quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A suspensão no Brasil do aplicativo de mensagens russo Telegram encontra resistência na cúpula da Procuradoria-Geral da República

 

pontada como uma medida para combater a disseminação de notícias falsas e o disparo em massa de propaganda eleitoral irregular, a suspensão no Brasil do aplicativo de mensagens russo Telegram encontra resistência na cúpula da Procuradoria-Geral da República. Sem as restrições do Whatsapp e do Twitter, o Telegram permite grupos de até 200 mil integrantes e atraiu a militância de extrema-direita em todo o mundo, incluindo os bolsonaristas. O TSE estuda suspendê-lo porque a empresa responsável não tem representação no Brasil nem atende a notificações da Justiça. Para aliados do procurador-geral Augusto Aras, no entanto, a inciativa equivaleria a censura. “Desinformação se combate com informação de qualidade”, diz um deles. (Veja)

Em outra frente, o TSE resiste à pressão de partidos para ampliar o prazo de formação das federações, previsto para terminar em 1º de março. Nelas, as siglas se unem nacionalmente e têm que atuar como uma só por quatro anos, o que protege os nanicos da cláusula de desempenho. Mas a dificuldade de fechar palanques regionais está atrasando as negociações. (Globo)



Além de lamentar prontamente no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou ontem luto oficial de um dia pela morte de Olavo de Carvalho. O ex-astrólogo e escritor, um dos gurus do bolsonarismo, morreu na noite de segunda-feira, nos EUA, aos 74 anos. (CNN Brasil)

Então... Desde o início de seu mandato, Bolsonaro tem sido seletivo nas demonstrações de pesar. Aos aliados, o luto; aos outros, o silêncio. Confira as mortes que o presidente lamentou e ignorou. (Poder360)

Há uma polêmica em torno da causa da morte de Olavo. Heloísa Carvalho, filha com quem ele estava rompido, disse nas redes que o pai morreu de covid-19, diagnosticada há cerca de dez dias. Já o médico particular dele, Ahmed Youssif El Tassa, afirmou a Bela Megale que uma “insuficiência respiratória aguda” causada por enfisema pulmonar matou o escritor. Olavo estava com covid, confirma o médico que não o examinou, morreu por sintomas de covid, mas a covid nada teve com a causa. (Globo)

Thomas Traumann: “Olavo de Carvalho morreu, mas o olavismo vai continuar influenciando a política brasileira por anos. Mesmo com o desapontamento do líder pelo presidente Jair Bolsonaro não ter fechado o Supremo e, pior!, ter negociado os principais ministérios com o Congresso, o olavismo deu ao bolsonarismo um modo de pensar e agir que se tornou a alma do governo.” (Veja)

João Pereira Coutinho: “Olavo não passa de um detalhe. Ele interessa como sintoma, e não como causa, da divisão que existe dentro da direita entre conservadores liberais e conservadores reacionários. Conservador reacionário, Olavo apontou para um caminho ruinoso e sem futuro. A modernidade política não é uma opção; é um fato histórico.” (Folha)




Após os acenos de Lula (PT) ao “PSDB histórico”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi às redes sociais ontem reafirmar seu apoio à candidatura do governador de São Paulo, João Doria, ao Planalto. “Já tive a oportunidade de manifestar o meu apoio ao candidato João Doria à presidência e que foi respaldada pelo meu partido”, tuitou. (Estadão)




O Podemos, partido de Sérgio Moro, vai formalizar hoje a filiação de integrantes do MBL e espera fortalecer o palanque do ex-ministro em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Os deputados estaduais Arthur do Val, hoje no Patriota, e Heni Ozi Cukier, do Novo, devem ser os candidatos ao governo e ao senado, respectivamente. Val muda de partido agora, autorizado pela atual legenda, enquanto Cukier vai esperar a janela de trocas, entre março e abril. (Folha)

Enquanto isso... O Subprocurador Lucas Rocha Furtado quer que o TCU peça ao Banco do Brasil e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre o salário que Moro recebeu da consultoria americana Alvarez&Marsal. A empresa, que atua na recuperação judicial da Odebrecht e contratou Moro entre 2020 e 2021, já se recusou a fornecer esses números. (Poder360)




Meio em vídeo. Leonel Brizola (1922-2004), que faria cem anos em 22 de janeiro, foi um dos nomes mais marcantes da esquerda brasileira. Em 1961, comandou a Campanha da Legalidade, que garantiu a posse de Jango. Com o golpe, foi cassado e exilado. Na volta, elegeu-se duas vezes governador do Rio, participou das Diretas Já e da campanha para a eleição de Tancredo e concorreu à presidência duas vezes. João Trajano, que é sociólogo, cientista político e professor da UERJ, conhece o Brizolismo como ninguém. Neste Conversas, falamos de sua importância na história brasileira e seu legado nos dias de hoje. (YouTube)

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