quarta-feira, 19 de maio de 2021

Pazuello na CPI: pressão sobre Planalto e constrangimento para Forças Armadas

 


O depoimento mais esperado da CPI da Pandemia, o de Eduardo Pazuello nesta quarta, subiu ainda mais de temperatura com as declarações do ex-chanceler Ernesto Araújo à comissão na terça. Araújo mentiu sobre os discursos anti-China, minimizou falas xenofóbicas de Bolsonaro e, de quebra, atribuiu os equívocos na condução da política externa durante à pandemia ao Ministério da Saúde — liderado por Pazuello. Os repórteres Beatriz Jucá e Afonso Benites explicam o que já há legalmente contra Pazuello e explicam que o general da ativa —investigado por suposta omissão na crise do oxigênio em Manaus— poderá permanecer calado em perguntas que possam incriminá-lo, mas segue obrigado a dizer a verdade sobre terceiros, inclusive sobre o presidente Jair Bolsonaro, elevando a pressão sobre o Planalto e o constrangimento para as Forças Armadas.

A cada hora, quatro meninas menores de 13 anos são estupradas no Brasil. Em notícias curtas na imprensa local, nas delegacias de polícia ou nos hospitais, pouco a pouco os casos vêm à tona e evidenciam um crime tão arraigado quanto silencioso na cultura machista e patriarcal do país. Uma violência democrática — não diferencia raça ou classe social — no desigual Brasil, conta Naiara Galarraga Gortázar. “A violência sexual contra crianças está envolvida por um pacto de silêncio”, enfatiza Márcia Bonifácio, chefe de uma equipe de psicólogos e psicopedagogos da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Na praia de El Tarajal, em Ceuta, um jovem tenta caminhar com a vista nublada e um pequeno agasalho infantil na mão. Dois soldados espanhóis pedem que passe entre as pedras do dique, mas a falta de força o faz parar entre duas rochas. Não consegue se levantar. Este é um dos relatos no dramático resgate de imigrantes que chegam aos milhares na fronteira espanhola desde a última segunda-feira. A leva de 8.000 migrantes — 1.500 deles menores— que chegaram nado ou a pé escancarou a crise humanitária na região e gerou um imbróglio diplomático entre a Espanha e o Marrocos. Os correspondentes do EL PAÍS em Ceuta e Fnideq, no Marrocos, trazem detalhes sobre a a situação na região.

Na seção o EL PAÍS que fazemosKiko Llaneras, especialista em dados do EL PAÍS, conta como estabelece uma relação de confiança com os leitores. “Às vezes estarão de acordo com o que digo, outras vezes não, mas se confiarem em que o que estou lhes dizendo foi feito com a minha melhor intenção... Esse é o acordo perfeito”, diz. Llaneras dedicou os últimos meses a cobrir a pandemia e a comparar dados e performances de diferentes países.


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