quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Deu na Imprensa - 26/01

 

 

Os jornais brasileiros se dividem quanto aos assuntos que ganham as manchetes nesta quarta-feira, 26 de janeiro. Folha destaca que a desigualdade no setor público já supera a do privado, enquanto o Estadão alerta sobre o agravamento da pandemia da Covid: Em seis estados e no DF, UTIs têm mais de 80% de ocupação. Jornais também dão amplo destaque à morte de Olavo de Carvalho — com repercussão na imprensa internacional.

Já O Globo e Valor tratam das condições colocadas pela OCDE para o ingresso do país na organização. Diz o jornal carioca: OCDE impõe contrapartida ambiental para ingresso do Brasil. E o outro: Para entrar no ODCE, Brasil terá de frear desmatamento. No noticiário internacional, o aumento crescente da tensão na Ucrânia é o grande destaque nos jornais estrangeiros. A pressão cresce sobre a Alemanha, que estaria vacilando na reação. 

Sobre os vetos no orçamento, Valor alerta com chamada na primeira página para o impacto da restrição de recursos para o ensino básico. Corte é abandono de política educacional, dizem especialistas“Orçamento da educação básica será maior afetado na área”, informa. Os vetos realizados nas unidades orçamentárias vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) somam quase R$ 740 milhões e atingem especialmente o ensino básico.

Dos R$ 739,9 milhões vetados à educação, 67% são no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 14%, na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 13%, na administração do MEC, 3%, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2%, na Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e 1%, na Fundação Universidade de Brasília, segundo a ONG Todos Pela Educação.

LULA

Na política, a sucessão presidencial continua rendendo páginas e páginas de reportagens e apostas dos jornais comerciais. Folha dá ampla cobertura aos movimentos do PT e Lula e destaca que as eleições municipais de 2024 são entrave para federação entre PT e PSB, ao mesmo tempo que informa que a chapa Lula-Alckmin teve embrião em SP e Haddad e França como padrinhos

Surpreendente é a coluna de Elio Gaspari, que compara os movimentos de Lula com Tancredo e destaca que o ex-presidente está um passo à frente“O sonho é transformar uma candidatura num movimento”, aposta. “Forte nas pesquisas, acenando com Geraldo Alckmin na vice, buscando conversas com a dissidência tucana, com Marina Silva e com figuras do agronegócio, Lula está um passo à frente de seus adversários que tentam construir uma alternativa à polarização com Bolsonaro”, escreve. “O ex-presidente acredita ter neutralizado as restrições que sua base fazia à marcha em direção ao centro, e mesmo a ‘setores da centro-direita’. Aberta essa porta, trará novas surpresas”.

Centrais sindicais planejam mobilizações focadas em cidades do interior em apoio a Lula, informa o Painel. Elas farão primeira reunião do ano nesta quarta-feira. A coluna segue os movimentos do petista: Lula convida, e Randolfe deve fazer parte da equipe de campanha do petista“Líder da oposição no Senado tem defendido que eleição precisa ser decidida no primeiro turno”, diz a coluna da FolhaEstadão também destaca o convite ao parlamentar

ELEIÇÕES 2022

Enquanto isso, um dos nomes da ‘terceira via’, o candidato do Podemos se vê com problemas. Valor noticia que o TCU pode ir ao Coaf para levantar ganhos de Sérgio Moro. O procurador Lucas Furtado solicitou que a corte ratifique o pedido de informações negado pela empresa. Monica Bergamo escreve na Folha que caso contra Moro no TCU pode avançar sobre gastos de empreiteiras com consultorias. E relata ainda que a associação de juristas pede ao MPF investigação sobre ganhos de Moro

No GloboVera Magalhães aborda as dificuldades de quem quer fugir da polarização: Está em curso o 'resta um' do centro“Quem trabalha mais intensamente nos bastidores para tentar se consolidar e, se possível, interditar o caminho dos oponentes no mesmo campo são Sergio Moro, João Doria e Simone Tebet”, observa.

Sobre Bolsonaro e seu novo partido, reportagem do Estadão informa que maioria dos líderes do PL nos estados está envolvida em processos judiciais“Ao menos 18 dos 27 dirigentes do partido do presidente Jair Bolsonaro foram ou ainda são alvo de algum tipo de investigação”, relata, acrescentando que a sigla é comandada por Valdemar Costa Neto.

BRASIL NA GRINGA

O inglês The Guardian noticia a morte de Olavo de Carvalho, apontado como o guru do presidente: Negacionista da Covid e aliado de Bolsonaro, Olavo de Carvalho morreu de vírus, diz a filha“O radical de direita era uma figura imponente no Brasil que era adorado e abominado em igual medida por milhões de seguidores e inimigos”, informa. 

