quinta-feira, 18 de março de 2021

A média móvel de mortes em sete dias no país ultrapassou pela primeira vez o limite de duas mil: 2.031

 A segunda ou já terceira onda da Covid-19 no Brasil vem rompendo limites em bases diárias, e o de ontem foi um dos mais alarmantes. A média móvel de mortes em sete dias no país ultrapassou pela primeira vez o limite de duas mil: 2.031, o que representa uma alta de 49% em relação ao período anterior. Segundo especialistas, uma variação superior a 15% indica descontrole da pandemia. Na quarta-feira foram registrados 2.736 óbitos, elevando o total a 285.136 vítimas fatais em um ano. (G1)

Para se ter uma ideia do que isso representa, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde indica que, entre 1996 (primeiro ano do sistema) e 2019, houve 281.278 mortes decorrentes de HIV, o vírus da Aids, até então agente externo mais letal do país. A Covid-19 precisou de apenas um ano para matar mais do que a Aids em 23 anos. (UOL)

Hoje ainda é dia 18, mas março já se tornou o mês com mais mortes nos três estados da Região Sul. A ocupação de UTIs está acima do limite no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e perto dele no Paraná. (G1)

E há um novo risco no horizonte para quem consegue uma vaga em UTI. No Distrito Federal e em pelo menos três estados, os estoques do “kit intubação” podem acabar em até 20 dias. (Globo)

Falando em material, o Ministério da Saúde comprou e distribuiu aos profissionais da linha frente máscaras que, segundo a Anvisa, são impróprias para uso médico e hospitalar. (Folha)

No campo das vacinas, representantes da União Química, laboratório que representa no Brasil a vacina russa Sputnik V, se reuniram com técnicos da Anvisa, mas não pediram a licença para uso emergencial do imunizante. Em compensação, o Instituto Butantan liberou mais dois milhões de doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde. (UOL)

Enquanto isso... Marcelo Queiroga ainda não assumiu a pasta da Saúde, mas já participa de eventos oficiais, onde defende posições bem diferentes das do governo. Ontem, durante a cerimônia de entrega pela Fiocruz de 500 mil doses de vacina fabricadas no Brasil, Queiroga pregou o uso de máscaras e o isolamento e criticou “aglomerações fúteis”. Já o presidente Jair Bolsonaro foi no sentido oposto ao do futuro ministro e se disse feliz com as carreatas do fim de semana contra medidas de restrição e toques de recolher. “Mostra que o povo está vivo”, disse. (UOL)

Buscando se contrapor a Bolsonaro, o ex-presidente Lula defendeu, em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN, que os EUA doem seu excedente de vacinas a países “como o Brasil ou mais pobres” e que o presidente Joe Biden convoque uma reunião emergencial do G20 para discutir os efeitos da pandemia. (Poder360)

A Covid não respeita fama. O ex-jogador Branco, de 56 anos, lateral da seleção do tetra, e o cantor Agnaldo Timóteo, de 84 anos, estão internados no Rio, sendo que o artista já está na UTI. (UOL)




Meio em vídeo. Por unanimidade, o STF considerou nula em casos de feminicídio a tese de “legítima defesa da honra”, que jogava sobre a vítima a culpa da própria morte. Segundo o Mapa da Violência, o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres. Meio Explica mergulha nas causas dessa violência de gênero e na tese que por tanto tempo a sustentou. Veja no YouTube.

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