quinta-feira, 22 de abril de 2021

Bolsonaro quer convencer mundo de que protege Amazônia

 

Embora o foco das críticas internacionais ao Brasil seja a política ambiental, o presidente Jair Bolsonaro deve levar hoje à Cúpula do Clima uma versão reciclada do discurso de quem executa essa mesma política, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em seus três minutos de fala, Bolsonaro deve reafirmar, sem dar detalhes ou estratégias, a promessa de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 que manifestou na carta enviada semana passada a Joe Biden, que convocou a cúpula. (Folha)

Acontece que os Estados Unidos querem ação. Fontes do governo americano disseram ontem, embora seja nítido que haverá um esforço internacional para ajudar o Brasil, o país terá que avançar sozinho antes de terceiros se envolverem. (G1)

Pois é... Em encontro virtual com empresários, Salles insistiu que o Brasil deve receber fundos para evitar o desmatamento. Ele quer, entre outros recursos, US$ 1 bilhão por créditos de carbono derivados da redução do desmatamento entre 2006 e 2017, antes do governo Bolsonaro. (Globo)

Salles quer dinheiro mesmo tendo R$ 2,9 bilhões parados há dois anos nos cofres do governo para proteção do meio ambiente. São doações da Noruega e da Alemanha ao Fundo Amazônia, que não financia nenhum projeto desde o início do governo Bolsonaro. (Estadão)

Entenda o que é e como vai funcionar a Cúpula do Clima. (G1)

Com a cabeça a prêmio entre políticos e parte do empresariado, Salles ganhou um almoço de desagravo com a presença de Bolsonaro e de outras autoridades, na casa do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Com muitas autoridades e nenhum distanciamento social, o evento teve até foto oficial com a hashtag #FicaSalles. (Folha)

A menção no Twitter foi uma reação ao #ForaSalles que viralizou após o ministro bater boca com a cantora Anitta. Salles não gostou de a artista dizer que ele era um “desserviço para o meio ambiente” e reagiu chamando-a de Teletubbie, sem explicar a referência. Após uma longa troca de gentilezas (#ironia), Anitta se desculpou por não responder tão rapidamente porque trabalha. Até Marcelo Adnet entrou na confusão. (UOL)

Num tom de maior maturidade e contundência, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, afastado da superintendência da corporação no Amazonas, acusa Salles e o senador Telmário Mota (PROS-RR) de favorecerem madeireiros na região. (Globo)

Gabriela Prioli: “O Brasil e a Amazônia apareceram como motivo de grande inquietação. O Itamaraty, recentemente livre de Ernesto Araújo, aconselha que a Cúpula do Clima seja uma virada de discurso e de prática. Nada mais difícil para um governo que se recusa a melhorar.” (Folha)




O governo federal está preocupado com investigações e relatórios de diversos órgãos e instituições sobre sua conduta durante a pandemia. Jair Bolsonaro teme que documentos produzidos pelo TCU, pelo MP Federal e pela USP, entre outros, deem munição e mais legitimidade aos trabalhos da CPI da Covid, que deve ser instalada na próxima terça-feira. E o filho Zero Um, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), admite que o governo “perdeu o timing” na composição da CPI e espera mudar o colegiado com decisões na Justiça. (Globo)




Mesmo os ministros do STF simpáticos à Lava-Jato dão como certo que a Corte vai confirmar hoje, ainda que por placar apertado, a decisão da Segunda Turma que julgou (e decretou por 3 votos a 2) a  parcialidade de Sérgio Moro nos processos contra Lula, mesmo após o ministro Édson Fachin anular as condenações. Fachin afirma que, com a anulação, o julgamento da parcialidade perdeu objeto. (UOL)




Piorou o estado de saúde do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que enfrenta um câncer no aparelho digestivo com metástase em outras partes do corpo. Segundo especialistas do Hospital Sírio-Libanês, onde ele está internado há uma semana, Covas tem líquido nos pulmões e no abdômen. (Poder360)




Condenado em três acusações diferentes pela morte de George Floyd, o ex-policial Derek Chauvin teve divulgada ontem, como é praxe no EUA, sua foto com roupa de presidiário. Em maio do ano passado, Chauvin, um policial branco, pressionou com o joelho, durante nove minutos, o pescoço de Floyd, homem negro acusado de tentar passar uma nota falsa, até que ele sufocasse. A pena ainda não foi anunciada, mas pode chegar a 75 anos de prisão. (UOL)

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