quarta-feira, 10 de março de 2021

Em apenas 24 horas, 1.954 pessoas perderam a vida para a Covid-19 no Brasil, fazendo da terça-feira o dia mais letal da pandemia

 Em apenas 24 horas, 1.954 pessoas perderam a vida para a Covid-19 no Brasil, fazendo da terça-feira o dia mais letal da pandemia e, como era previsível, quebrando novo recorde de média móvel de óbitos em sete dias, 1.572, 39% a mais que no período anterior. Já são 268.568 mortos desde março do ano passado. Ah, um detalhe, isso não inclui Goiás, que não divulgou seu total de mortos ontem. (G1)

Segundo a Fiocruz, o Distrito Federal e mais 12 estados estão com mais de 90% de suas UTIs ocupadas, o que indica proximidade de um colapso. Outras sete unidades da Federação já entraram em “alerta crítico”, com ocupação acima de 80%. Entre as capitais, o pior cenário é o de Campo Grande (MS), com 106% de ocupação – ou seja, há mais pacientes que leitos. (G1)

A fila por um leito em 14 estados já chega a 4,3 mil pacientes, sendo 2.257 à espera de vaga em UTI. A pior situação é no Paraná, com 1.071 doentes na fila – 509 para UTI. (Estadão)

E pelo menos 11 indícios apontam a omissão do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, na crise que atingiu Manaus no início do ano, incluindo o conhecimento prévio do risco de falta de oxigênio. (Folha)

Em São Paulo, que entrou em “alerta crítico”, o governo deve anunciar hoje medidas de restrição ainda mais rígidas, incluindo horários menores para o funcionamento de supermercados e farmácias. Não está prevista mudança no funcionamento das escolas, mas a Justiça paulista determinou que professores e funcionários não podem ser convocados para aulas presenciais. Desde a retomada das atividades escolares, em 8 de fevereiro, foram registradas 4.084 infecções e 21 mortes em colégios, incluindo dois estudantes. (Folha)

Enquanto os sistemas de saúde entram em colapso, a vacinação segue em ritmo mais lento que o previsto. O Brasil deve receber em março vacinas suficientes para apenas 6% da população, embora o Ministério da Saúde tivesse anunciado um patamar bem acima. Por exemplo, a previsão era de termos este mês 19 milhões de doses do imunizante de Oxford/AstraZeneca, mas problemas na importação da vacina e na produção pela Fiocruz reduziram esse número para 3,8 milhões de doses. (UOL)

Entre os problemas enfrentados pela Fiocruz estão condições tidas como draconianas no contrato com a AstraZeneca, como a exigência de exclusividade e proibição de venda ou exportação da vacina. (Globo)

Por conta do avanço generalizado da doença e do fornecimento menor de vacinas, o Ministério da Saúde desistiu de enviar doses extras para os estados mais afetados. O Amazonas, por exemplo, vinha recebendo 5% a mais de doses. Agora, informa o ministério, as vacinas serão distribuídas de forma “proporcional e igualitária” entre os estados e o DF. (Estadão)

Depois de meses criticando a “vacina chinesa” (CoronaVac) e criando atritos com o país asiático, o governo brasileiro se rendeu aos fatos e pediu ajuda. Alegando o risco de o programa de vacinação parar, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, pediu à embaixada da China que sonde a possibilidade de o laboratório Sinopharm fornecer 30 milhões de doses da vacina BBIBP-CorV. Até então, o imunizante não havia aparecido nas listas de vacinas avaliadas pelo ministério. (G1)





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