quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Nesta quarta-feira o Brasil registrou 1.283 mortes por Covid-19. A média móvel de óbitos em sete dias ficou em 995, o que representa uma alta de 41% em relação às duas semanas anteriores

 A guerra das vacinas entre os governos federal e de São Paulo ganhou ares de corrida. O Ministério da Saúde pretende começar no dia 20 a vacinação em todo o país, começando pelas capitais. O avião que trará da Índia dois milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca fabricadas no país asiático deve chegar no sábado, véspera da reunião da Anvisa para decidir a liberação de uso emergencial desse imunizante e da CoronaVac. (Globo)

Para celebrar o início da vacinação, o ministério quer fazer uma cerimônia no Palácio do Planalto no dia 19, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e de governadores e a vacinação de um idoso e de um profissional de saúde. (Folha)

Para quem acredita em coincidências... Há semanas o governador João Doria (PSDB) vinha anunciando o início da imunização com a CoronaVac para o dia 25, aniversário da capital paulista, mas mudou o discurso e disse que a vacinação começa imediatamente após a liberação pela Anvisa. Isso puxaria o início do programa para o dia 18, véspera da cerimônia no Planalto. (Folha)

Enquanto os governos apostam corrida, empresas privadas estudam a compra de vacinas para imunizar seus funcionários e articulam manter por mais tempo o trabalho remoto. (Folha)

Sete estados brasileiros não contam com seringas e agulhas para iniciar a vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina. A informação foi repassada ao STF pelo Ministério da Saúde. Para suprir essa carência, o governo requisitou mais 30 milhões de desses insumos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo). No início do mês, a mesma quantidade já havia sido solicitada, com base em um artigo da Constituição.

E mais uma vacina vai entrar na fila da Anvisa. O imunizante russo Sputnik V deve ter o pedido de uso emergencial apresentado ainda nesta semana. O Fundo Russo de Investimentos Diretos, disse que poderá fornecer 150 milhões de doses da vacina ao Brasil ao longo de 2021.

Painel: “Secretários de Saúde estão irritados com ato da Anvisa que, segundo eles, deve causar mais demora para liberação da vacina russa Sputnik V. O órgão colocou em medida provisória deste ano a exigência do início de estudo clínico realizado no Brasil para analisar o pedido de uso emergencial. Gestores dizem que, em dezembro, Meiruze Freitas, diretora da agência, comprometeu-se a não impor esse obstáculo. (Folha)

Parceira da Universidade de Oxford, a AstraZeneca deu aval ao plano do Reino Unido de adiar a segunda dose de sua vacina para garantir a imunização de um número maior de pessoas. Outros países, inclusive o Brasil, estudam a mesma medida, que não é consenso entre os cientistas. (Globo)

Nesta quarta-feira o Brasil registrou 1.283 mortes por Covid-19. A média móvel de óbitos em sete dias ficou em 995, o que representa uma alta de 41% em relação às duas semanas anteriores – a média vem apresentando altas consecutivas desde o dia 8. Mais de 206 mil pessoas já morreram no país desde o início da pandemia.

A São Paulo já sofre os efeitos das aglomerações em festas de fim de ano, com as internações por Covid crescendo 19% nas últimas duas semanas. (Folha)

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