sexta-feira, 16 de julho de 2021

Depoimento na CPI faz líder do governo admitir estar ‘desconfortável’

 É propina, mas pode chamar de comissionamento. O representante de vendas da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, confirmou à CPI da Pandemia que o PM Luiz Paulo Dominguetti o informou de uma exigência de US$ 1 por dose numa negociação de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, mas que achou se tratar de “comissionamento extra”. Segundo Dominguetti, a exigência foi feita por Roberto Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde. Munido de cópias de mensagens, Carvalho disse ainda ter sido procurado insistentemente por dois grupos do ministério; um liderado por Dias, o outro pelo então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, hoje assessor da Casa Civil. (G1)

Confira os principais momentos do depoimento de Carvalho à CPI. (UOL)

A firmeza no depoimento de Carvalho fez com que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), se declarasse constrangido. Já o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou, dizendo que o Ministério da Saúde procurou a Davati com o mesmo empenho em que evitou a Pfizer. (Folha)

E o ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tenha acesso a todos os documentos da CPI que o mencionem. Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), o presidente Jair Bolsonaro disse que as irregularidades na compra de vacinas eram “rolo” de Barros. (Estadão)




Os médicos que acompanham o presidente Jair Bolsonaro no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, decidiram não operá-lo para desobstruir seu intestino, revela Lauro Jardim. Segundo eles, o quadro de saúde do presidente evolui “de forma satisfatória”, mas ainda não há previsão de alta. (Globo)

A presença de Bolsonaro mudou a rotina do Vila Nova Star. Tão logo se sentiu melhor, o presidente fez uma “hospitalciata”, visitando outros internados e fazendo uma live para criticar a CPI da Pandemia. Do lado de fora, motoristas e pedestres passavam gritando incentivos ou xingamentos a Bolsonaro. (Folha)




Meio em vídeo. Neste momento está acontecendo uma luta pela alma do Exército brasileiro. A primeira coisa a entender é que, não, os generais não são todos iguais. E ao menos parte deste jogo dá para nós compreendermos. Vamos entender essa história no Ponto de Partida? Confira no YouTube.




Na sessão que aprovou ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias, os deputados aproveitaram para triplicar o fundo eleitoral destinado ao pleito de 2022, em comparação com a eleição geral de 2018. Sim, triplicou. Os partidos terão, no mínimo, R$ 5,7 bilhões para fazer suas campanhas. O texto ainda vai passar pelo Senado. (Globo)

Por terem as maiores bancadas no Congresso, PT e PSL devem abiscoitar até R$ 600 milhões cada. (Estadão)

Nas redes sociais, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) classificou o aumento do fundo como inaceitável. Mas votou a favor. Seus seguidores no Twitter reclamaram. (Poder360)




Os deputados da comissão especial que analisa a instituição do voto impresso pretendem sepultar o assunto ainda hoje. Dezoito deputados e um suplente, o suficiente para derrubar a proposta, convocaram uma sessão extraordinária para votar o parecer do relator, o bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), favorável à mudança. (Estadão)

Cada vez mais alinhado com o Planalto, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) deixou a comissão do voto impresso após seu partido se posicionar contra a mudança. (Globo)




O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou ontem ter contraído Covid-19 pela segunda vez. Ele já havia sido infectado em agosto do ano passado. Doria diz estar sentido sintomas leves, o que atribui a já ter tomado duas doses da CoronaVac. (G1)




O Google conquistou na Justiça o direito de tirar do YouTube o canal Terça Livre, do influenciador bolsonarista Allan dos Santos, investigado por incentivar atos antidemocráticos. A página havia sido suspensa em fevereiro, mas Santos conseguira uma liminar para mantê-lo na rede, derrubada ontem. (Folha)




Então... O primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, está sendo investigado como mandante do assassinato do presidente do país, Jovenel Moïse, no último dia 7, segundo a TV colombiana. Joseph deveria deixar o cargo no dia do crime. Em vez disso, decretou estado de sítio e tomou para si as rédeas do governo. Segundo a emissora da Colômbia, o crime teve como cabeças Joseph, o ex-senador John Joël Joseph, que está foragido, e o médico Christian Sanon, que está preso. (Metrópoles)

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