700 indústrias e 1,4 milhão de postos de trabalho no setor. Diego Machado Ferreira, de 34 anos, é um dos afetados por esse processo. “Sou o terceirizado, do terceirizado, do terceirizado do Mercado Livre”, explica ele sobre sua situação trabalhista. Demitido da Ford em 2019, o ex-metalúrgico tem uma rotina semelhante à do personagem principal do filme Você não estava aqui, de Ken Loach. Sai às 6h da manhã para encarar a fila de entrega do galpão localizado no Parque São Lourenço, extremo Leste da capital paulista. Quanto mais pacote consegue despachar, mais recebe, o que significa comprometer o almoço e, com frequência, contar com uma ajudante para acelerar as entregas. A diferença entre ficção e realidade é que, ao contrário do personagem do filme, Ferreira não comprou a ideia de que ele é seu próprio patrão por ter aberto uma microempresa. “Não me sinto empreendedor”, afirma.

A chamada de vídeo mais tensa dos quase 11 meses de Joe Biden na Casa Branca terminou com um aviso ao presidente russo, Vladimir Putin: os Estados Unidos preparam com seus aliados europeus “fortes sanções econômicas” para o caso de a Rússia aumentar a pressão sobre a Ucrânia. O encontro começou nesta terça-feira depois das 10h, no horário de Washington (12 horas em Brasília), em um ambiente cordial, com Putin do outro lado da linha, na ponta de uma longa mesa de madeira em sua residência em Sochi, a cidade de veraneio na costa do Mar Negro. No fundo, tensões, em tom cada vez mais acirrado, entre Moscou e Washington por causa da crise na fronteira com a Ucrânia. Washington tem informações de que Putin prepara uma operação militar com 175.000 soldados para o início de 2022, o que o líder russo nega. A Rússia, por sua vez, exige garantias de que a Ucrânia não entrará na OTAN e não lançará uma ofensiva para recuperar o território perdido em 2014 em seu confronto na região de Donbass com os separatistas pró-russos. A reunião durou pouco mais de duas horas, escrevem os correspondes Iker Seisdedos, Javier G. Cuesta e Bernardo de Miguel.

Também nesta edição, os detalhes sobre a aprovação no Parlamento chileno do casamento igualitário, uma das demandas históricas dos grupos de luta pela diversidade sexual, que travaram uma longa batalha legislativa para chegar a esta data marcante, conta a correspondente Rocío Montes. O projeto, que está prestes a se tornar lei, concede aos casais do mesmo sexo os mesmos deveres e direitos que os casamentos heterossexuais têm sob a lei chilena. Em sua última tramitação legislativa, a iniciativa foi aprovada no Senado e, em sua última revisão na Câmara dos Deputados, apoiada por 82 parlamentares, com 20 votos contra e duas abstenções. “Estou muito emocionada. É uma luta árdua de muitos anos”, desabafa ao EL PAÍS a juíza Karen Atala, diretora da Fundación Iguales, que trabalha pelos direitos das pessoas LGBTQIA+.

Por fim, histórias de amor no manicômio. Eles posaram para a fotógrafa sorridentes. Alguns juntavam suas cabeças, outros davam as mãos ou se enlaçavam pela cintura, passavam um braço sobre o ombro do outro... Entretanto, em seus rostos, em seus olhos, notam-se os rastros da doença, dos tratamentos medicamentosos, dos eletrochoques… No começo da década de 1990, as chilenas Paz Errázuriz, fotógrafa, e Diamela Eltit, escritora, trabalharam juntas em um projeto: narrar, com imagens em preto e branco e em textos poéticos, como eram os casais de homens e mulheres que viviam e se amavam na instituição psiquiátrica Philippe Pinel, na cidade de Putaendo, no centro do Chile, a 200 quilômetros de Santiago. O resultado foi o livro El infarto del alma (O infarto da alma), publicado no Chile em 1994 e no Brasil pelo Instituto Moreira Salles, escreve Manuel Morales.



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