terça-feira, 27 de outubro de 2020

STF se inclina por vacina obrigatória

 


Se a judicialização da vacina obrigatória parece mesmo inevitável, segundo informações de bastidores pelo menos sete dos 11 ministros do Supremo já se manifestaram reservadamente pela obrigatoriedade. Mas o presidente da Corte, Luiz Fux, ainda não incluiu as diversas ações sobre o tema na pauta do plenário. Até agora, ninguém na mais alta Corte deu a entender ser favorável à vacina facultativa. (Folha)

Então... Bolsonaro se queixou da judicialização do tema, prevista por Fux. Na visão do presidente, essa não é uma questão para a Justiça. “Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina”, disse ele. E, mais uma vez na contramão dos especialistas, questionou se não era “mais fácil e até mais barato investir na cura do que na vacina”. (Poder 360)

Mas... Enquanto laboratórios correm para produzir vacinas contra a Covid-19, a surpreendente discussão sobre a obrigatoriedade ou não da imunização ganhou um novo participante na figura do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mesmo sem defender abertamente, como fazem o presidente Jair Bolsonaro e a ala ideológica do governo, que a vacina seja facultativa, ele classificou a polêmica como “algo normal em uma democracia”. E foi além: “Acho que na Coreia do Norte não há nenhuma dúvida a respeito de se tem que tomar a vacina ou não.” (Globo)

No meio disso, uma boa notícia. A média móvel de mortes no Brasil registrada nesta segunda-feira foi a menor desde maio. De acordo com os dados apurados pelo consórcio de veículos de comunicação, houve ontem 17.791 novos casos e 288 novos óbitos por coronavírus no país. Por outro lado, mais seis estados se juntaram ao Amazonas e ao Amapá com indicativo no aumento de mortes: Acre, Ceará, Pernambuco e toda a Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). (G1)




Entrevistado ontem no Roda Viva, o marqueteiro João Santana entrou em todos os temas polêmicos nos quais esteve envolvido. “O caixa dois não foi uma unha encravada no sistema político brasileiro”, afirmou, “foi sempre a alma do sistema eleitoral.” Responsável pelas eleições de Lula e Dilma, Santana foi preso pela Lava Jato por ter sido pago pelo caixa dois. Para ele, a operação perdeu a oportunidade de resolver o problema. “Não seria muito mais importante para a purificação do sistema se a Lava Jato, quando descobrisse um caso de caixa dois da magnitude do nosso, tivesse mandado para a procuradoria-geral da República e pedisse que ela, junto com TSE, fizesse uma grande força tarefa no Brasil para examinar?” Para Santana, a operação ficou só no caso do governo de então sem ampliar seu escopo. Ele também responsabiliza Lula por ter desestabilizado Dilma. O ex-presidente queria ter sido candidato em 2014 no lugar de sua sucessora, ele afirma. “O tempo inteiro Lula não declarava, mas queimava a Dilma”, disse. “Qualquer empresário que visitava, qualquer político que visitava, ouvia ele falando mal da Dilma.” (UOL)

O publicitário também afirmou que faria novamente os duros ataques que fez contra a candidatura de Marina Silva, na campanha de 2014. “Era uma peça de exagero retórico”, ele falou, sobre o filme que levava o eleitor a acreditar que, caso a então candidata do PSB vencesse, o Bolsa Família acabaria, o poder iria para os banqueiros e a pobreza retornaria. “Que campanha é essa? Aliás, que candidatura é essa que não resiste a um comercial?”, perguntou Santana. Marina acusa a campanha petista de ter iniciado o processo mais acirrado de uso da mentira em campanhas eleitorais naquele momento. (Metrópoles)

Aliás... Ele acredita que uma chapa com Ciro Gomes candidato a presidente e Lula de vice seria imbatível. “Lula não pode perder, porque se perder afunda mais ele e o PT”, afirmou, imaginando como seria uma candidatura do petista. “E não pode ganhar porque vai estressar ainda mais o ambiente político.” Para Santana, a polarização do país iria piorar ainda mais. “Lula seria o melhor perfil de vice que poderia ter.” (UOL)

Assista à íntegra da entrevista.




O presidente americano Donald Trump deu posse, ontem, à juíza Amy Coney Barrett na Suprema Corte do país. Há muitas décadas o rito de aprovação no Senado não ocorria tão rápido — em um mês redondo ela foi indicada, sabatinada e aprovada, ontem mesmo, por 52 votos a 48. Todos os democratas votaram contra e com eles uma republicana — a senadora Susan Collins, do Maine, que corre o sério risco de perder sua eleição. Nunca na história americana um juiz havia sido elevado à Corte rejeitado inteiramente por um dos partidos. Mal terminou o voto no plenário, Trump convocou uma cerimônia relâmpago nos jardins da Casa Branca em que o juiz da Corte Clarence Thomas jurou sua nova e mais jovem colega. Aos 48, católica e tida como o nome mais conservador do tribunal, Barrett tem mandato para a vida. Os conservadores agora estão em seis a três no colegiado e este conjunto é que define como a Constituição é interpretada. (New York Times)

Uma pesquisa do Pew indica que, para 66% dos eleitores democratas, a questão dos juízes indicados por Trump é um dos critérios mais importantes para escolherem votar em Biden. O nível de irritação dos senadores democratas, que têm grandes chances de formar maioria na eleição que ocorre na próxima terça, dá mostras nos corredores do Capitólio. A sensação é de que a nomeação no semestre de eleição presidencial, que nunca havia ocorrido antes, foi jogo sujo. Caso Biden seja eleito e faça maioria nas duas Casas do Parlamento, a guerra no Judiciário vai escalar e é possível, até, que ocorra expansão do número de cadeiras na Corte. (Washington Post)




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