O Coachella, um dos maiores festivais anuais de música nos EUA, foi adiado. O Stagecoach, voltado para a música country, também foi adiado. Além do Miami Ultra Music Festival e da Calle Ocho. “Embora essa decisão chegue em um momento de incerteza universal, levamos muito a sério a segurança e a saúde de nossos hóspedes, funcionários e comunidade . Instamos todos a seguir as diretrizes e protocolos apresentados pelas autoridades de saúde pública”, disse o comunicado da Goldenvoice. Na semana passada, a decisão dos organizadores do SXSW foi vista como um ponto de inflexão. “O show deve continuar’ está no nosso DNA, e essa é a primeira vez em 34 anos que o evento em março não acontecerá.”
O coronavírus pode fazer a temporada de festivais de música desaparecer, avalia Sonia Rao, do The Washington Post. O jornal entrou em contato com diversos festivais agendados para os próximos meses nos EUA. Os dois que responderam, BottleRock Napa Valley and D.C.'s Broccoli City Festival, ocorrem em maio e disseram, ontem, que planejam seguir em frente enquanto continuam em contato com as autoridades de saúde.“Esse é o começo do vírus”, disse David Chidekel, advogado de entretenimento baseado em Nova York. Mesmo se uma cidade não declara calamidade pública ou limita o tamanho de ajuntamentos autorizados, Chidekel diz que há a ameaça de um “desastre de relações públicas” sobre os eventos de grande escala. Dessa posição, ele continua, não há tanto prejuízo em cancelar. Se o surto piorar, os organizadores vão estar na linha de frente daqueles tentando impedi-lo; se não, eles ainda serão “aqueles que de maneira prudente colocaram seus interesses financeiros em banho-maria pela segurança das pessoas”.
A perda financeira de jogar fora um festival pode chegar aos milhões. Os organizadores do SXSW confirmaram para o Austin Chronicle que não tinham seguro cobrindo cancelamento por “infecções bacterianas, doenças contagiosas, vírus e pandemias”. Mas há um argumento a favor do adiamento de festivais que encontra paralelo no que provavelmente aconteceu com o último filme de James Bond, No Time to Die, cujo lançamento foi adiado de abril para novembro. Os produtores devem recuperar o dinheiro gasto no outono, quando os cinemas na China, o segundo maior mercado de cinema do mundo, devem estar abertos novamente. De maneira similar, os fãs de música podem estar mais inclinados a participar de festivais em outubro.
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