sábado, 19 de junho de 2021

Oposição volta a testar fôlego nas ruas contra Bolsonaro

 


Neste sábado, a poucas horas de o Brasil registrar meio milhão de vítimas pela covid-19, movimentos antibolsonaristas testam de novo sua força. Voltam às ruas em pelo menos 400 cidades, o dobro de municípios dos últimos atos contra o Planalto, em 29 de maio. O impeachment do presidente Jair Bolsonaro, com base também nas revelações da CPI da Pandemia, a celeridade das campanhas de vacinação contra a covid-19 e o fim da violência contra a população negra são algumas das pautas das manifestações que ocorrerão ao longo do dia. “Há um sentimento hegemônico de basta, de não aguentar mais tanto a situação da pandemia, em si, como toda a catástrofe social do país”, comenta Douglas Belchior, porta-voz da Coalizão Negra por Direitos. Carla Jiménez e Joana Oliveira contam que, além de colocarem à prova a popularidade do mandatário, os protestos são também um teste para o ex-presidente Lula, cuja participação nas manifestações segue como uma incógnita.

Tempos horribilis na saúde e na economia contaminam também a Copa América, realizada no Brasil em 2021. Sem arrebatar os torcedores, mesmo com o bom momento da seleção no campeonato, o evento disputa holofotes com o Brasileirão e acontece sob a sombra da pandemia de coronavírus. Já são 82 contaminados pela covid-19, entre jogadores e equipe técnica. O repórter Diogo Magri escreve sobre a falta de empolgação do país com o torneio, que prejudica os planos de Bolsonaro de utilizá-lo como um trunfo político.

Também nesta edição, Cecília Olliveira analisa os desdobramentos pela morte, há uma semana, de Ecko, líder de uma das maiores milícias do Rio de Janeiro. Ele foi preso e assassinado dentro de uma viatura da polícia. Mas, desde então, nada mudou na capital fluminense, afirma Olliveira, que critica a falta de um plano do Governo estadual contra esses grupos paramilitares. "Estudo mostra que as polícias do Rio fazem quatro vezes mais operações em áreas controladas pelo tráfico de drogas do que pelas milícias", ela escreve.

No Oriente Médio, a apatia eleitoral tomou conta das eleições no Irã, a 13ª da história da República Islâmica, fundada em 1979. A enviada especial do EL PAÍS a Teerã, Ángeles Espinosa, explica como a falta de diversidade ideológica —em um pleito dominado pelos conservadores — somada à crise econômica e à pandemia têm afetado o nível de comparecimento às urnas.

Para ler com calma, como a covid-19 salvou um dos ícones do rock da falência. A marca de guitarras Gibson estava a ponto de fechar as portas, até que veio a pandemia e o confinamento social: um golpe de misericórdia para a empresa que inventou a guitarra elétrica em 1936. Luis Meyer explica que o isolamento social provocou a inesperada recuperação das vendas de violões e guitarras, permitindo a recuperação da empresa. "Durante o confinamento, as pessoas aproveitaram para fazer aquilo que nunca tiveram tempo, como tocar violão”, comemora James Curleigh, CEO da marca.

Protestos contra Bolsonaro testam outra vez o fôlego nas ruas neste sábado
Protestos contra Bolsonaro testam outra vez o fôlego nas ruas neste sábado
Há manifestações contrárias ao presidente marcadas em mais de 400 cidades. Impeachment, vacinação e fim da violência contra os negros estão na pauta

Nenhum comentário:

Postar um comentário