quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Anvisa adiou nesta quarta-feira a decisão sobre o uso ou não no Brasil do autoteste contra covid-19

 

Contrariando o governo, a Anvisa adiou nesta quarta-feira a decisão sobre o uso ou não no Brasil do autoteste contra covid-19 e deu 15 dias para que o Ministério da Saúde envie mais informações. A pasta quer os exames caseiros distribuídos em farmácias e pediu uma reunião para hoje com representantes da agência. O autoteste é usado em diversos países, mas a Anvisa proíbe exames domésticos de doenças de notificação obrigatória, que é o caso da covid-19. (Poder360)

As internações por covid-19 de menores em UTIs no estado de São Paulo cresceram 61% entre novembro e janeiro. Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Buntantan, há um “deslocamento epidemiológico”, conforme as pessoas mais velhas são vacinadas, os efeitos da pandemia caem sobre a parcela menos imunizada. O governo paulista espera que a Anvisa libere hoje a aplicação da CoronaVac para crianças e adolescentes acima de três anos. (UOL)

O ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou que os MPs estaduais garantam o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no que se refere à vacinação de menores contra a covid-19. Em decisões anteriores, o Supremo já decidiu que os pais não podem deixar de vacinar os filhos por convicções filosóficas. (g1)

Ontem foram registrados 205.310 novos casos, a primeira vez que a marca de 200 mil infecções diárias é rompida. A média móvel em sete dias, 100.322, também foi a mais alta, subindo 478% em relação ao período anterior. O número de mortes na quarta-feira ficou em 349, com média móvel de 215, 114% a mais que nos 14 dias anteriores. Desde o início da pandemia houve 23.420.861 casos e 621.927 óbitos no país. (g1)

Mas há espaço para esperança. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, acredita que o pico de infecções no Rio e em São Paulo deve acontecer até a próxima semana. “Em fevereiro deve começar a cair o número de infecções e no resto do país, seguindo esse modelo, com uma ou duas semanas de atraso”, avalia o especialista. (CNN Brasil)




O antropólogo e escritor Antonio Risério publicou na Folha de S. Paulo, no último domingo, um artigo em que acusa a existência de racismo de negros contra brancos, no Brasil. Ele não nega que o Brasil seja racista contra negros, mas acusa o movimento negro identitário de reproduzir um projeto supremacista. O assunto, claro, incendiou as redes sociais — e a polêmica se ampliou. (Folha)

Um grupo de jornalistas da própria Folha distribuiu, o que é particularmente raro, uma carta crítica ao jornal. “Em mais de uma ocasião, a Folha publicou artigos ou colunas que, amparados em falácias e distorções, negam ou relativizam o caráter estrutural do racismo na sociedade brasileira. Esses textos incendeiam as redes, entrando para a lista de mais lidos no site. A seguir, réplicas surgem, multiplicando a audiência. Acreditamos que esse padrão seja nocivo. O racismo é um fato concreto da realidade brasileira, e a Folha contribui para a sua manutenção ao dar espaço e credibilidade a discursos que minimizam sua importância.” (Poder 360)

Também um manifesto de apoio a Risério foi publicado, com centenas de assinaturas incluindo as dos antropólogos Luiz Mott e Roberto da Matta. “O mal-estar que Risério causa é necessário para que os identitários, antiuniversalistas, relativistas e revanchistas saibam que a oposição existe e não será dobrada, não importa quantas grandes empresas tenham ao seu lado em sua cruzada pela desigualdade moral. Antonio Risério é no momento uma das vozes mais importantes do país, sobretudo por fazer oposição a uma ideologia intolerante e autoritária. Manifestamo-nos com um apelo para que sua livre expressão seja respeitada.” (Poder 360)

O editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, também respondeu. (Poder 360)



A Corte de Cassação da Itália, equivalente ao Supremo Tribunal Federal, negou o recurso do jogador brasileiro Robinho e seu amigo Ricardo Falco contra uma sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo. Segundo a Procuradoria de Milão, ele, Falco e outros quatro brasileiros abusaram sexualmente de uma mulher de origem albanesa numa boate em 2013. A Constituição proíbe a extradição de brasileiros, mas a lei prevê que, cumpridas uma série de condições, Robinho cumpra pena no Brasil. (Globo Esporte)

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