sábado, 20 de novembro de 2021

Indígenas sofrem onda de ataques no Brasil após a COP26

 

Invasões, incêndios e ameaças de morte: indígenas vivem onda de ataques após COP26
Lideranças dos povos originários tiveram destaque na cúpula climática em Glasgow, onde países ricos prometeram um fundo direcionado a eles. De volta ao Brasil, realidade se impõe com violência
Invasões, incêndios e ameaças de morte: indígenas vivem onda de ataques após COP26

EL PAÍS






Os indígenas brasileiros estão, hoje, espremidos entre duas realidades paralelas. Durante a cúpula climática da ONU, levaram a mensagem de que são parte essencial na luta pela preservação da Amazônia e denunciaram o desmonte da política ambiental promovido pelo Governo Jair Bolsonaro. Ganharam destaque e ouviram promessas de cooperação. De volta ao Brasil, longe dos holofotes da COP26 e dos países desenvolvidos que prometem proteger as terras indígenas demarcadas, a realidade se impõe com tiros, incêndios, invasões e ameaças. “A realidade internacional não está conseguindo incidir internamente no Brasil. Nós denunciamos essas violações, há uma sensibilização, mas o risco é muito grande quando a gente retorna”, explica a Felipe Betim o advogado e coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Dinamam Tuxá.

Graças ao avanço da vacinação em todo o mundo, a covid-19 mata cada vez menos pessoas. Mas a Europa se preocupa agora com um aumento no número de contágios pelo coronavírus. O Governo austríaco anunciou que a população retornará ao confinamento na segunda-feira, numa tentativa de controlar a atual quarta onda do coronavírus. Será o quarto confinamento para os austríacos desde o começo da pandemia, conta Sara Velert. Portugal também vai impor restrições para fazer frente à nova onda da pandemia, apesar de ser o país da União Europeia com a maior cobertura vacinal contra o coronavírus, com 86,5% da população com o esquema de imunizações completo, relata Tereixa Constenla.

Duas eleições definem neste fim de semana os rumos de dois países da América do Sul. A Venezuela chega aos pleitos regionais como o país mais pobre da América Latina. De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional, os venezuelanos terminarão este ano com um PIB per capita inferior à Nicarágua e ao Haiti, países que no ano passado eram os mais pobres da região, detalha Isabella Cota. Do Chile, Federico Molina Rivas e Rocío Montes contam que os dois candidatos que lideram as pesquisas estão em extremos do espectro político: José Antonio Kast, na ultradireita, e Gabriel Boric, na extrema esquerda. Nenhum deles alcançará 50% dos votos válidos – competem contra outros cinco candidatos –, e por isso deverão disputar um segundo turno em 19 de dezembro. 

Por último, um balanço do Grammy Latino, que premiou Caetano Veloso, Paulinho da Viola e o hino de protesto em Cuba. Outro destaque entre os brasileiros vitoriosos —Zeca Baleiro, Chitãozinho e Xororó e Ivete Sangalo também foram contemplados— foi o prêmio de Melhor Álbum Instrumental para Toquinho e Yamandu Costa, por Bachianinha - Live At Rio Montreux Jazz Festival. A cantora Anitta, que se apresentou ao lado de Carlinhos Brown, fez uma homenagem a Marília Mendonça, falecida em um acidente aéreo no início do mês.



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