sábado, 12 de fevereiro de 2022

Milícias digitais incluem lives de Bolsonaro, diz PF

 

As milícias digitais que agem contra as instituições democráticas usaram a estrutura do chamado “gabinete do ódio” e incluem as lives semanais do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta de um relatório, ainda não conclusivo, enviado pela Polícia Federal ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes. Gabinete do ódio é o apelido de um grupo de assessores e pessoas ligadas ao presidente voltado para a difusão na internet de notícias falsas e difamação de adversários. Segundo o relatório, assinado pela delegada Denisse Ribeiro, os investigados “se uniram de forma estruturalmente ordenada” para obter vantagens financeiras e políticas. O documento cita como exemplo da campanha ordenada de desinformação a live em que Bolsonaro atacou sem provas o sistema de urnas eletrônicas e a ampla divulgação de tratamentos sem eficácia contra a covid-19 e de informações falsas contra as vacinas. (UOL)

Aliás... A postura do presidente em relação às vacinas o desgastou perante a opinião pública, admite o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha do pai à reeleição. Mas o Zero Um tem um discurso pronto. “Bolsonaro garantiu a vacina para todo o Brasil. Quem quis tomar a vacina teve acesso a ela. Ele é a favor da liberdade de a pessoa escolher o que quer fazer”, argumenta. O senador também atacou as pesquisas que mostram o ex-presidente Lula (PT) liderando a corrida eleitoral e desqualificou o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), chamado de traidor. (Globo)

Enquanto isso... Jair Bolsonaro apresentou ontem em sua live semanal uma “prova” de que as pesquisas eleitorais são falsas: a comparação de audiência entre sua transmissão e a live de aniversário do PT. Como seu público online foi maior, as pesquisas, que seguem metodologias científicas, “não batem com a realidade”. (UOL)




Guilherme Amado: “O ex-presidente Lula assegurou a um grande empresário do agronegócio que Geraldo Alckmin irá se filiar ao PSD para disputar a eleição como o seu vice.” (Metrópoles)

Enquanto isso... O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira quer que a distribuição de cargos no comando de uma federação com PT, PV e PCdoB leve em conta o número de prefeitos e vereadores, onde sua legenda leva vantagem, em vez somente da bancada federal. Com mais deputados, os petistas não aceitam, enquanto os partidos menores, que têm poucos prefeitos, temem ficar de fora da cúpula da federação. (Folha)




A migração do ex-ministro Sérgio Moro do Podemos para o União Brasil foi descartada, segundo fontes ligadas ao pré-candidato. Mesmo uma coligação entre os dois partidos parece cada dia mais difícil, devido a questões regionais. Em vários estados, líderes locais da nova legenda são aliados de adversários de Moro, como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). Além disso, alguns dos prováveis candidatos do União Brasil foram investigados pela Lava-Jato e repelem uma aliança com o antigo algoz. (UOL)




O STF formou maioria em julgamentos que beneficiaram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os senadores do MDB Renan Calheiros (AM) e Jáder Barbalho (PA). Os dois casos são relatados pelo ministro Edson Fachin. No primeiro, ele rejeitou uma denúncia de corrupção passiva contra Lira no âmbito da Lava-Jato. Ele é acusado de receber propina de R$ 1,5 milhão da construtora Queiroz Galvão. No segundo, arquivou um inquérito contra Renan e Jáder, por um suposto esquema de propinas na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Fachin afirmou que a PGR não conseguiu provar o pagamento a Lira nem ligar os senadores às propinas, e foi acompanhado por Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Os julgamentos no plenário virtual terminam hoje. (CNN Brasil)




Dois pesos, duas medidas. Bolsonaristas como o secretário de Cultura, Mário Frias, e os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saíram em defesa do ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan após fazer ao vivo um gesto semelhante a uma saudação nazista. Ao mesmo tempo, o Zero Três anunciou uma ação no Conselho de Ética da Câmara contra o colega Kim Kataguiri (DEM-SP), que, no podcast Flow, classificou como “um erro” a Alemanha ter criminalizado o nazismo após a Segunda Guerra. O motivo para as posturas conflitantes? Uma pista: Kataguiri, líder do MBL, rompeu com o governo Bolsonaro e faz campanha para Sérgio Moro (Podemos). (Estadão)

Enquanto isso... O Tribunal de Justiça do Rio deu 48 horas para que Flow tire do ar e de suas redes sociais os comentários do apresentador Bruno Aiub, o Monark, em que ele defende a criação de um Partido Nazista no Brasil. A ação foi movida pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj). Kataguiri criticou a Alemanha no mesmo episódio do podcast, e Adrilles fez o gesto polêmico ao defender acaloradamente Monark, afastado do Flow após reação de patrocinadores. (UOL)

Meio em vídeo. Partido Nazista pode nos Estados Unidos, mas não pode na Alemanha? Por que Partido Nazista não pode, mas Partido Comunista pode? Como é que a gente decide se uma ideia é perigosa demais para circular? A semana ficou carregada com essas perguntas pairando no ar. E elas têm respostas. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




O Departamento de Estado dos EUA orientou os cidadãos americanos a deixarem a Ucrânia, diante do risco de conflito com a Rússia. Segundo o presidente Joe Biden, “as coisas podem enlouquecer rapidamente”. (g1)

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