Variante ômicron não deve levar o Brasil de volta ao “pesadelo” pandêmico |
Cobertura vacinal e cenário epidemiológico “favorável” indicam boas perspectivas, dizem especialistas, que sugerem cautela e alertam: o país deve acelerar a aplicação da terceira dose de vacinas para evitar problemas |
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À medida que se tornam públicos os resultados dos primeiros estudos sobre a variante ômicron do coronavírus, o medo do pior vai passando. As notícias sobre a eficiência dos imunizantes disponíveis contra a nova ameaça elevam o otimismo, especialmente no Brasil, onde 80% da população adulta está vacinada com duas doses contra a covid-19, explica a repórter Joana Oliveira. Primeiramente identificada na África do Sul, onde menos de 40% dos adultos foram vacinados contra a doença, a ômicron fez os casos de infecção saltarem de 1% para 16% em novembro, mas os cientistas locais relataram casos leves, com poucos sintomas e de curta duração. “É improvável que o pesadelo que vivemos no início de 2021 se repita. Tudo indica que a ômicron causa menos casos graves do que a delta”, afirma Fabio Leal, infectologista e pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), referindo-se à variante que é predominante no Brasil. Um estudo preliminar das empresas Pfizer e BioNTech divulgado nesta quarta-feira reforçam esse otimismo. De acordo com a pesquisa, uma terceira dose de reforço de sua vacina contra a covid-19 aumenta em até 25 vezes os anticorpos neutralizantes e é eficaz contra a ômicron —embora as duas empresas tenham anunciado que estão desenvolvendo uma vacina específica contra a nova variante. O problema, entretanto, é enfrentar o negacionismo de uma parte da população mundial. A repórter Isabel Valdés conversou na Espanha com algumas dessas pessoas, que rejeitaram o imunizante e, depois, se arrependeram —muitas vezes após alguma consequência grave. Os não vacinados representam hoje, no país, os principais casos de internação em UTIs por covid-19. Os deputados alemães elegeram nesta quarta-feira o social-democrata Olaf Scholz para o cargo de chanceler (primeiro-ministro), à frente de uma coalizão que reúne também os verdes e os liberais. Scholz obteve 395 votos favoráveis, superando amplamente os 369 necessários para se tornar o sucessor de Angela Merkel à frente da maior economia europeia. Ele comandará uma inédita coalizão tripartite, que estreia em meio ao maior desafio que o país enfrenta desde o final da II Guerra Mundial, nas palavras de Merkel. Scholz conseguiu em poucos meses reverter uma campanha eleitoral que ameaçava arrastar ele e seu partido à irrelevância. Poucos apostavam no político discreto, com pouco carisma e tom de voz próximo ao sussurro. Os alemães foram convencidos por sua promessa de continuidade do legado de Merkel e sua fama de gestor eficaz e profissional, escreve Elena G. Sevillano. Quando o mundo despertou do horror do nazismo e compreendeu a dimensão do Holocausto, o assassinato organizado de seis milhões de seres humanos, uma pergunta se tornou inevitável: como é possível que centenas de milhares de pessoas, cidadãos exemplares em muitos casos, participassem de um crime tão descomunal? Mas, junto a essa pergunta, surgiu uma questão talvez mais importante para conseguir compreender a responsabilidade individual perante crimes de massa: a possibilidade de dizer não, negar-se a participar, arriscar a vida ou a carreira, o prestígio social, para ajudar as vítimas contra a atuação da maioria. De todas as histórias de pessoas que ajudaram judeus durante o Holocausto, está a do policial de fronteiras suíço Paul Grüninger (1891-1972). No momento em que os países fecharam suas portas aos refugiados judeus quando estes ainda podiam sair, Grüninger, que atuava no nordeste da Suíça, negou-se a acatar a ordem de fechar a fronteira aos refugiados judeus que chegavam da Áustria, anexada em março de 1938 pelo regime nazista, e deixou passar todos os que pôde. Depois de ser descoberto, em 1939, foi expulso da polícia e proibido de voltar a trabalhar para a administração pública, relata Guillermo Altares. |
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