Há quatro semanas, a CPI da Pandemia se empenha em encontrar os responsáveis pelo tamanho avassalador que tomou a crise sanitária do coronavírus no Brasil, que já vitimou mais de 448.000 pessoas no país. A relatoria da comissão cabe ao senador Renan Calheiros, que, em entrevista exclusiva ao repórter Afonso Benites, fala sobre os depoimentos colhidos até agora, as perspectivas da CPI e o cenário político do país, especialmente após o encontro entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Para o senador, já está claro o papel do Governo de Jair Bolsonaro no agravamento da pandemia no Brasil. "É a negativa do negacionismo. Essa gente não rejeita, não 'negaciona' apenas o enfrentamento da pandemia, mas a democracia, a diplomacia internacional. Agora, nesta fase da pandemia, eles implantaram uma nova cepa, que é a de negar tudo o que fizeram. É um escárnio”, diz Calheiros. Olhos arrancados, crânios faturados, lesões por todo o corpo. Este é o preço a se pagar por protestar na Colômbia. As manifestações, que começaram contra um aumento de impostos e se somaram a um grande mal-estar social, escalonaram o nível de violência e chamaram a atenção de toda a comunidade internacional. De Bogotá, o correspondente Juan Diego Quesada traz detalhes de como a brutalidade policial na repressão à convulsão social tem deixado sequelas por todo o país. “Isso não é o pior. Isso cicatriza. Mas desde então estou em tratamento psiquiátrico. Não consigo dormir”, diz Juan Diego Ortega, que sofreu traumatismo cranioencefálico e lacerações na pálpebra após ser atropelado por um furgão da polícia. Na página esportiva desta edição, o futebol põe sua alma em jogo para driblar a crise de audiência e lutar pela sobrevivência. O repórter Diogo Magri explica como a nova forma de consumo do entretenimento —que hoje preza pelo individual e customizado, simbolizado por serviços de streaming — tem criado um limbo econômico para os clubes, que tentam se reinventar e afastar a fama de "produto envelhecido". Na tentativa de manter os 90 minutos atrativos, donos do jogo consideram novos modelos de distribuição de conteúdo, torneios diferentes e até mudanças nas regras do esporte. Na seção o EL PAÍS que fazemos, Patricia Fernández de Lis, editora-chefa da seção de Ciência do jornal, conta que cobrir a crise sanitária foi, provavelmente, o desafio profissional “mais exigente e complicado” de toda a sua carreira. A jornlista credita os desafios à proliferação de estudos científicos, muitos deles sem a revisão de seus pares, o que obrigou repórteres a lidarem com informações pouco confiáveis. “A ciência é o que temos de mais importante para lutar contra as pandemias, mas é falível”, diz. | |||||
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