quinta-feira, 18 de novembro de 2021

PL sacrifica acordos regionais para ter Bolsonaro

 

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, conseguiu dobrar a resistência de diretórios regionais e recebeu, numa reunião dos dirigentes da legenda, carta branca para acertar a filiação do presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político à legenda. A cerimônia de filiação estava marcada para o dia 22, mas foi adiada por divergências em relação a alianças regionais. “A gente não vai aceitar, por exemplo, São Paulo apoiar alguém do PSDB”, disse Bolsonaro no fim de semana, em Dubai. Ao sair da reunião, o senador Jorginho Mello (SC) disse que o partido não vai apoiar qualquer candidato local que não esteja alinhado ao presidente. (g1)

Ao sacrificar as alianças locais, Costa Neto mira na ampliação da bancada federal, por conseguinte, dos fundos partidário e eleitoral. Ele cita o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que teve mais de um milhão de votos em 2018. Hoje o PL tem 42 deputados, mas espera pular para 65 com a adesão dos bolsonaristas, tornando-se a segunda maior bancada na Câmara, atrás dos 81 de DEM e PSL, que estão em processo de fusão, e à frente dos 53 do PT. (Folha)




Em viagem pela Europa, o ex-presidente Lula foi recebido ontem pelo presidente francês Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu com protocolo de chefe de Estado. Um dos mais ferrenhos críticos das políticas do governo brasileiro, Macron conversou com Lula por cerca de uma hora, falando de comércio e meio ambiente, entre outros assuntos. Ao longo da viagem, Lula discursou em evento do Parlamento Europeu e se encontrou com o futuro chanceler alemão, Olaf Scholz, entre outros líderes da centro-esquerda europeia. (UOL)

Thomas Traumann: “A recepção de Macron a Lula é um símbolo evidente do prestígio do petista, mas ainda mais do descrédito do governo Jair Bolsonaro no exterior. O clima na Casa Branca é o mesmo do Palácio do Eliseu francês, que é o mesmo do Zhongnanhai chinês, que é o mesmo do Bundeskanzleramt alemão ou da Casa Rosada argentina: esperar até Bolsonaro deixar o poder para, só então, voltar a negociar com o Brasil.” (Veja)




Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manobra para liberar os recursos do orçamento secreto, suspensos pelo STF, senadores querem acabar com essa ferramenta já para o ano que vem, como revela Malu Gaspar. A ideia é proibir o pagamento de emendas que não estejam descritas na Constituição, o que é o caso das “emendas do relator”. Hoje, Lira controla a liberação de cerca de R$ 11 bilhões sem que se saiba que parlamentares tiveram os pedidos de verba atendidos. Integrantes do governo estariam apoiando a iniciativa a fim de reduzir o poder de Lira e eliminar um foco de atrito com o Supremo. (Globo)

Enquanto isso... O vice-presidente Hamilton Mourão não usou de meias palavras: “Isso aí (as emendas do relator) é o uso do Orçamento, de manobras orçamentárias, em benefício daqueles que apoiam o governo.” Ele, porém, considera o recurso legítimo, diferente do mensalão, que “colocava dinheiro na mão”. Na mesma entrevista, Mourão disse que, se quisesse, poderia ter articulado o impeachment de Bolsonaro, mas que é leal. (UOL)




O governo brasileiro está preparando um parecer a ser enviado ao governo americano contra a extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, pedida pelo STF, revela Igor Gadelha. O argumento do Ministério da Justiça é que Santos, suspeito de integrar uma milícia digital que age contra a democracia, é acusado de um “crime de opinião”. O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva dele e pediu sua extradição atendendo a uma solicitação da Polícia Federal. O ministro da Justiça, Anderson Torres, está furioso com o caso. Ele queria que a delegada federal Sílvia Amélia Fonseca de Oliveira, responsável por esse tipo de processo na Secretaria Nacional de Justiça, o informasse do andamento do caso, sem saber que o pedido de extradição já havia sido enviado aos EUA, para onde Santos fugiu no ano passado. A delegada foi exonerada. (Metrópoles)

A PF abriu inquérito para apurar interferência política no processo de extradição de Santos. O chefe imediato da delegada exonerada, Vicente Santini, é ligado aos filhos de Bolsonaro. (g1)




Símbolo maior da invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump em 6 de janeiro, Jacob Chansley foi condenado ontem a três anos e cinco meses de prisão. No dia do ataque ao Congresso americano, Chansley chamou a atenção com seu chapéu de chifres, uma bandeira do EUA pintada no rosto e o peito nu com tatuagens de símbolos nórdicos. (g1)

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