segunda-feira, 24 de maio de 2021

Renan Calheiros: “Em 2022 não teremos dois extremos, mas um só”

 


Há quatro semanas, a CPI da Pandemia se empenha em encontrar os responsáveis pelo tamanho avassalador que tomou a crise sanitária do coronavírus no Brasil, que já vitimou mais de 448.000 pessoas no país. A relatoria da comissão cabe ao senador Renan Calheiros, que, em entrevista exclusiva ao repórter Afonso Benites, fala sobre os depoimentos colhidos até agora, as perspectivas da CPI e o cenário político do país, especialmente após o encontro entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Para o senador, já está claro o papel do Governo de Jair Bolsonaro no agravamento da pandemia no Brasil. "É a negativa do negacionismo. Essa gente não rejeita, não 'negaciona' apenas o enfrentamento da pandemia, mas a democracia, a diplomacia internacional. Agora, nesta fase da pandemia, eles implantaram uma nova cepa, que é a de negar tudo o que fizeram. É um escárnio”, diz Calheiros.

Olhos arrancados, crânios faturados, lesões por todo o corpo. Este é o preço a se pagar por protestar na Colômbia. As manifestações, que começaram contra um aumento de impostos e se somaram a um grande mal-estar social, escalonaram o nível de violência e chamaram a atenção de toda a comunidade internacional. De Bogotá, o correspondente Juan Diego Quesada traz detalhes de como a brutalidade policial na repressão à convulsão social tem deixado sequelas por todo o país. “Isso não é o pior. Isso cicatriza. Mas desde então estou em tratamento psiquiátrico. Não consigo dormir”, diz Juan Diego Ortega, que sofreu traumatismo cranioencefálico e lacerações na pálpebra após ser atropelado por um furgão da polícia.

Na página esportiva desta edição, o futebol põe sua alma em jogo para driblar a crise de audiência e lutar pela sobrevivência. O repórter Diogo Magri explica como a nova forma de consumo do entretenimento —que hoje preza pelo individual e customizado, simbolizado por serviços de streaming — tem criado um limbo econômico para os clubes, que tentam se reinventar e afastar a fama de "produto envelhecido". Na tentativa de manter os 90 minutos atrativos, donos do jogo consideram novos modelos de distribuição de conteúdo, torneios diferentes e até mudanças nas regras do esporte.

Na seção o EL PAÍS que fazemos, Patricia Fernández de Lis, editora-chefa da seção de Ciência do jornal, conta que cobrir a crise sanitária foi, provavelmente, o desafio profissional “mais exigente e complicado” de toda a sua carreira. A jornlista credita os desafios à proliferação de estudos científicos, muitos deles sem a revisão de seus pares, o que obrigou repórteres a lidarem com informações pouco confiáveis. “A ciência é o que temos de mais importante para lutar contra as pandemias, mas é falível”, diz.


“No processo político de 2022, não teremos dois extremos, mas um só”
“No processo político de 2022, não teremos dois extremos, mas um só”
Renan Calheiros diz que viu como natural conversa entre Lula e FHC (“nunca foram inimigos”) e que não acredita em impeachment de Bolsonaro

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