O presidente Jair Bolsonaro já não está mais sem partido. Na manhã de ontem ele assinou sua ficha de filiação ao PL, sua nona legenda em três décadas de política. O filho Zero Um, o senador Eduardo Bolsonaro (RJ), e o ministro da Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho também se filiaram. A cerimônia contou com a participação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de oito ministros, deputados da base bolsonarista e convidados, entre eles o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Bolsonaro aproveitou o discurso para afagar o aliado e o Centrão. “Eu vim do PP. E confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Pode ter certeza que nenhum partido será esquecido por nós", afirmou. O presidente foi cuidadoso ao não falar de candidatura ou pedir votos, o que é proibido nesse momento pela Lei Eleitoral, mas fez um típico discurso de campanha, dizendo que vê pelo Brasil “o verde e amarelo no lugar do vermelho”. (g1)
Se o discurso de Bolsonaro foi conciliador (com o Centrão), coube ao Zero Um partir para cima dos adversários do pai. Sem citar nomes, Flávio Bolsonaro atacou Sérgio Moro (Podemos), dizendo que “a política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor”. Sobre Lula, o senador ironizou: “Querem nos fazer crer que um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro, está na frente de Bolsonaro nas pesquisas.” (Poder360)
Então... Essa referência a “ex-presidiário” provocou um certo constrangimento, conta Gerson Camarotti. Flávio discursava ao lado de Valdemar Costa Neto, que chegou a ser preso por envolvimento no mensalão do PT. “Quem entra em casa nova precisa respeitar o anfitrião”, reclamou nos bastidores um dirigente do PL. (g1)
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão que garantiu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na investigação das chamadas rachadinhas quando era deputado estadual. Por três votos a um, os ministros concluíram que o caso não poderia ser julgado na primeira instância, uma vez que, quando os fatos teriam acontecido, o Zero Um exercia mandato na Alerj. A segunda turma também anulou quatro relatórios do Coaf que apontavam o envolvimento de Flávio nas rachadinhas, forma de peculato em que o parlamentar se apropria de parte do salário de seus assessores. (Poder360)
Mesmo com a boa largada do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) na corrida presidencial, a pesquisa Atlas divulgada ontem mostra vitória do ex-presidente Lula (PT) em todos os cenários de segundo turno. Na simulação de primeiro turno, Lula lidera com 42,8%, contra 31,5% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 13,7% de Moro, 6,1% do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e 1,7% do governador paulista João Doria (PSDB). No segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 50,5% a 36%; Moro por 46,4% a 29,2%; Ciro por 42,3% a 21,3%; e Doria por 47,2% a 15,4%. (UOL)
O ex-presidente Lula (PT) disse ontem que tem uma “extraordinária relação” com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB e é cada vez mais especulado como seu possível companheiro de chapa em 2022. Lula, porém, além de mais uma vez não assumir a própria candidatura, disse que um eventual acordo dependeria da nova legenda de Alckmin. “Vamos ver, se na hora que eu definir se sou candidato ou não, é possível construir uma aliança política. Primeiro preciso ver em qual partido ele vai entrar, ele ainda não decidiu”, disse. (g1)
Meio em vídeo. No Conversas com o Meio desta semana, o professor de história da UNESP Alberto Aggio fala das diferenças entre as esquerdas brasileira, europeia e americana. Uma reflexão sobre seus discursos e para onde caminham. Analisa também quem é Lula no espectro político brasileiro. (YouTube)
Embora não tenha oficialmente cargo de direção no Podemos, o ex-ministro Sérgio Moro passará em dezembro a receber um salário de R$ 22 mil do partido. A prática é legal e comum. Lula recebe vencimentos como ex-presidente da República e salário como presidente de honra do PT. Ciro Gomes, um dos vice-presidentes do PDT, também é remunerado pelo partido. Até novembro, Moro era funcionário da consultoria americana Alvarez & Marsal. (UOL)
Após quase seis meses da indicação, acontece hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça para uma vaga no STF. Somente 29 senadores declararam abertamente apoio ao indicado “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro, que quando chegar ao Plenário precisará de 41 votos. (Estadão)
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