domingo, 8 de agosto de 2021

Lira dá sobrevida a voto impresso enquanto articula nebulosa reforma política

 


O Brasil acordou neste sábado com mais duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ainda no início da madrugada, o fenômeno da canoagem Isaquias Queiroz arrancou rumo ao topo do pódio. Cinco anos depois de brilhar no Rio de Janeiro, ele conseguiu sua primeira medalha olímpica de ouro, a quarta de sua carreira. "Eu prometi pra vocês e fui atrás", comemorou ele após a vitória. Já no meio da madrugada, foi a vez de outro brasileiro, também baiano, partir para o tudo ou nada e garantir o primeiro lugar. O boxeador Hebert Conceição perdeu os dois primeiros rounds para o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, mas, no terceiro, achou um golpe de esquerda e nocauteou o adversário, finalizando a luta. "Eu sabia que estava perdendo e falei 'são três minutos para mudar a cor da medalha e buscar ouro. Era loteria, mas se eu tomasse o nocaute não perderia nada", contou ao final. Com as novas conquistas, o país passa a ter 18 medalhas, seis de ouro.

Na arena política, a proposta de migrar o sistema eleitoral brasileiro para o voto impresso, principal bandeira empunhada pelo presidente Jair Bolsonaro —ao custo de uma grave crise entre os três poderes, ganhou uma nova chance. Um dia depois de a proposta ser derrubada em comissão especial, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta sexta-feira que a obrigatoriedade do voto impresso será analisada pelo Plenário da Casa. Mesmo com raras chances de avançar, a medida dá munição ao bolsonarismo e lança uma “cortina de fumaça” sobre outras mudanças que os parlamentares articulam para o processo eleitoral no país, como conta o repórter Afonso Benites.

 

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) lembrou, nesta sexta-feira, que o mundo tem graves e urgentes desafios a enfrentar. Um relatório da entidade, adiantado com exclusividade pelo colunista do EL PAÍS Jamil Chade, explica que a piora constante do clima deve jogar a humanidade em um cenário de incerteza nas próximas décadas, gerando episódios generalizados de fome, pobreza, enfermidades e, como consequência, um boom migratório sem precedentes. A reportagem conta que para além do desastre humanitário, o descontrole climático também pode deixar biomas em um quadro crítico irreversível. A Amazônia, no limite, pode virar uma imensa floresta seca.

 

Em sua estreia como colunista do EL PAÍS, Márcia Lima, professora do Departamento de Sociologia da USP e pesquisadora sênior do Cebrap, fala sobre o fortalecimento do pensamento feminista negro. Mas destaca que "quando entramos na seara das desigualdades sociais e das transformações socioeconômicas, nossos avanços são tímidos, e, com a pandemia, identificamos retrocessos". Leia a íntegra em “Nossos passos vêm de longe”, mas a caminhada ainda é longa.

 

Para descontrair, uma crônica sobre o amor em tempos de Tinder e de pandemia. Apesar da dificuldade de manter encontros presenciais por causa do coronavírus, o aplicativo teve em 2020 seu ano mais ativo e registrou um aumento de 42% na atividade de seus usuários, conta Jaime Lorite. Os números seguiram subindo em 2021, e as conversas tendem a durar 32% a mais no ambiente do aplicativo, numa indicação de precaução. “Quem tem as duas doses [da vacina] é um partidão, vale a pena jogar a rede”, brinca Raquel, uma das usuárias entrevistadas.



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