sexta-feira, 19 de novembro de 2021

A carta branca dada ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para negociar a entrada de Jair Bolsonaro não acalmou os ânimos no partido

 

O governo já percebeu que a PEC dos Precatórios vai ter no Senado uma tramitação muito mais difícil que a vista na Câmara e negocia concessões para tentar seduzir os senadores. Entre as mudanças propostas estão tornar permanente o Auxílio Brasil de R$ 400, hoje previsto apenas até o final do ano que vem. A PEC altera o teto dos gastos e a regra de pagamento de dívidas judiciais do governo para abrir espaço fiscal de R$ 91,2 bilhões em 2022. Outra proposta prevê que todo esse montante vá para o Auxílio Brasil, para programas sociais e para o reajuste de aposentadorias, seguro-desemprego e abono salarial. Mas há uma pegadinha. Todas essas novidades viriam numa outra proposta de emenda à Constituição, para evitar que a PEC dos precatórios tenha de voltar para a Câmara. (Globo)

Enquanto isso... Aliado do governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou ontem a possibilidade de os recursos liberados pela PEC dos Precatórios serem usados para conceder reajuste aos servidores da União, como sugeriu o presidente Jair Bolsonaro. (Poder360)




Marcadas para este domingo, a prévias do PSDB vão impactar os tucanos para a além da escolha de um pré-candidato ao Planalto. A indicação é disputada pelos governadores João Doria (SP), Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Está em jogo, por exemplo, a eleição de um novo líder na Câmara, contrapondo os grupos de Doria e do deputado Aécio Neves (MG), que apoia Leite. Na cúpula tucana há o temor de que a disputa interna enfraqueça o partido e dê mais espaço à ala bolsonarista da bancada, fazendo do PSDB mais um apêndice do Centrão que uma alternativa de terceira via. (Estadão)




A carta branca dada ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para negociar a entrada de Jair Bolsonaro não acalmou os ânimos no partido. Integrantes do partido que fazem oposição ao governo já ensaiam o desembarque. Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), por exemplo, diz a aliados que pretende sair do partido. Anteontem, após a reunião da legenda, ele afirmou que não estará no palanque de Bolsonaro. (Globo)

Vera Magalhães: “Um dirigente do PL, conhecedor profundo do modus operandi de Valdemar Costa Neto, resume da seguinte maneira a estratégia do cacique para as eleições de 2022: ‘Eleger mais de 60 deputados com Bolsonaro como puxador de votos e torcer pela vitória do Lula’. Valdemar e o petista são amigos, mantêm contato mesmo hoje, e Lula é considerado mais previsível e mais fácil de compor pela classe política, sobretudo o Centrão.” (Globo)




Após virtualmente assumir, em entrevista a Pedro Bial, a candidatura à presidência, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) fez em Brasília um tour típico de campanha, revela o Radar. Reuniu-se com os presidentes do PROS, Eurípedes Júnior, e do Patriotas, Ovasco Resende, que tentou filiar Jair Bolsonaro, e com deputados da chamada “bancada morista” do PSL. (Veja)

Aliás... Apontado por Moro como seu guru econômico, o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore desancou a PEC dos Precatórios, classificando-a como “clientelismo político”, e disse que o auxílio emergencial de R$ 600 pago no ano passado chegou a mais gente do que deveria. (Folha)




Meio em vídeo. Qual o tamanho do antipetismo em 2022? Aliás, você entende o que é e de onde vem o antipetismo? Conforme Bolsonaro despenca, entender essa força é fundamental para compreender o que vai acontecer no ano que vem. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




Guru maior do bolsonarismo, Olavo de Carvalho estava no Brasil desde julho para tratamento de saúde, mas voltou para os EUA repentinamente na semana passada. Aos seguidores, gravou um vídeo dizendo ter recebido a oferta de um “voo para dali a 15 minutos”. O que ele recebeu de verdade, revela o Painel, foi uma intimação da Polícia Federal para depor no inquérito que investiga uma milícia digital responsável por ataques à democracia. Ele já havia driblado a PF em agosto alegando razões médicas para não depor. (Folha)

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