segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Lula e seus assessores já trabalham com a possibilidade de Jair Bolsonaro não participar da eleição do ano que vem

 O inquérito administrativo contra o presidente Jair Bolsonaro aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta dos ataques às urnas eletrônicas tem um componente de potencial explosivo, revela o Painel. A Corte tem em mãos um dossiê de funcionários da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) detalhando o uso político da estatal não apenas na live em que o presidente admitiu não ter provas de fraude eleitoral. O caso já motivou uma notícia-crime no STF e pode caracterizar abuso de poder político e econômico, um crime eleitoral com potencial de inelegibilidade. (Folha)

Aparentemente alheio a essa situação, Bolsonaro participou de mais duas motociatas neste fim de semana. No sábado, o evento aconteceu em Florianópolis (SC), onde voltou a atacar ministros do STF, e ontem o presidente andou de moto com apoiadores do Distrito Federal. (Poder360)

Aliás... De olho em 2022, as medidas planejadas para alavancar a decrescente popularidade de Bolsonaro já atingem R$ 67 bilhões. (Folha)

Elio Gaspari: “Bolsonaro dá a impressão de que está metido numa briga com o ministro Luís Roberto Barroso, mas sabe que sua encrenca é com o ministro Alexandre de Moraes. Barroso chegou ao Supremo vindo da sua banca de advocacia. A carreira de Moraes foi outra: ele veio do Ministério Público e foi secretário de Segurança de São Paulo. Um aprendeu a defender seus clientes. O outro aprendeu a baixar o chanfalho em quem viola a lei.” (Globo/Folha)




Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula e seus assessores já trabalham com a possibilidade de Jair Bolsonaro não participar da eleição do ano que vem, revela a Coluna do Estadão. E isso não deixa os petistas felizes, pois avaliam que a polarização favorece Lula. Seria esse o motivo dos ataques do ex-presidente às tentativas de formação de uma terceira via. (Estadão)

Mesmo um eventual impeachment, porém, não tiraria Bolsonaro da eleição. Ao depor Dilma Rousseff em 2016, o senado, sob o patrocínio do ministro do STF Ricardo Lewandowski, manteve os direitos políticos da ex-presidente, criando um precedente. (Folha)




Radar: “A primeira notícia positiva para Jair Bolsonaro desde a chegada de Ciro Nogueira (PP-PI) na Casa Civil: se depender de Renan Calheiros (MDB-AL), a CPI da Pandemia terminará muito antes do que se imagina. O relator considera já ter elementos para fechar o relatório sem precisar usar os 90 dias de prazo da segunda temporada.” (Veja)

Esta semana a CPI tem dois depoimentos muito aguardados. Amanhã será ouvido o coronel da reserva Helcio Bruno, que teria intermediado um encontro entre a Davati e o então secretário-executivo do ministério da Saúde, coronel Élcio Franco. Na quinta-feira será a vez do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro teria atribuído a Barros “rolos” no Ministério da Saúde. (CNN Brasil)




Não se sabe bem o que os três enviados do presidente americano Joe Biden esperavam do encontro na quinta-feira com Jair Bolsonaro em Brasília. Mas certamente não era que o brasileiro repetisse as alegações falsas de Donald Trump sobre fraudes nas eleições dos EUA. Segundo fontes, os americanos saíram chocados. (Globo)




Vista inicialmente como um afago a Bolsonaro, a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de levar ao Plenário a PEC do voto impresso já é encarada por políticos como a oportunidade para sepultar de vez o assunto. A proposta foi rejeitada na comissão especial por 23 votos a 11, mas parlamentares avaliam que uma derrota igualmente expressiva no Plenário deixará o Executivo sem condições de insistir no tema. Hoje Bolsonaro usa o voto impresso como casus belli em seu confronto com o Judiciário. Derrotado pela maioria da Câmara, ele precisaria lutar com o Legislativo também, o que nunca é um bom negócio. (Veja)

Dos 24 partidos representados na Câmara, 15 já se manifestaram contra o voto impresso. (Globo)

Meio em vídeo. Neste episódio de Pedro+Cora, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai comentam como o voto impresso pode significar um retrocesso para o sistema eleitoral brasileiro e seus perigos iminentes. Confira no YouTube.

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