sexta-feira, 27 de março de 2020

Guedes fala em pacote de R$ 750 bi


O ministro Paulo Guedes está trabalhando em um pacote que somará R$ 750 bilhões para enfrentar o impacto econômico do novo coronavírus. Parte deste dinheiro já havia sido anunciado — são medidas como liberação de depósitos compulsórios do Banco Central, reforço no Bolsa Família e antecipação de 13º dos aposentados. Haverá ajuda do governo para que micro e pequenas empresas mantenham seus empregados — em alguns casos, o Estado poderá arcar com até 100% dos salários. Em grande parte, não é dinheiro novo, apenas adiantamentos. (G1)
Então... A Câmara dos Deputados aprovou, ontem um projeto que destina R$ 600 a toda pessoa que comprovar não ter renda, por pelo menos três meses. Mães que comandam sozinhas famílias podem receber duas cotas, totalizando R$ 1.200. Ainda será preciso passar pelo Senado. (Poder 360)
Nas contas do governo, o benefício atingirá 24 milhões de pessoas. A campanha Renda Básica que Queremos, que conta com o apoio de inúmeras empresas e economistas, avalia que pelo menos 77 milhões de brasileiros precisarão de uma ajuda assim.
Nada é tão simples. Na outra ponta, os bancos estão apertando o torniquete — empresas, de micro a grandes, que os procuram para negociar dívidas, em busca de capital de giro ou empréstimos a longo prazo, estão encarando maior rigidez do que antes da pandemia. Os mais atingidos são bares e restaurantes, os primeiros a sentir o impacto da crise. A promessa da Febraban era outra. (Folha)



O governo federal vai colocar nas ruas uma campanha pelo fim dos regimes de confinamento e volta ao trabalho. Cada filme, que já está circulando nas redes sociais bolsonaristas, termina com o slogan ‘O Brasil não pode parar’. (CNN Brasil)
Assista aos filmes encomendados pelo Planalto. (Facebook)
Jair Bolsonaro: “O brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali. Ele sai, mergulha e não acontece nada com ele. Eu acho até que muita gente já foi infectada no Brasil há poucas semanas ou meses. E eles já tem anticorpos que ajuda a não proliferar isso daí. Estou esperançoso que isso seja realmente uma realidade.”
Enquanto isso... Painéis em Brasília, veiculados por Santander e Sabin, pedem à população que não saia de casa. (Poder 360)







O general Marcos Antônio Amaro, que comando a Casa Militar durante o governo Dilma Rousseff, é o novo chefe do Estado-Maior do Exército, o segundo cargo em importância na Arma. O seu é um dos muitos nomes de generais que trocaram cadeiras, numa extensa lista de promoções e remanejamentos publicada ontem. De acordo com Matheus Leitão, é um sinal de Independência de Edson Pujol, comandante do Exército Brasileiro. (G1)
Pois é... Pujol veiculou um vídeo extensamente assistido pelas tropas no qual afirma que o combate à pandemia é, possivelmente, ‘a missão mais importante de nossa geração’. Entre os generais, a defesa é de que se mantenha a quarentena para proteger principalmente os soldados, que não raro vêm de famílias carentes. Assista.
Então... De acordo com Maria Cristina Fernandes, os generais vêm se afastando do Planalto. E há conversas sobre como convencer Bolsonaro a renunciar. (Valor)
Os militares temem o momento de instabilidade que pode vir da busca, pelo presidente da República, de um isolamento político. Na quarta, em frente ao Alvorada, Bolsonaro chegou a levantar a hipótese de o país sair da normalidade democrática, por conta de protestos na rua. O receio, segundo Igor Gielow, é bastante específico: “temem que o presidente, visto como instável e num momento de particular agressividade reativa, fomente radicalismos que acabem por envolver as Forças Armadas.” (Folha)



O Brasil viveu duas crises de saúde durante a Primeira República. Em 1904, foi a Revolta da Vacina. Não foi simples criar, no país, a cultura da vacinação. Mas foi tão bem criada que o Brasil se tornou referência — e isto devemos a um tipo ímpar, o sanitarista Oswaldo Cruz. Depois, entre 1918 e 19, foi a Gripe Espanhola. Matou, até, o presidente da República — Rodrigues Alves, que estava de quarentena quando morreu. Aquela pandemia matou 300 mil brasileiros. Estas histórias são daquelas que todos já ouvimos falar mas poucos conhecem. Já vivemos isso antes.

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