Os partidos políticos estão já em movimentação avançada para as eleições deste ano, mas julgamentos previstos para fevereiro no STF podem mudar de forma radical o cenário. O primeiro deles é a validade das federações partidárias, instrumento criado para dar sobrevida a partidos ameaçados pela cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais. Duas ou mais legendas podem se unir numa federação e disputar a eleição, mas a aliança abrange todo o país, os federados devem atuar como um só partido por quatro anos. Esse foi o aspecto destacado pelo relator no STF, ministro Luís Roberto Barroso, para votar em dezembro pela validade das federações. Outra mudança diz respeito à Lei da Ficha limpa. Uma ação do PDT quer que a inelegibilidade de oito anos conte a partir da condenação em segunda instância ou perda do mandato, não do fim do cumprimento da pena. O relator Kássio Nunes Marques aceitou, mas Alexandre Moraes pediu vistas. Por fim, o ministro André Mendonça pediu ao Executivo e ao Legislativo informações sobre o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões previsto para esse ano. (Folha)
Então... O argumento de Barroso em favor das federações pode virar letra morta. Segundo a coluna de Lauro Jardim, deputados de partidos de esquerda articulam uma mudança para reduzir de quatro para um ano a duração das federações. Siglas como PCdoB e Rede buscam uma federação com PT e PSB, mais o PSOL, para sobreviverem às próximas eleições, mas os partidos maiores não querem ficar amarrados uns aos outros no pleito municipal de 2024. (Globo)
Público cativo de Bolsonaro em 2018, o eleitorado evangélico entra 2022 dividido. A última pesquisa Genial/Quaest mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 35% das intenções de votos nesse segmento, em empate técnico com os 35% de Bolsonaro. Segundo a Coluna do Estadão, além da crise econômica, uma explicação para a perda de popularidade do presidente entre evangélicos estaria nas imagens de sua longa folga de fim de ano em Santa Catarina, onde apareceu dançando um funk machista ao lado de uma mulher de biquíni e andando de jet-ski. Para os religiosos, teria ficado a ideia de que o presidente tem pouco apreço ao trabalho e que o discurso conservador é da boca para fora. (Estadão)
Enquanto isso... Assim como o eleitorado, a outrora monolítica bancada evangélica no Congresso está rachada. Os deputados Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) trocam acusações na disputa pela liderança do bloco. O pano de fundo é um confronto de igrejas da Assembleia de Deus. Cezinha é ligado ao Ministério de Madureira, do bispo Manoel Ferreira; Sóstenes, à Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia. (Globo)
A despeito dos ruídos recentes, aliados do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) consideram que a chapa com os dois para as eleições do ano que vem está “pavimentada”. Nas últimas semanas, petistas favoráveis à aliança procuraram o ex-tucano para explicar a defesa de Lula à revisão da reforma trabalhista, que preocupou empresários. O anúncio oficial da chapa é esperado para fevereiro. Mas a resistência interna ainda é grande. Rui Falcão, ex-presidente do PT, diz que Alckmin é a “contradição de tudo” o que o partido já fez e pretende fazer e que as prioridades de um futuro governo petista não podem ser “determinadas pela Faria Lima”. (Folha)
O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou como ato de terrorismo o ataque a uma sinagoga na cidade texana de Colleyville na noite de sábado. Malik Faisal Akram, um britânico de 44 anos invadiu o templo armado e tomou quatro pessoas, incluindo o rabino, como reféns. Ele exigia a libertação da paquistanesa Aafia Siddiqui, que cumpre pena de 86 anos de prisão numa penitenciária do Texas por terrorismo. Akram foi morto pela polícia após a libertação dos reféns, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. (CNN Brasil)
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