O espanhol El PaísOlavo de Carvalho, guru ideológico de Bolsonaro, morre após contrair covid“O escritor teve uma enorme influência sobre o presidente do Brasil no início do mandato, mas nos últimos tempos expressou sua decepção com ele, embora sem chegar a uma ruptura”, relata. Já o argentino Página 12 lembra que Olavo de Carvalho, o guru da extrema-direita que previu a derrota de Jair Bolsonaro. “Essa luta já está perdida, não me venha com esperanças”, disse ele sobre as eleições de outubro no Brasil.

Diz o despacho da ReutersGuru de extrema-direita de Bolsonaro, Carvalho, morre aos 74 anos nos Estados Unidos“O ideólogo conservador brasileiro Olavo de Carvalho, que era o guru político do presidente Jair Bolsonaro, morreu na noite de segunda-feira em um hospital em Richmond, Virgínia, nos Estados Unidos, disse sua família em suas contas nas redes sociais. Ele tinha 74 anos”, relata a agência.

Associated Press vai na mesma linha: Filósofo divisionista da direita brasileira, provocador morre“Olavo de Carvalho, uma das principais luzes do movimento conservador brasileiro que despertou paixões entre devotos e detratores, morreu, de acordo com um comunicado publicado nesta terça-feira em seu perfil oficial no Twitter”, resume.

New York Times noticia que a desaceleração nos EUA e na China vai atrasar o crescimento global, diz um relatório do Fundo Monetário Internacional, que prevê que a taxa de crescimento da economia mundial diminuirá para 4,4% em 2022. “O aumento da inflação que dobrou os custos de aquecimento em grande parte da Europa e tornou os alimentos menos acessíveis em lugares como a África Subsaariana e o Brasil também durou mais do que o previsto”, destaca.

Ainda sobre o relatório do fundo, o diário madrilenho El País destaca: O FMI reduz sua previsão de crescimento econômico para a América Latina para 2,4%“A organização garante que a economia global entre em 2022 em uma posição mais fraca do que o previsto em seu último relatório, publicado em outubro”, reporta. 

O FMI reduziu em 1,2 pontos as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das duas maiores economias da América Latina: Brasil e México. Este ano, o crescimento no Brasil será de apenas 0,3%, enquanto no ano que vem a estimativa é de 1,6%. “No Brasil, o combate à inflação provocou uma forte resposta de política monetária que pesará sobre a demanda doméstica”, diz o relatório.

Washington Post publica com atraso o obituário da cantora Elsa Soares, descrevendo-a como a “estrela do samba brasileiro que surgiu das favelas do Rio”. Ela morreu aos 91 anos. “Como uma das poucas cantoras negras no Brasil a alcançar renome, ela muitas vezes lutou em suas letras por direitos iguais para as mulheres (especialmente aquelas que sofrem violência doméstica), negras e da comunidade LGBT”, relata.

INTERNACIONAL

A possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia se mantém em evidência nas manchetes dos principais jornais estadunidenses. O New York Times destaca na capa: Líderes da Ucrânia reagem à ameaça com ar de calma

De acordo com o jornal, enquanto o Ocidente alerta para o ataque russo, a Ucrânia envia uma mensagem diferente. “A postura do ‘fique calmo’ deixou os analistas na dúvida sobre a motivação de sua liderança, mas alguns dizem que após oito anos de guerra, o país simplesmente calcula os riscos de forma diferente”, informa. 

Washington Post é sintético ao enunciar a manchete: Cresce o medo da guerra na UcrâniaWall Street Journal coloca como segundo assunto na capa que os Estados Unidos planejam sanções e controles de exportação contra a Rússia se invadir a Ucrânia“O governo Biden está trabalhando para mitigar os choques do mercado se a Rússia retiver o fornecimento de energia em retaliação”, aponta. A Casa Branca diz que está trabalhando para amenizar os choques de mercado se a Rússia retiver o fornecimento de energia em retaliação. 

Esta é a chamada da edição Financial Times para a Europa: EUA e UE fecham acordo sobre sanções financeiras russas sobre Ucrânia. Já o espanhol El País aborda as diferenças de estratégia: EUA e a Europa discordam sobre sua estratégia para parar a Rússia. “Bruxelas se distancia dos alertas de Washington sobre ataque iminente à Ucrânia e aposta na pressão sem quebrar a comunicação”, resume.

Ainda sobre o mesmo tema, o NYT dá chamada na capa questionando onde está a Alemanha no impasse da Ucrânia? Seus aliados cobram“Os aliados da Alemanha começaram a questionar o preço que Berlim está disposta a pagar para deter a Rússia, e até mesmo sua confiabilidade como aliado, enquanto vacila em medidas duras”, resume.

