Encurralado com caso André do Rap, STF acena para mudança interna

 

Como esperado, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou pela manutenção da ordem de prisão do traficante e líder do PCC André do Rap, que se encontra foragido desde sábado após ser solto por um habeas corpus de Marco Aurélio Mello. Apesar de ainda faltarem quatro votos, o placar provisório de seis a zero constrange o decano e mostra a complexa armadilha na qual se encontra a Corte, às voltas com um debate sobre o alcance das decisões individuais dos ministros e sobre o que fazer com a nova regra do Código Penal que entrou em vigor em janeiro. O repórter Afonso Benites explica que, durante a votação, os ministros sinalizaram para mudanças no regimento interno do STF para tentar coibir atuações isoladas. “Devemos falar sempre a uma só voz, sem que ninguém possa individualmente personificar o tribunal”, manifestou-se o ministro Luís Roberto Barroso. Juristas, no entanto, são céticos sobre a implementação da proposta. A cada quatro minutos no Brasil uma mulher “cai no banheiro”, “tropeça na escada” ou “escorrega no tapete da sala”. E a cada duas horas uma delas não sobrevive para inventar a próxima desculpa para os hematomas no rosto e no corpo. A repórter Joana Oliveira conta que algumas dessas vítimas assassinaram seus algozes e seus relatos foram reunidos em um livro. Em meio a histórias de dor, violência, horror, angústia e culpa, mulheres contam como mataram seus companheiros em legítima defesa. “Na hora que peguei o revólver, deu um branco total. Foi um instinto de sobrevivência”, relembra uma das sobreviventes em conversa com o EL PAÍS. Para Joice Hasselmann (PSL), São Paulo enfrenta um cenário pós-guerra com a pandemia. Para Márcio França (PSB), não é tolerável a crescente população levada a viver nas ruas pela crise. Os dois foram os entrevistados do segundo dia da série de sabatinas com os candidatos à Prefeitura de São Paulo realizadas pelo EL PAÍS em parceria com o canal MyNews. Nesta quinta será a vez de Filipe Sabará (Novo) às 14h e Marina Helou (Rede) às 18h. As conversas são transmitidas em tempo real nos canais do YouTube do EL PAÍS e no site do jornal e ficam disponíveis na íntegra. Também nesta edição, uma visita à história do Dia dos Professores. Conheça Antonieta de Barros, a parlamentar negra que oficializou a celebração pela primeira vez no Brasil, em Santa Catarina, nos anos 40.

Encurralado com caso André do Rap, STF acena para mudança interna Juízo sobre prisão do líder do PCC deve seguir nesta quinta e indica que tribunal encampará restrições em nova regra sobre prisão preventiva