O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou muito irritado com o ataque de seus antigos apoiadores, os olavistas, aos atuais, o Centrão. Na segunda-feira, durante um programa conservador no YouTube do qual participam, os ex-ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) não economizaram críticas às atuais alianças de Bolsonaro, embora não diretamente ao presidente. Os ataques começaram quando o pastor Silas Malafaia, convidado do programa, acusou os ministros oriundos do Centrão de não se empenharem na aprovação de André Mendonça para o STF. Weintraub emendou: “Um grande obstáculo que nós conservadores estamos passando, estamos sendo atacados continuamente, e fomos substituídos por essa turma do Centrão.” Bolsonaro ficou duplamente irritado. Primeiro porque seu governo depende cada vez mais do Centrão, e ele próprio se filiou a um partido do grupo. Segundo porque Weintraub, que acaba de voltar para o Brasil, insiste em se lançar candidato ao governo de São Paulo, posto no qual o presidente quer seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. (Globo)
Então... Acontece que o próprio Centrão não está muito animado. Em pelo menos cinco estados, partidos como PP, Republicanos e até o PL, ao qual Bolsonaro está filiado, não querem apoiar os candidatos do presidente ao governo. Em São Paulo, Pernambuco, Piauí, Ceará e Maranhão, por exemplo, esses partidos têm fortes vínculos com adversários de Bolsonaro, incluindo legendas de esquerda. (Estadão)
Se o governador paulista João Doria pensava que vencer as prévias do PSDB pacificaria internamente sua campanha à presidência, pensou errado. Seu principal adversário na consulta, o governador gaúcho Eduardo Leite defendeu em entrevista que Doria desista da candidatura caso continue empacado em quinto lugar nas pesquisas. Uma parte dos tucanos já ensaia uma dissidência em favor da senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, embora ela tenha um desempenho pior que o de Doria nas pesquisas. (Folha)
Fabrício Queiroz, aquele mesmo dos cheques para a primeira-dama e das suspeitas de rachadinha do Zero Um, tem grandes planos para este ano. O ex-PM negocia a filiação ao PTB para se candidatar à Câmara e prevê que, se contar com o apoio da família Bolsonaro, será o “deputado mais votado do Rio de Janeiro”. (Estadão)
Meio em vídeo. Um jesuíta do século 16 tem tudo a ver com a maneira como ‘adoramos’ certos políticos. Tem a ver com o fato de que nós e os mexicanos tivemos imperador, com o motivo de termos votado contra o parlamentarismo. Culturalmente, esperamos que os líderes sejam pais ao invés do que de fato são — nossos funcionários. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)
Gritando palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, servidores federais fizeram ontem um protesto em Brasília cobrando reajuste salarial de 28%. Os atos reuniram tanto a chamada “elite” do funcionalismo, como servidores do BC e da Receita, quanto professores federais, cuja média salarial é de R$ 3,8 mil. O estopim do protesto, que pode se desdobrar em greve no mês que vem, foi a previsão de aumento somente para a área de segurança, base de apoio de Bolsonaro. O vice-presidente Hamilton Mourão já avisou que não há dinheiro. (Metrópoles)
Então... Em um fio do Twitter, o professor do Ibmec e colunista Bruno Carazza mostra que as carreiras de Estado no Executivo, que incluem diplomatas, PF, Receita e BC, acumulam aumentos acima da inflação pelo IPCA desde 1998. A conta não inclui professores, médicos e outras categorias da base do funcionalismo. (Twitter)
A Polícia Federal tem até o dia 28 para ouvir o presidente Jair Bolsonaro sobre o vazamento, durante uma live, de informações de um inquérito sigiloso sobre um ataque hacker ao STF. O prazo foi estipulado pelo ministro do STF Alexandre Moraes. (g1)
E Moraes autorizou ontem a transferência do ex-deputado Roberto Jefferson da prisão para um hospital. O político, preso por ameaças ao STF, apresenta problemas respiratórios. (UOL)
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