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A escalada da violência na Faixa de Gaza força Joe Biden a se envolver cada vez mais em um conflito que pretendia deixar em segundo plano em seu mandato. O presidente dos Estados Unidos conversou nesta segunda-feira por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e expressou seu “apoio ao cessar-fogo”, segundo o resumo da ligação fornecido pela Casa Branca. De Washington, a correspondente Amanda Mars conta que é algo que Biden não havia feito até agora, ao menos pública e explicitamente, mas que está longe de ser uma exortação para que a ofensiva seja finalizada imediatamente. De Jerusalém, o repórter Juan Carlos Sanz explica como o ataque israelense a um prédio que abrigava a mídia em Gaza levantou críticas por todos os lados. Uma rede escura acomoda o corpo miúdo de uma criança Yanomami tão magra que é possível ver sua pele moldar as costelas. Ali, retratada em uma fotografia, uma menina de oito anos que pesa pouco mais de 12 quilos e sofre de malária, pneumonia, verminose e desnutrição, se tornou símbolo do problema crônico de desassistência à saúde que os povos indígenas enfrentam, em uma região sem visitas regulares de equipes sanitárias e a 11 horas a pé do polo de saúde mais próximo. Tudo agravado pela pandemia de covid-19. A repórter Beatriz Jucá escreve sobre como, no coração da Amazônia brasileira, a etnia luta para sobreviver em meio à escalada de violência imposta por garimpeiros ilegais —os Yanomami denunciam novo ataque à região no domingo. E um outro drama humanitário, também no Brasil, constrange as duas das maiores cervejarias do mundo: as multinacionais Ambev e o Grupo Heneiken, além de uma transportadora terceirizada contratada por ambas, a Sider. Em março, uma ação da Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, ligada ao Ministério da Economia, libertou 23 estrangeiros que trabalhavam para a transportadora e viviam em condições análogas à escravidão, mostra a reportagem de Gil Alessi. De acordo com os responsáveis pela ação, as cervejeiras “falharam” e agiram com “cegueira deliberada” no caso. Agora, as empresas dizem trabalhar para atender vítimas seguindo orientação dos auditores. Homens jovens, gays, com boas condições financeiras e que moravam sozinhos: esse é o perfil das vítimas que a Polícia Civil no Paraná atribui a um único homem, de 32 anos, suspeito de matar dois homossexuais em Curitiba e um na cidade de Abelardo Luz, em Santa Catarina. Isadora Rupp conversou com o delegado do caso que investiga indícios de que se trate de crimes de ódio. No marco do Dia Internacional contra a Homofobia, outra reportagem mostra o desafio de ser um casal homoafetivo em EL Salvador. Todos os dias somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. E quando não sabemos o que queremos? A especialista Pilar Jericó traz conselhos práticos para aqueles que buscam a orientação sobre para onde ir. Macarena Vidal Liy é o destaque da seção o EL PAÍS que fazemos desta edição. Correspondente do jornal na China, ela comenta como foi cobrir a pandemia desde seu marco zero. “Contamos o que aconteceria, o que seria o futuro, e isso gerou um enorme interesse”, diz. | ||||||||||
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