segunda-feira, 8 de março de 2021

Governadores querem tirar do Planalto gestão da pandemia

 Diante da oposição do governo federal a medidas restritivas para conter a Covid-19, os governos estaduais estão se articulando para adotarem ações conjuntas à revelia do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Wellington Dias, governador do Piauí e representante do Fórum Nacional dos Governadores, eles pretendem implantar essas medidas até o dia 14 de março. Até o momento, ele conta, somente Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Acre e Roraima não confirmaram a adesão ao plano. A proposta, elaborada com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), deve ficar pronta ainda hoje, revelou o governador do Pará, Helder Barbalho. (Globo)

Os governadores se reúnem hoje com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e com a Fiocruz para tratar da compra de vacinas. (G1)

Painel: “Articula-se em Brasília um arranjo para colocar a cúpula do Congresso no comando do combate à crise da Covid-19, com o respaldo de governadores e até a participação do próprio ministro da Saúde. Após dez meses de submissão à cartilha bolsonarista e agora sob investigação, Eduardo Pazuello tem sinalizado com pedido de ajuda a gestores. A costura tem sido feita nos bastidores e com cuidado para não provocar a ira do presidente.” (Folha)

Essas medidas já vêm tarde. A média móvel de mortes por Covid-19 em sete dias, indicativa de tendência dos óbitos, subiu 42% no Brasil em relação ao período anterior, de acordo com números apurados pelo consórcio de veículos de comunicação juntos aos estados. No domingo foram registradas 1.054 mortes, elevando o total a 265,5 mil e a média móvel a 1.497, o nono recorde seguido. Uma variação de até 15% para mais ou menos indica estabilidade na média móvel, ou seja, que as mortes diárias se mantêm no mesmo patamar. (G1)

Tão importante quanto isolar é vacinar. As mortes por Covid de idosos acima 90 anos, faixa já vacinada, em São Paulo caíram 70%. Nos EUA, que já vacinaram 16% da população, a média móvel de mortes caiu 75%, embora o país ainda lidere em número de casos e de vítimas fatais no mundo. E em Israel, onde a vacinação atingiu 53% das pessoas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz que o país está prestes a voltar ao normal. (G1)

Aliás... A Pfizer confirmou ter feito, em agosto do ano passado, uma proposta de venda de 70 milhões de doses de sua vacina ao governo brasileiro, com entrega já em dezembro. O Ministério da Saúde recusou. (Folha)

Entende-se a preocupação dos governadores. São Paulo, o maior estado da União, está com mais de 80% das UTIs para Covid ocupadas, com risco de colapso nas próximas semanas. No Mato Grosso, não é mais risco, é fato. Com 59 pacientes esperando vagas em UTIs, o secretário de Saúde pediu ajuda a outros estados, mas não obteve resposta. Em Porto Alegre, a fila no hospital de referência para a pandemia nem é mais por leitos, é por respiradores. (UOL)

E o Ministério Público de São Paulo estuda uma forma de retirar as igrejas da lista de “serviços essenciais” estabelecida em decreto pelo governador João Doria, contrariando recomendações do próprio comitê de especialistas do estado. (Folha)

Uma notícia triste e um alerta para quem acha que a Covid é “doença de idosos”. Morreu, aos 39 anos, o humorista Kleber Lopes. Ele estava internado desde sábado. (UOL)

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, passou por um constrangimento provocado por ele mesmo no domingo. Em visita oficial a Israel, nosso chanceler participava de uma entrevista coletiva com colega local, Gabi Ashkenazi. Quando os dois se aproximaram para a foto oficial, o israelense cobriu logo o rosto, mas o brasileiro precisou ser chamado às falas pelo mestre de cerimônias: “Nós precisamos que coloque a máscara”. Araújo, constrangido obedeceu. Aliás, as imagens da comitiva que foi a Israel conhecer testes preliminares de uma droga contra a Covid-19 mostram a diferença de postura dos dois países. Em Brasília, com Bolsonaro, todos estavam sem máscaras; em Israel, todos tiveram de cobrir os rostos e fazer testes para a doença, incluindo Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). (G1)




Hoje é o Dia Internacional da Mulher, mas, pelo menos no Brasil, a data é mais de protesto que de comemoração. Segundo dados do serviços Disque 100 e Ligue 180, o país teve, em 2020, 105.671 denúncias de violência contra a mulher – cerca de uma cada cinco minutos. (Poder360)

Responsável pela divulgação desses números, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos gastou apenas 25% da verba dedicada a ações de combate à violência contra a mulher, o menor percentual em dez anos. (Globo)

A pandemia agrava a situação. Sem redes de apoio, como creches e escolas, e divisão das tarefas domésticas, mulheres veem sua capacidade de trabalho reduzida. O percentual de mulheres procurando emprego no Brasil no segundo trimestre de 2020 caiu ao mesmo nível de 30 anos atrás, 45,8%. (Folha)

Quer saber como surgiu e o que representa o Dia Internacional da Mulher? Confira o artigo de Érica Carnevalli publicado na última edição de sábado do Meio.




A grande preocupação da família real britânica era “quão escuro” seria seu primeiro filho com o príncipe Harry, revelou Meghan Markle em entrevista junto do marido à apresentadora Oprah Winfrey. O casal rompeu com a realeza e se mudou para os EUA, onde espera o segundo bebê, uma menina. (Poder360)

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