quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Lira e Pacheco lutam contra transparência em verbas

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão se movimentando para evitar a divulgação da lista de parlamentares beneficiados em 2020 e 2021 por emendas do relator, o chamado orçamento secreto, e seus valores. Embora a medida tenha sido determinada pelo STF, eles argumentam ser inviável, pois a lei não previa esse nível de transparência. Nos bastidores, há o temor que essa divulgação provoque uma crise na base, com deputados e senadores descobrindo que receberam (muito) menos que colegas. (Estadão)

Quem o próprio Lira beneficiou dá para rastrear. Documentos do Ministério do Desenvolvimento Regional mostram que o próprio Lira, por exemplo, destinou R$ 83,9 milhões a municípios de prefeitos aliados, incluindo o de seu pai, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Alagoas. (Globo)




O PSDB decidiu ontem contratar um outro aplicativo de votação para funcionar como plano B e concluir até domingo as prévias do partido. No último domingo, uma instabilidade no programa impediu que 92% dos mais de 44 mil filiados inscritos votassem para escolher o pré-candidato tucano ao Planalto. A nova empresa, a RelataSoft, programou para a noite de ontem uma série de testes com sua ferramenta, mas o partido diz que ela só será usada se a oficial, desenvolvida pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, continuar a dar problemas. (g1)

A expectativa do presidente do PSDB, Bruno Araújo, é de que a votação seja retomada hoje ou “no mais tardar, na quinta-feira”. Há uma terceira empresa em negociação com o partido, caso o aplicativo da RelataSoft também não dê conta. Um dia depois de dizer que as prévias estavam perdendo a legitimidade, o governador gaúcho Eduardo Leite pediu a retomada da votação e disse que era prematuro falar em judicialização do resultado. (Poder360)




O presidente Jair Bolsonaro disse ontem, em entrevista, que sua filiação ao PL está quase fechada, mas ressaltou: “na política só está fechado depois que fecha”. Segundo ele, faltava fechar um acordo sobre quem o partido apoiará em SP, mas a questão teria sido resolvida pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, que recebeu carta branca para acertar a filiação de Bolsonaro. O PL marcou a assinatura da ficha para o próximo dia 30. (Poder360)



Críticos e apoiadores do ex-presidente Lula (PT) passaram o dia ontem se digladiando por conta da avaliação feita por ele, em entrevista ao jornal espanhol El País, da terceira reeleição de Daniel Ortega na Nicarágua. Aos 12’48” da conversa, Lula afirma que “todo político que se acha imprescindível começa a virar um pequeno ditador”. Mesmo se dizendo contra Ortega ter se candidatado, alegou que não poderia “interferir na autodeterminação dos povos” e questionou por que a chanceler alemã Angela Merkel pôde ficar 16 anos no poder, e Ortega, não. Confrontado pelas entrevistadoras sobre as prisões de sete candidatos na Nicarágua, Lula respondeu: “Não posso julgar o que aconteceu na Nicarágua. Eu fui preso no Brasil. Não sei o que essas pessoas fizeram.” (El País)

Foi a senha para que adversários do ex-presidente fossem às redes criticar sua postura e a do PT em relação a ditaduras de esquerda. O ex-ministro Sérgio Moro reproduziu apenas o trecho em que Lula fala de Merkel e indagou: “É o PT com a ‘democracia’ de Ortega que queremos para o Brasil?”, enquanto o ex-candidato do PV à presidência Eduardo Jorge disse que Lula “continua fugindo de qualquer crítica aos regimes autoritários/ditatoriais de seus amigos em Cuba, Nicarágua e Venezuela”. Em nota, o PT afirmou que a fala de Lula foi distorcida, ressaltando sua defesa à alternância de poder.




Meio em vídeo. No Conversas com o Meio o debate é com Christian Lynch, cientista político da UERJ e Ricardo Rangel, analista político da Veja. Estando a menos de um ano das próximas eleições, o cenário político teve mudanças constantes nos últimos meses que irão ditar os próximos passos dos possíveis candidatos à presidência. E é delas que vamos falar. (YouTube)




O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem que seu colega Davi Alcolumbre (DEM-AP), que preside a CCJ da Casa, deve marcar para a próxima semana a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado há quatro meses por Jair Bolsonaro para uma vaga no STF. Segundo Mônica Bergamo, a bancada evangélica estima que Mendonça tem hoje 43 votos no Plenário, dois a mais do que o mínimo necessário. (Folha)




Um acordo entre bolsonaristas e o Centrão permitiu que a CCJ da Câmara aprovasse ontem, por 35 votos a 24, a admissibilidade de uma proposta de emenda constitucional antecipando de 75 para 70 anos a aposentadoria dos ministros do STF. A medida ainda precisa passar por uma comissão especial, duas votações no Plenário da Câmara e toda a tramitação no Senado. Porém, se aprovada, permitirá a Jair Bolsonaro indicar dois ministros para a Corte nos lugares de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que, pela regra atual, só se aposentam em 2023. (UOL)

Porém, como revela Guilherme Amado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não pretende levar a proposta adiante. (Metrópoles)




Foi em Niterói: Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza, filhos da ex-deputada federal Flordelis, foram condenados por envolvimento na morte do padrasto, o pastor Anderson do Carmo. (g1)




Pelo menos nove homens encapuçados atacaram com bombas incendiárias no fim da noite de segunda-feira a sede do Clarín, um dos mais importantes jornais argentinos. A ação, filmada por câmeras de segurança, não deixou feridos, e o pequeno foco de incêndio foi controlado por bombeiros, o que não minimiza a gravidade do ataque a um veículo de comunicação. O presidente Alberto Fernández, do qual o jornal é crítico, condenou duramente o ataque, assim como entidades de imprensa argentinas e internacionais. Ainda não há pistas sobre os autores. (Clarín)




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