segunda-feira, 17 de maio de 2021

Dos ‘centennials’ aos ‘pandemials’: o futuro truncado de jovens na América

 


Aulas online, escolas fechadas, projetos que fracassam, primeiros empregos que não vêm e trabalhos cada vez mais precários: a crise econômica provocada pela pandemia atinge principalmente os jovens. Para a geração mais hiperconectada, os centennials ou geração Z —como são conhecidos os nascidos entre 1996 e 2010—, o coronavírus os obrigou a dedicar suas vidas ao mundo virtual e deixou seus planos de futuro no ar. Uma em cada seis pessoas entre 18 e 29 anos ficou sem trabalho na América Latina e no Caribe desde o início da pandemia, enquanto muitas outras viram seus empregos se tornarem cada vez mais precários. O EL PAÍS percorreu o continente para contar os efeitos da crise da covid-19 nesta geração. Do Brasil, a repórter Heloísa Mendonça narra a história de Vitória Varjão, 19 anos, que tenta sair da lista de desempregados há quase um ano e meio. “Hoje nem sequer posso escolher no que quero trabalhar, o que vier eu aceito", afirma a jovem.

O final de semana também foi marcado pelo recrudescimento da violência na Faixa de Gaza. A maior escalada de violência em sete anos deixou ao menos 42 pessoas mortas, entre elas 10 crianças, apenas neste domingo, e levou o secretário-geral da ONU a advertir as partes em conflito que “os ataques indiscriminados contra civis violam as leis internacionais." Trinidad Deiros Bronte escutou o testemunho de pessoas presas no fogo cruzado entre o Exército Israelense e as milícias do Hamas: “As bombas não davam um minuto de silêncio”. Para entender como tudo começou, publicamos os principais pontos da disputa.

Já a cidade de São Paulo se despediu do prefeito Bruno Covas, que morreu aos 41 anos em decorrência de um câncer. Integrante de uma das mais importantes dinastias políticas do país, o político do PSDB comandava a principal prefeitura brasileira desde 2018. A morte do tucano —que deixa um filho— causou repercussão nacional e comoção na capital paulista, que agora será governada por Ricardo Nunes (MDB), vice que assume em definitivo. Nesta edição, a repórter Beatriz Jucá traça um perfil do novo prefeito, ligado a uma ala conservadora da igreja católica, e apresenta as expectativas de aliados e opositores para a gestão municipal. E ainda nesta semana, o Brasil volta a acompanhar os desdobramentos da CPI da Pandemia, com o esperado depoimento do general Eduardo Pazzuello, na quarta-feira. O ex-ministro da Saúde obteve no STF o direito de ficar calado quando questionado sobre fatos que podem incriminá-lo, mas o incômodo causado pela investigação do Senado já provocou a reação de Jair Bolsonaro. O repórter Afonso Benites analisou a agenda oficial e conta como o presidente intensificou suas viagens pelo país desde que a CPI entrou na agenda política.

Você já se sentiu uma pessoa de poucos amigos? Pois uma pesquisa do psicólogo Robin Dunbar, de Oxford, mostra que você não está sozinho. O estudo concluiu que os humanos têm a capacidade de manter uma média de cinco amizades íntimas apenas, porque criar e manter esse tipo de relacionamento é muito custoso, tanto em termos de tempo despendido como de mecanismos cognitivos. “São os amigos mais próximos, mas esse número também pode incluir parentes de quem nos sentimos muito próximos. Pode até haver a circunstância em que essas cinco pessoas sejam todas da família”, explica o pesquisador.

Então, aproveite a semana para cultivar seus poucos e bons amigos. Mas de dentro de casa, se puder!


Dos ‘centennials’ aos ‘pandemials’: o futuro truncado dos jovens na América
Dos ‘centennials’ aos ‘pandemials’: o futuro truncado dos jovens na América
O EL PAÍS percorre o continente para conhecer os efeitos da crise do coronavírus na geração Z. O isolamento e a precarização do trabalho deixaram seus planos em suspenso

Nenhum comentário:

Postar um comentário