terça-feira, 20 de abril de 2021

Bolsonaro vai à Cúpula do Clima com desmatamento recorde

Já se esperava que o Brasil não chegaria em sua melhor forma à Cúpula do Clima, convocada de forma virtual por Joe Biden para os dias 22 e 23. Mas os números do desmatamento na Amazônia divulgados nesta segunda-feira pioraram muito o cenário. Segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram derrubados 810 km² de árvores na Amazônia Legal em março. O equivalente à cidade de Goiânia. É mais que o dobro que o mesmo mês do ano passado e o pior resultado para março em dez anos. Os números contradizem as promessas da carta que Jair Bolsonaro enviou a Biden na semana passada. Nela, o brasileiro defendeu sua criticada política ambiental, prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2030, mas pediu dinheiro adiantado para cumprir essa meta. (Globo)

Entre os muitos críticos da carta está o vice-presidente Hamilton Mourão. Segundo ele, o Brasil “não tem que ser mendigo” na busca por recursos para combater o desmatamento ilegal. Mourão reconheceu que a tendência é de os outros países repassarem dinheiro se o Brasil apresentar bons resultados na área. (G1)

Políticos, artistas e representantes da sociedade civil brasileira pediram aos EUA e aos países europeus que joguem duro com Bolsonaro na negociação sobre o clima, conta Guilherme Amado. Em conversa com diplomatas, o grupo insistiu que pagamento adiantado não pode ser condição para execução de políticas ambientais. Não é a primeira vez que personalidades pedem firmeza de Biden com o presidente brasileiro. (Época)

Fontes diplomáticas dizem que a tendência é essa. Os EUA querem prazos realistas e um compromisso político claro e pragmático do Brasil para conter o desmatamento e reduzir as emissões de carbono. (Estadão)




Com a primeira sessão prevista para o dia 27, a CPI da Covid terá entre seus focos as demissões dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Os parlamentares acreditam que, por esse caminho, poderão identificar pressões de Jair Bolsonaro pela prescrição de tratamentos ineficazes. (Folha)

Por outro lado, perdeu força a ideia de convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a depor. Provável presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que vai tirar seu nome da lista inicial. (Poder360)

E como a campanha via Twitter não deu resultado no mundo real, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) entrou na Justiça Federal com uma ação para impedir que Renan Calheiros (MDB-AL) seja nomeado relator da CPI. Ela alega que o fato de Renan responder a inquéritos e processos no STF ser relator da CPI “fere o princípio da moralidade administrativa”. (Estadão)

Enquanto a CPI não começa, o governo já trabalha para se blindar, apontando mau uso de verbas federais por governadores e prefeitos. Segundo fontes, um grupo de servidores tem se dedicado exclusivamente a rastrear esse dinheiro e municiar os senadores governistas. (UOL)




Em sua tradicional conversa com apoiadores, Jair Bolsonaro comentou uma eventual candidatura de Lula, após a anulação dos processos contra Lula na Lava-Jato de Curitiba. “Um povo que porventura vote num cara desses é povo que merece sofrer”, disse. Sem falar abertamente em reeleição, o presidente lembrou a importância do pleito de 2022. No ano seguinte serão abertas duas vagas no STF, com as aposentadorias de Ricardo Lewadowski e Rosa Weber. (UOL)




Na véspera de deixar o Comando do Exército, o general Edson Leal Pujol destacou ontem, em cerimônia com a presença de Jair Bolsonaro, o papel das Forças Armadas como “instituição de Estado” com “lealdade ao Brasil e à Constituição”. (Globo)




Meio em vídeo. Os candidatos que não são nem Lula, nem Bolsonaro, vão lançar uma carta nova com os pontos em que concordam. Alguns deles, junto com Haddad, falaram juntos com muita cordialidade, num painel em Harvard. Mas o que deveria ser essa pauta básica para o Brasil a partir de 2022? Só vencer Bolsonaro é pouco. Confira o Ponto de Partida no YouTube.

E... Logo mais, às 18h15, vai ao ar o Conversas com o Meio desta semana. A entrevistada é a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que conta sobre e avalia a origem dos violentos ataques que recebe de seu próprio campo político pelas redes sociais. Em alguns casos, ameaças. Formada em ciências políticas e astrofísica pela Universidade de Harvard, nos EUA, ela foi a sexta deputada federal mais votada em São Paulo nas eleições de 2018. Tabata explica como pensa direita e esquerda e como compreende seu papel parlamentar. No YouTube.




Miguel Díaz-Canel se tornou ontem primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, após a renúncia na sexta-feira de Raúl Castro. Díaz-Canel já exerce a presidência do país desde 2018, também após o irmão de Fidel ter renunciado ao cargo. (Poder360)

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