quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Brasil começa a vacinar em março


A vacinação contra a Covid-19 no Brasil deve começar em março do ano que vem e vai priorizar profissionais de saúde, idosos e indígenas. A informação faz parte do plano preliminar de vacinação, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o plano completo só ficará pronto após o registro de alguma vacina na Avisa. Medeiros informou ainda que não estão no planos as vacinas da Pfizer e da Moderna. A primeira precisa ser armazenada a -70º C, o que implica um problema logístico grande. A segunda aguenta pouco tempo em temperaturas de até -8º C, mas precisa ser transportada a -20º C.

O Reino Unido aprovou a vacina da Pfizer e deve começar a imunização da população na semana que vem.

Por aqui, segundo o ministério, a vacinação não será obrigatória. Entretanto, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, liberou para julgamento duas ações sobre o tema, com premissas opostas. Uma, do PDT, quer que o Supremo reconheça a competência prevista em lei de prefeitos e governadores para decidir sobre a obrigatoriedade. A segunda, do PTB, pede que esse trecho da lei seja suspenso. O julgamento deve acontecer no dia 11.

A ideia de que a Covid só atinge idosos está sendo desmentida nos hospitais privados paulistas. A média de idade entre os internados com a doença vem caindo nesta segunda onda, ficando agora entre 40 e 44 anos. Segundo especialistas pessoas mais jovens estão tentando retomar atividades e, com isso, se expondo mais ao vírus, enquanto idosos mantêm, por medo, o isolamento social. (Folha)

Na terça-feira o Brasil registrou 697 mortes por Covid-19, elevando o total de óbitos a 173.162. Houve 52.248 novos casos. A tendência, porém, voltou a ser de estabilidade. Mas há um dado alarmante. Segundo o IBGE, 9,7 milhões de brasileiros não obedeceram a nenhuma regra de combate à pandemia em outubro, quando o número de casos e mortes voltou a subir. Isso representa 4,6% da população.




Dois crimes ousados e praticamente idênticos aconteceram num intervalo de 24 horas em pontos extremos do país. A cidade catarinense de Criciúma amanheceu ontem em estado de choque devido a um assalto cinematográfico feito por cerca de 30 homens a uma agência do Banco do Brasil. A ação durante a madrugada envolveu o lançamento de um caminhão em chamas no batalhão da PM, trocas de tiros, explosões, tomada de reféns e lançamento de dinheiro pelas ruas da cidade. Os dez carros usados na ação foram encontrados horas depois no município vizinho de Nova Veneza. Quatro homens foram presos por furtarem parte do dinheiro deixado no asfalto. O governador Carlos Moisés admitiu que, pelo menos até o momento, o crime foi bem sucedido. Dada a precisão da ação, a polícia acredita que os bandidos estavam na região havia três meses preparando o crime. Ainda não há presos, fora os quatro que pegaram dinheiro no chão, nem se sabe sequer o total roubado. Para os moradores sobrou a lembrança de uma noite de pavor.

Já na madrugada de hoje foi a vez de Cametá, no Pará, viver uma situação idêntica. Ladrões atacaram o batalhão da PM, pegaram moradores como reféns, dispararam muitos tiros, usaram explosivos para arrombar uma agência bancária e fugiram, desta vez pelo Rio Tocantins. Segundo o prefeito Waldoli Valente, pelo menos uma pessoa morreu.




O ministro Dias Toffoli, do STF, suspendeu, em decisão monocrática, o decreto do Executivo que estimula a separação de alunos com deficiência no sistema educacional. A ação, movida pelo PSB, vai ser julgada pelo plenário (virtual) no dia 11. Para especialistas, o decreto é um retrocesso e reforça a discriminação contra esses alunos. Uma das principais defensoras do decreto é a primeira-dama, Michele Bolsonaro.

 

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