O jornal russo Moskovskij Komsomolets traz o chanceler russo desafiando a América. Lavrov: há menos pessoas no mundo que querem "tirar castanhas do fogo" para os EUA. O jornal The Moscow Times informa que a Rússia alerta contra sanções ‘destrutivas’ contra Putin. Sancionar Putin causaria sérios danos aos esforços diplomáticos para aliviar as tensões crescentes sobre a Ucrânia, disse o Kremlin.

WSJ aposta na manchete sobre as oscilações do mercado: Dow e S&P 500 fecham em baixa com a continuação da turbulência do mercado de ações. “Os índices de ações dos EUA reduziram algumas de suas perdas em mais um dia de negociações turbulentas, enquanto os investidores aguardavam a reunião de política do Federal Reserve e analisavam os principais ganhos”, reporta o jornal.

Na imprensa inglesa, a crise política que ameaça o primeiro-ministro é manchete nos jornais. Financial Times destaca que Boris Johnson se prepara para a luta pela sobrevivência, enquanto a política acelera a divulgação do relatório das festas de Downing Street. No GuardianPerigo para o primeiro-ministro: denuncie o rolo enquanto a polícia intervém sobre as festas. E o TimesPolícia insiste que o relatório da festa seja publicado na íntegra.

 

AS MANCHETES DO DIA

Folha: Desigualdade no setor público já supera a do privado

Estadão: Em seis estados e no DF, UTIs têm mais de 80% de ocupação

O Globo: OCDE impõe contrapartida ambiental para ingresso do Brasil

Valor: Para entrar no ODCE, Brasil terá de frear desmatamento

UOL: Aula presencial volta em 18 estados e DF; cenário muda se pandemia piorar

G1: Tratamento precoce: 3 antivirais aprovados no exterior contra covid

R7: Governo federal prevê R$ 15,7 bilhões para gastos com enfrentamento à Covid neste ano

Luís Nassif: Quanto Sérgio Moro recebeu da Alvarez & Marsal

Tijolaço: FMI, otimista, vê 0,3% para PIB do Brasil. Nem isso

Brasil 247: Gaspari compara movimentos de Lula aos de Tancredo e vê isolamento dos adversários

DCM: Haddad dá entrevista ao DCM TV

Rede Brasil Atual: Censo da população de rua de São Paulo não mostra a realidade, contesta movimento

Brasil de Fato: Absorventes, patentes e Eletrobras: entenda os vetos que o Congresso vai analisar pós-recesso

Ópera Mundi: 'Partygate': Polícia de Londres investiga festas na residência de Boris Johnson durante lockdown

Vi o Mundo: Coletivo alerta: Procurador Diogo Castor de Mattos tenta fugir da pena de demissão; recurso será julgado nesta quinta

Fórum: Após encontro com Lula, pastor rebate Igreja Universal: “Edir Macedo não pode falar por evangélicos”

Poder 360: Alckmin deve esperar definição em SP para anunciar filiação

Congresso em Foco: Afinal, haverá um sucessor de Olavo de Carvalho para os bolsonaristas?

New York Times: Líderes da Ucrânia reagem à ameaça com ar de calma

Washington Post: Cresce o medo da guerra na Ucrânia

WSJ: Mercado cai à medida que negociações turbulentas persistem

Financial Times: Johnson se prepara para a luta pela sobrevivência enquanto Gray acelera a divulgação do relatório das festas de Downing Street

The Guardian: O perigo do primeiro-ministro: denuncie o rolo enquanto a polícia intervém sobre as festas

The Times: Gray insiste que o relatório da festa seja publicado na íntegra

Le Monde: Presidencial: a reforma da herança em debate

Libération: Prostituição de menores: “Nunca pensei que faria isso”

El País: EUA e Europa divergem em sua estratégia frente a Rússia

El Mundo: Sánchez não prevê chamar Casado e acumula oito meses sem fazê-lo

Clarín: FMI diz que segue negociando mas insiste com um plano “sólido e factível”

Página 12: Você tem email

Granma: Vacinação pediátrica concluída, nenhuma criança cubana morreu

Diário de Notícias: 153 detidos. Polícia judiciária abre guerra às gangues

Público: Fundo tem sete milhões para reembolsar viagens canceladas pela pandemia

Frankfurter Allgemeine Zeitung: E todos os dias o cotonete diz olá

Süddeutsche Zeitung: Inflação. A vida cotidiana se torna tão cara 

Moskovskij Komsomolets: Lavrov: há menos pessoas no mundo que querem "tirar castanhas do fogo" para os EUA

The Moscow Times: Rússia marca 6º dia consecutivo de casos recordes de Covid

Global Times: China ajudará 5 países da Ásia Central com 50 milhões de vacinas adicionais, para continuar 'confiança política mútua de alto nível'

Diário do Povo: China e países da Ásia Central prometem construir comunidade com futuro compartilhado

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