quinta-feira, 19 de agosto de 2021

A luta dos haitianos para sobreviverem no epicentro do terremoto

 

 

Depois do terremoto, a luta para sobreviver. O Haiti já registra cerca de 2.000 vítimas e 7.000 feridos após ser atingido por um terremoto de magnitude 7,2, o que elevou ainda mais a emergência humanitária na já debilitada nação caribenha. Diretamente de Les Cayes, uma das comunas haitianas atingidas pelo desastre, a enviada especial Lorena Arroyo conta como ruas se tornaram fileiras de escombros. O sismo de sábado foi mais forte e atingiu uma superfície maior do que o de 2010, que deixou mais de 200.000 mortos e um trauma coletivo em um país que já enfrenta uma lista de crises, do campo político ao sanitário. “O que vamos fazer? Aqui não temos Governo. Nos ajudamos entre nós. É o que temos como qualidade no Haiti, mesmo quando não temos nada”, lamenta um haitiano.

No Afeganistão, após tomar o poder —deflagrando a fuga de milhares de civis e uma crise internacional—o grupo fundamentalista Talibã promete comandar o país sob uma agenda "islâmica e inclusiva". O grupo projeta mais liberdades e tolerância contra minorias, mas os primeiros dias do regime se mostram diferentes, com uma resposta violenta à primeira onda de protestos contra os novos comandantes, conta Angeles Espinosa, de Dubai. Longe dali, nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden ainda tenta contornar os efeitos da tumultuada retirada das tropas norte-americanas de solo afegão. Nesta quarta, ele quebrou o silêncio e entrou em contato com líderes de Reino Unido e Alemanha para falar da situação afegã, relata María Antonia Sánchez-Vallejo. As ligações do democrata para Johnson e Merkel trataram da “necessidade de uma colaboração estreita e contínua entre os aliados e parceiros democráticos no Afeganistão de agora em diante".

É dos Estados Unidos também que vem a esperança de recuperação da crise na Venezuela. O Governo Nicolás Maduro reivindica o controle da Citgo, subsidiária norte-americana da estatal PDVSA, que ficou na engrenagem criada pelo líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido na época como presidente interino por mais de 50 países. Apesar das limitações sob as quais opera, a Citgo divulgou na segunda-feira um pequeno lucro no segundo trimestre do ano, o primeiro desde 2019, e continua sendo a oitava maior refinaria dos Estados Unidos, segundo a Reuters. Independente de quem detiver o controle sobre a empresa, é consenso de que a recuperação econômica da Venezuela passa por ela, conta Isabella Cota.

Na página cultural, uma reflexão sobre a obra de Heitor Villa-Lobos. “Existem centenas de estudos sobre seu trabalho sinfônico, sua música de câmara, porém se fala muito pouco sobre a ligação de Villa-Lobos com os músicos populares, como se a música popular fosse uma coisa menor. Eles se esquecem de que Villa-Lobos estava realmente à vontade com todos aqueles que a sociedade da época desprezava, os músicos populares, como Pixinguinha e Cartola”, diz a musicóloga Ermelinda Paz a Chema García Martínez. Para entender Villa-Lobos, defende a pesquisadora, é preciso subir o morro e conversar com quem conhece o assunto.


A luta para sobreviver no epicentro do terremoto no Haiti: “Não temos nada”
A luta para sobreviver no epicentro do terremoto no Haiti: “Não temos nada”
Quem perdeu casa no tremor de sábado busca como seguir em frente, enquanto os feridos se recuperam em hospitais colapsados

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