terça-feira, 12 de maio de 2020

A população está profundamente insegura



A agenda ultraconservadora do presidente Jair Bolsonaro continua se movendo durante a pandemia do coronavírus, que já levou mais 11.500 vidas brasileiras em meio à errática coordenação nacional do combate à doença. Ofuscada pela grave crise, uma série de escândalos do Governo nas áreas ambiental, de educação e de segurança pública, entre outras, ocorreu nestes quase 70 dias desde que a covid-19 chegou ao país. A reportagem de Gil Alessi conta como o Planalto conseguiu colocar em movimento políticas que são claros acenos para suas principais bases eleitorais: igrejas evangélicas, ruralistas, madeireiras, mineradoras, desmatadores e armamentistas. Tudo feito em detrimento dos direitos indígenas e ambientais, da educação e da redução da violência.
"Quando a população está profundamente insegura em relação ao futuro, tende a apoiar medidas que acredita, com ou sem razão, que a salvarão ―mesmo que isso signifique abrir mão dos seus direitos políticos", escreve Oliver Stuenkel em sua coluna nesta semana. Stuenkel analisa as lições que o golpe de Alberto Fujimori no Peru, em 1992, podem ensinar ao Brasil de 2020 e fala que o medo, especialmente no contexto da pandemia, pode ser um instrumento de legitimação de medidas de exceção. Enquanto isso, em Hong Kong, o fim das medidas de isolamento trouxeram de volta os protestos contra o domínio chinês: mais de 200 pessoas foram presas nos últimos dias.
Ainda nesta edição, uma dica para curtir no sofá ou dançar na sala sozinho ou acompanhado. A repórter Joana Oliveira conversou com a cantora Ludmilla, que se tornou uma voz feminina na nova geração do pagode. Apaixonada, a funkeira acaba de lançar o EP Numanice, em que canta sobre o amor: “Fiz pagode para todo mundo que ama”, diz.

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