quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Moro em terceiro, Pacheco candidato, a eleição engrena

 

Em apenas uma semana, as peças da eleição se mexeram rapidamente. Recém-lançado ao Planalto, o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro apareceu forte na primeira pesquisa conhecida, do PoderData, e é o candidato com menor diferença de votos para o ex-presidente Lula no segundo turno. A União Brasil, que nasce do encontro entre DEM e PSL e tem direito à maior cota do Fundo Eleitoral, já acena querendo a vice de Moro. Tendo percebido o movimento, o PSD se apressou ontem ao lançar seu candidato, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que tenta emplacar a ideia de que é um novo JK. Nem todos, porém, têm habilidade de se mover. Os tucanos já estão partindo para o terceiro app e ainda não conseguiram realizar suas prévias.




Se o segundo turno das eleições de 2022 fosse hoje, Lula (PT) venceria em todos os cenários, mas teria mais trabalho contra Moro (Podemos), segundo levantamento do PoderData. Contra o ex-juiz da Lava-Jato, Lula teria 48% e, Moro, 31%. Já no confronto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o petista venceria por 54% a 31%. Nas simulações de primeiro turno, Lula lidera com 34%, seguido de Bolsonaro, com 29%. Moro, o ex-ministro Ciro Gomes e o eventual candidato do PSDB vêm em empate técnico dentro da margem de três pontos. O cenário com o governador paulista João Doria, Moro aparece com 8%, Ciro com 7% e Doria com 5%. Com o gaúcho Eduardo Leite, que também tem 5%, Ciro vai a 9% e Moro fica em quarto com 8%. (Poder360)




O União Brasil, resultado de fusão do DEM com o PSL, sepultou a ideia de ter candidato próprio ao Planalto no ano que vem. Durante encontro ontem, os principais caciques do novo partido avaliaram que Moro é a “única terceira via possível” para fazer frente a Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT). O sonho do União Brasil é que seu quase presidenciável, o também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, seja vice na chapa de Moro. (Poder360)

Bela Megale: “Duas semanas depois da filiação de Moro, outro ex-ministro de Bolsonaro formalizará sua entrada no Podemos. O general Santos Cruz vai se filiar hoje à legenda em um evento em Brasília. Ele vai disputar um cargo no Congresso Nacional — no Senado ou na Câmara dos Deputados.” (Globo)




Num discurso em Brasília cheio de referências a Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi aclamado por correligionários como pré-candidato da legenda ao Planalto em 2022. Pacheco disse que, nas eleições, estará “de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e a serviço do Brasil” e criticou a “política do radicalismo, do ódio e sem inteligência” que tem “arruinado o Brasil”. (Veja)




O PL aceitou as condições do presidente Jair Bolsonaro para se filiar à legenda, o que implica romper acordos já firmados. O principal deles é em São Paulo, onde o partido estava fechado com Rodrigo Garcia (PSDB). Bolsonaro quer o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles concorrendo, respectivamente, ao governo e ao Senado. Falta convencer Tarcísio, que tem domicílio eleitoral em Goiás e pouca visibilidade eleitoral em São Paulo. (Folha)




A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), responsável pelo aplicativo de votação das prévias do PSDB, afirmou em nota que a ferramenta pode ter sofrido um ataque hacker. No último domingo, uma instabilidade no aplicativo impediu que 92% dos filiados habilitados votassem, levando o partido a suspender a consulta. Em nota a instituição atribuiu o problema a um “congestionamento de acessos incompatível com o número de eleitores cadastrados”, daí a suspeita de uma invasão. E os tucanos estão ficando sem opções. Os testes com a ferramenta de uma segunda empresa fracassaram, deixando o partido sem data para retomar a votação. Paralelamente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobrou explicações sobre a pane, atendendo a pedido de um filiado da legenda. (Metrópoles)

O senador Tasso Jereissati (CE) juntou ontem ex-presidentes do PSDB, conta Ana Flor. Vai pressionar com eles o atual comando da legenda para que convoque a Polícia Federal para investigar a possibilidade de um ataque externo às prévias do partido. (g1)




O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou que a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça deve acontecer na próxima semana. Ele foi indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, mas Alcolumbre se recusava a dar andamento à nomeação. (g1)

Pelo menos 15 dos 27 integrantes da CCJ devem votar a favor de Mendonça. (Globo)




O ministro do STJ João Otávio de Noronha determinou ontem que o MP do Rio não pode usar, no caso das “rachadinhas” na Alerj, qualquer uma das provas contra o hoje senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) consideradas ilegais pela corte. Assim, o caso só poderá andar se os procuradores apresentarem uma nova denúncia contra o Zero Um. (CNN Brasil)




Dois meses após as eleições que puseram fim à Era Merkel, os Partido Social-Democrata (SPD) chegou a um acordo com o Partido Verde e os liberais para formar uma coalizão no Bundestag (Parlamento). A conclusão das negociações deixa Olaf Scholz, líder do SPD, a um passo do posto de chanceler, equivalente a primeiro-ministro. A eleição no parlamento acontecerá no próximo dia 6. (UOL)

Sérgio Abranches: “Foi uma negociação relativamente rápida e estritamente programática, embora dura em determinados momentos, que definiu com clareza a prioridade do novo governo: combater a pandemia, consenso geral; aumentar o salário mínimo, dogma social-democrático; acelerar a trajetória de abandono do carvão, simultaneamente expandindo a energia renovável para 80% da matriz até 2030, e legalizar a maconha, princípios essenciais do programa Verde; sem aumentar impostos, o dogma dos liberal-democratas.”




Pelo menos 31 imigrantes morreram ontem quando o barco que os levava para o Reino Unido naufragou no Canal da Mancha. Outros 26 foram salvos por barcos franceses. (g1)

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